Vi você caminhando,
Lentamente a vagar,
Tal como uma folha,
Que sem destino se deixa levar,
E na imensidão dessa solidão,
De tantas recordações,
Deixa-se flagrar,
E como vítima se deixa acuar,
Sem se importar,
Dos infinitos motivos,
Que a levaram a se condenar.
Vi você,
Em contraste com o tempo,
Feito trapo de gente,
Tropeçando na mente,
Corroída pelo tempo,
Que já nem sente o suor sujo e morno,
Lavando ingenuamente todo o corpo,
Marcas visíveis que o tempo,
Sem piedade a massacrou,
E tão cruelmente a deixou,
Como um simples caso de amor.
Ricardo Sales.
Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.
Comentários
Olá Poetisa Margarida, um grande abraço e muito obrigado pela visita.
Marcas da Vida...
De todas as cores e tamanhos...
Belissimo e profundo poema.
Bem hajas!
Parabéns.
Gracias, gracias, Poetisa Nieves Merino. Um grande abraço.
Muito obrigado Poetisa Marsoalex.. Vindo de você este comentário, sinto-me envaidecido. Um grande abraço.
Muito obrigado Poetisa Angélica, sinto-me envaidecido pelo carinhoso comentário. Um grande abraço.
Marcas, estas nos acompanham sempre! Belo versar poeta! Abraços
Muito obrigado Poetisa Luciana pela visita e comentário. Um abraço.
Sim, Ricardo, as marcas vão alterando tanto o que se viu e se sentiu que, ao fim, perguntamos-nos o que foi feito de quem ora está tão diferente. Seus versos foram tradutores de verdades.