Pouso de mansinho na lenta madrugada
que se avizinha
e nós num ímpeto bebericamos
loucos um trago de luz amanhecendo
na leveza do tempo enfeitado
de tantas saudades agora
convalescendo offline
- Levo comigo as palavras
paralisadas neste silêncio
confinado à única e feliz existência
que perfumou o berçário onde renascemos
quase incriminados
nos oferecendo num sonho transeunte
faminto e tão obstinado
- Busquei neste dia
a deflagração dos teus
sussurros de espanto
fintando as sombras vadias
se aglutinando numa indisfarsável
súplica de pranto
- Perdemo-nos ontem
nos enredos da vida vadia
deixando-me morrer no degredo
do tempo que por nós se foi
pra sempre apartando
na intempérie dos teus aconchegos
quase me asfixiando
- Sustenta meus dias com
dilúvios de abraços
proclama-me tuas vivências
ímpares, cilónicas
quando te adivinho online
transpirando-me entre poros
adocicados de amor se devorando
até descortinar a residência
ou o teu e-mail
num remetente
esquecido no invólucro dos tempos
onde por fim adormeço offline
Frederico de Castro
Comentários
Admiro um bom texto e uma boa leitura. Espero poder desfrutar mais de sua versatilidade nobre poeta versátil!
Belíssimo trabalho ameiiiiiii bjs
Oi, FC
Sumiu meu comentário de ontem, anoite?...
Nossa, sinto muito.
Até deixei novas dicas para colocar o som automático com código embed...
Mas também no post anterior.
Sei-lá o que acontece.
Vim a relir e agora não veio...
Um outro mais que belo poema para esse amor longue... Que cheia seus sonhos e tira até as madrugadas .
Mais que belo e emotivo, amigo meu.
Além de um bom poema!
Bom día, poeta.
Abraços até Lisboa.
Parabéns e obrigada por compartilhar tão boa literatura.
Mágico e belo poema. Lindo, lindo. Parabéns!
Mais uma de tuas pérolas poéticas, Frederico. Magnífico! Bjs
Muito interessante teu poema! Tanta coisa aconteceu,
tantos saudades convalescendo, mas a esperança enchia
o coração de amor ao pensar na amada online! Lindo!