Ainda era cedo para a partida
mas partiste,
sem liturgias nem palavras por revelar
deixaste-nos um vazio sem hora de encontro
nem lugar para despedida
mas partiste,
caminhando e semeando
nas quatro estações do amor
um abraço que nunca te dei,
uma lágrima triste que solitária, porém
entoa um hino às nossas memórias,
como anjos que saem pelo infinito céu,
sorridentes, harmoniosos
gratos pelas mil viagens ao colo da Avó Dores;
e assim nos deixaste…
partindo, sem querer...
sem tempo, pra converter nossos sonhos
em realidades apetecíveis
- e depois da partida,
tanta solidão para nada
tanta esperança confidente por revelar
e na perseverança dos nossos corações
sinto...profundamente em ti,
não uma vida que se foi...mas um breve adeus
sem o coração querer!
Frederico de Castro - ao Ruca meu sobrinho
Comentários
Volto a relir.
A primeira vez , me desculpa, não fui capaz de comentar.
Também perdí a meu pâi faz pouco... E me emocionei demais ao lir seu poema.
Um belissimo homenagem , uma elegía muito boa. E muito, muito emotiva.
Beijos, amigo.
QEPD
É triste perder quem amamos, amigo. Mas, infelizmente, as perdas fazem parte da vida. Lindíssimo! Bjs
Simplesmente lindo Frederico. Parabéns pela lindíssima inspiração.
Nossa... só quem sofre com partidas eternas sabe como é querer tocar, beijar, abraçar ... e não ter mais tempo... Lindo!!!! Parabéns!!! Tocou fundo meu coração!!!
Belíssimo aporte, um grande abraço