Há sombras, que bom, se há sombras,
Porque há árvores frondosas, tão bondosas,
Então há folhas, se há folhas, há frutos,
Frutos saborosos e com sementes,
Que semeiam e se multiplicam,
Expandindo vidas,
Então, não haveria fome,
Mais a mão do homem,
Corrói, destrói o eco sistema,
Se não há árvores, não há água,
Porque haveria sede?
Porque tem a água pra saciá-la,
Se não houvesse a água,
Nem frutos, nem árvores, nem sombra,
Não haveria o homem.
Há! O homem!
Porque sempre o homem,
O avesso da vida,
É o reverso, a controversa,
Na contra mão da natureza,
Se não o principal, talvez o mal,
Que agride e constrange,
Mais ela bravamente resiste,
Insiste em se manter viva,
É a eterna briga do homem,
Que cego, nunca cede,
Mais cedo ou mais tarde,
O homem vai acatar,
O que vem de Deus é eterno,
E nunca vai acabar.
Ricardo Sales.
Comentários
O homem tem causado tanto mal à natureza que nem dá medo pensar quando esta natureza se voltar para o homem.
Reflexivo poema. Parabéns Ricardo.
Poetisa Edith, talvez será tarde. Mais tenho esperanças. Abraços.
O bicho homem é o animal mais feroz que Deus criou, pois é o único que mata o que não come e destrói o que o sustenta. Belíssimo, Ricardo! Bjs
Bom, muito bom, poeta, o homem julga-se muito grande, e esta pretensa superioridade o leva a insanidade... Abraços, paz e Luz!!!
Obrigado poeta pelo elogio. A natureza é muito mais forte. Ela vencerá. Abraços.