Percorri alguns caminhos, adormecida,
Quantas nuvens sobre o céu, a encobrir!
Muitas curvas me deixaram, desfalecida,
Glória a chuva que me banhara, eu resisti!
Hoje sinto o caminho, até mais tênue,
Aprendi em alguns atalhos, suplantação,
O meu barco desembestado, eu mesma remo,
Sou fagulha de sofrimento e emoção.
Não pereço em tempestade, saio imune,
Enfrentei toda penúria, virou costume,
O meu sangue em displasia tão raro vibra.
Faço arte com os retalhos, que me sobraram,
Este mundo esquizofrênico, muitos amaram...
Perpetuando e libertando me acabo em rimas.
Sandra Medina de Souza
Comentários
"Faço artes com os retalhos que me sobraram.."
Belíssima inspiração!!!
No mais nobre estilo de poesia você transborda criatividade. Gostei muito. Destaco "Faço arte com os retalhos, que me sobraram..."
A sua poesia é inacabável e você um verdadeira mantenedora da sua página.