Maldição

[Cristina Maria Afonso Ivens Duar]

Maldição

Martírio este, que sarna,
oh! sangue pegajoso,
dor que me descarna,
Deus misericordioso.

¨¨¨¨
Some daqui seu agoiro,
raios te partam ao meio,
trovões, bombas, estoiro,
câncer que come o meu seio.

¨¨¨¨
Vai para o diabo que te carregue,
não definhes o meu esqueleto
qual perdão qual carapuça,
dás cabo do intelecto.

¨¨¨¨
És enguiço, bruxaria e quebranto,
necógrafo de carnes podres,
rasgas o meu espírito santo,
retens liquido, és um odre.

¨¨¨¨
Abantesma, estrupício, avejão
insecto que defecas na minha boca
salivas larvas, possuis ferrão
és baba que cola na roupa.

¨¨¨¨
Quinino que amarga, dengue
xô, xô, vai-te embora oh! melga
chispa daqui, abrenuncio.

  ¨¨¨¨

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte  

[Edith Lobato]

Uauuu, que show de interpretação de uma imagem. Parabéns, Cristina.

[Nieves Merino Guerra]

[Marsoalex]

[Sandra Medina de Souza]

Nossa amiga, arrasou! Ficou excelente! Confesso que no inicio me assustei rsrs, mas super amei! Muito mas muito bom! Meus aplausos!

[Cristina Maria Afonso Ivens Duar]

Grata Sam, há tantos temas que podemos explorar com a mente, até de uma forma divertida e diferente sem ser sempre o amor. É certo que este corre-nos nas veias mas, sistemático, cansa, como tudo na vida quando a rotina cai. Mas nota-se a falta de interesse na leitura que não seja sobre romance. Abraço, grata pelo comentário. Uma santa noite, aqui é meia noite.

[SAM MORENO]

Fico a me perguntar, quando a literatura brasileira vai acordar para o óbvio, para  temas que podem trazer verdadeiramente crescimento para as mentes. Parabéns!

[José Lopes Cabral]

Muito bom!
Meus aplausos!