O Chico desocupado
O Alves atarefado
O Alves um ser simplório
O Chico sofisticado
O Chico mui debochado
O Alves compenetrado
O Chico sempre sereno
O Alves muito enfezado
O Chico a criticar
O outro a justificar
O Alves quase silente
O Chico muito eloquente
Afinal, quem são eles?
Sobreviventes da juventude?
Ou, talvez, quem sabe,
Dois velhos, ou um só
Que já não mais sabem quem são
Imersos que estão
no território enevoado
dos entes desvalidos
que há muito perderam a razão
F.J.TÁVORA
Comentários
Um Alves, o outro, Chico. Talvez um só como diz o Távora. Dois sobreviventes da juventude que já vai longe em suas mentes. Mas o Távora, ainda muito faceiro, brinca de dualidade com todos nós.
Uma gratidão imensa por permitir-nos desfrutar desse seu lado jovial e alegre. Um forte abraço meu caro poeta. E parabéns por sua produção poética de primeiríssima linha.
Belissimo e mais que bom, ilustre poeta!
Maravilhoso! Quantos Chicos vivem sem saber mais quem fora e quem são.
Lindíssimo!
Destacado!
Bom saber que a poesia ainda encontra seu ambiente na sua página.
Parabéns, poeta, poema refinado, analítico... Abraços, paz e Luz!!!