Sombras telepáticas,
Notívagas e felinas;
No oposto extremo do meio dia.
São gatos pretos acinzentados
De olhos caramelados;
Melados de noites ímpares,
Luar e sexta-feira.
As sombras são nuances
De azuis transcendentais
Atrás duma porta semiaberta,
Envoltos em semicolcheias e
Cobertores felpudos e macios.
Estão sobre os telhados,
Sobre as cabeças:
Seus pensamentos.
As sombras assombram e
Vão embora, como se ali
Nunca existissem.
Digigravura e poema de Airton P. Sobreira
Comentários
É das sombras que surge a luz... Belíssimos versos! Bjs
As sombras do próprio eu. Parabéns pelas duas obras.
Bela noite.
Você é um bardo que usa inspiração e técnica. Cumprimentos mesmo!
Grato, caro Sam!
Sem duvida Jennifer! A luz trás sabedoria, mas as sombras atiçam a imaginação. Obrigado e abraços.