Tenho este destino
algemado na tua quietude
sempre em viagem
sempre na plenitude
do tempo em fuga pra
outras latitudes
Tenho só a esporádica saudade
me atiçando de rompante
fluindo pelo talude dos silêncios
onde renasço a cada instante
a cada acorde sublime de vida onde
musicamos todas as madrugadas
num réveillon quase excitante
Entre sussurros temperados
de magia
pernoito neste verso devorando
a quietude de cada sossego
onde te descrevo
em felinas coreografias onde me
aconchego
Respiro o dia saboreando-te
em calmarias
vivifico-te em cada momento
de tempo onde se desmascaram
e se flertam nossas meditações
reencontradas na nudez de cada
palavra revelada em insinuações
Deixa o dia fluir
plenamente acalentado
adormecendo a quietude dos
meus desenfreados cansaços
Deixa o tempo contemplar-nos
uma vez mais
num alvoroço de abraços
onde aliviamos as saudades
esquecidas em cada recanto
de luz ornamentando
os dons de vida
correndo ao nosso encalço
sedentos de desejos tão requintados
Frederico de Castro
Comentários
De novo, outro espectacularpoema neobarroco e bom demais, prezado Frederico.
Outra joia que se pode lkir tanto em verso como em prosa.
Impresionante.
Muito bom e belo.
Beijos
Bem hajas.
Santa noite
Lindíssimo, Frederico. Meus aplausos. É sempre um prazer imenso te ler.
Apaixonados e lindos versos, Frederico! Meus aplausos e reverencias! Bjs