Provinda

Vens das manhãs de dias frios,

Das regiões ensanguentadas e desérticas

Quando chega a noite entrega ao rio

A desventura e se entrega ao poético.

 

És rocha desabrochada em um jardim

De rosas brancas, amor e margaridas,

Borboleta da alvorada e um jasmim

Atinge o seio das lembranças homicidas.

 

Moça, tu rejeitaste o lamento ofendido,

Os teus pés calejados no caminho,

Tua face queimada pelo sol.

 

És do abissal porém bendito

Em teu ventre a semente do carinho

Por isso a reverência ao arrebol.

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Sandra Medina

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