O tempo fez-se travessia entre as margens do silêncio
Desfecho prematuro esquecido na lousa das memórias
Onde escrevinhámos a vida acontecendo devagarinho
Sem negligenciar um beijo despertando
No pelourinho dos meus sonhos qual sumptuoso
E fiel burburinho portentoso
Corri pelas ventanias das brumas matinais
Sorvendo as melancolias adormecidas entre as
Ramagens da madrugada ecoando quase fraticidas
Banhando os galhos do tempo onde me empoleiro
Abraçado às vestes das saudades agora ressarcidas
No património dos meus sonhos faço agora
O inventário artístico onde as palavras punidas
E feudais se libertam erectas expondo o escárnio
Dos meus silêncios expiados enchendo o proscrito
Tempo de ecos prantos e amores contritos
No doce enleio dos meus versos deixo bulir a vida
Saltitando entre as moitas do tempo
E que seja este por fim o meu exílio adocicando
O crepúsculo expirando no berço da luz onde
Dormito saciado de tantos e tantos desejos repatriados
Frederico de Castro
Comentários
Muito obrigado Maria pela visita
Abraço fraterno
FC
É lindo descobrir teus versos na leitura.
Belíssimo poema, Frederico.
Parabéns!
Destacado!
Obrigado Edith pelo gentil comentário
Abraço fraterno
FC
Grato amiga Marso pela gentileza
Abraço poético
FC
Você é único no seu versejar, aplausos amigo FC, abraços aqui do Seixal.
Obrigado Cristina pelas palavras sempre gentis
Abraços
FC
Grato pela visita
Votos de um dia feliz
FC
Parabéns, poeta e amigo, poema lindo, primoroso, versos belos, você é imbatível neste estilo, é para mim, uma referência no versejar... Abraços, paz e Luz!!!