Suplantação

Percorri alguns caminhos, adormecida,

Quantas nuvens sobre o céu, a encobrir!

Muitas curvas me deixaram, desfalecida,

Glória a chuva que me banhara, eu resisti!

 

Hoje sinto o caminho, até mais tênue,

Aprendi em alguns atalhos, suplantação,

O meu barco desembestado, eu mesma remo,

Sou fagulha de sofrimento e emoção.

 

Não pereço em tempestade, saio imune,

Enfrentei toda penúria, virou costume,

O meu sangue em displasia tão raro vibra.

 

Faço arte com os retalhos, que me sobraram,

Este mundo esquizofrênico, muitos amaram...

Perpetuando e libertando me acabo em rimas.

Sandra Medina de Souza

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Comentários

  • 3627002?profile=original

  • "Faço artes com os retalhos  que me sobraram.."

    Belíssima inspiração!!!

    3626927?profile=original

  • No mais nobre estilo de poesia você transborda criatividade. Gostei muito. Destaco "Faço arte com os retalhos, que me sobraram..."

  • 3626759?profile=original

  • A sua poesia é inacabável e você um verdadeira mantenedora da sua página.

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