Vens das manhãs de dias frios,
Das regiões ensanguentadas e desérticas
Quando chega a noite entrega ao rio
A desventura e se entrega ao poético.
És rocha desabrochada em um jardim
De rosas brancas, amor e margaridas,
Borboleta da alvorada e um jasmim
Atinge o seio das lembranças homicidas.
Moça, tu rejeitaste o lamento ofendido,
Os teus pés calejados no caminho,
Tua face queimada pelo sol.
És do abissal porém bendito
Em teu ventre a semente do carinho
Por isso a reverência ao arrebol.
--------
Sandra Medina
Comentários
Teus sonetos são muito belos Sandra.
Parabéns por este belíssimo poema.
Destacado!