Púlpito da eternidade


Aguarela celestial

te contemplo colorindo

este jardim

plantado nos lírios dos

teus olhos

Os campos trigados repousam

na planície dos meus silêncios

enquanto colhes as espigas

da minha esperança

cevando na efeméride

de tempo com arte e meiguice

onde teu colorido ser

em vigilia todo o amor bendiga


Deixo a soleira onde perpetuo

minhas solidões

camuflando-me na noite

onde digito palavras saturadas

de tristeza

Imagino cada quadrado

desta hipotenusa rigorosa

entreaberta na álgebra

concisa dos nossos matemáticos

cenários

absolutamente profiláticos


Faço-te maremoto num

pleno êxtase

afogando todas as

ausências desaguando

no púlpito da eternidade

rendida ao poisar súbtil

do teu ser esvoaçando

nos ventos da alvorada

onde me alojo em cada alameda

do tempo espreguiçando-se

em cascatas de criatividade


Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3593455?profile=original

  • É uma delicia te ler, Frederico.

     Como voar numa nuvem de fantasías.

     Sonhos de amor delicados, profundos, apaixonados,

    com a delicadeça dos perfumes mais esquisitos das orquídeas selvagens

    ...

     Mais que belo e bom, peota amigo.

     Parabéns.

     Obrigada.

    3593285?profile=RESIZE_1024x1024

  • 3593255?profile=original

    • Agradeço do fundo do coração comentários tão gentis

      Abraços

      FC

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