Noites de Lisboa
A noite veste um lindo vestido
cheio de luzes psicadélicas
espalha a cor em tom sofrido
a sua alma esquizofrênica.
Apanha o barco para a margem sul
o Tejo cobre toda a planície
a maré enche de água azul
o cheiro a Lisboa fica à superfície.
Bêbeda com as suas tristezas
espreita as pernas nocturnas
solta piropos à sua beleza
é o seu álcool, suas prosas difusas.
Ainda a noite é pequenina
franzina, a cheirar a leite
Lisboa é concertina
sardinha com muito azeite.
Amante da vida nocturna
a noite não pede descanso
retorna à vida diurna
espanta o galo, esvoaça o ganso.
Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
Comentários
Querida Mena. Seus comentários são sempre de louvar, obrigada. Sobre o significado de "piropo" tenho todo o prazer de lhe comunicar o significado!
galanteio.
Beijinho grande.
Cristina, que maravilhosa essa noite de Lisboa
que você descreveu nesse belíssimo poema!
Poeta, qual o significado de "piropo"? Tenho
uma nora com essa assinatura... Bjs.
Grata pelo caloroso comentário amigo Sam, beijo.
Obrigada Marso pelo seu caloroso comentário, beijo.
Lindas as noites de Lisboa
seu fado...o retorno à vida nocturna
SENSACIONAL
...meus aplausos
FC