Quanto tempo de vida nos resta
Será que o tempo, tempo nos empresta
Ou será que ele faz questão de voar
Tão rápido, sem questão de nos esperar
Quantos tombos ainda cairemos
Até que aprendamos a caminhar
Quantos amores perderemos
Até que saibamos o que é amar
Quantas mágoas aos outros faremos
Até que aprendamos a respeitar
Quantos nãos a nós mesmos diremos
Até percebermos a vida passar
Quantas cicatrizes esconderemos
Até entendermos que elas fazem parte vida
Quantas emoções em nosso ser abafaremos
Até transforma-las em poesia
Pois é querido espelho
Parece que não somos perfeitos
Mas o que a vida espera de nós
É que sejamos, justamente: Nós!
Marta Biscoli
Comentários
Lindo e reflexivo poema sobre a existência e sobre os envólucros que o ser humano incorpora.
Parabéns, Marta.
Destacado!
Obrigada Edith. Beijos
Parabéns, poetisa, poema lindo, eu preciso dar uma olhadinha neste espelho... E ver o que ele irá refletir! Abraços, paz e Luz!!!
Obrigada Geovani. Abraços.
Os espelhos são usados para ver o rosto; a poesia para ver
o que vai lá no fundo da alma.
Soberbo seu texto, meus aplausos
FC
Obrigada Frederico. Abraços
Isso é que é difícil, Marta, sermos nós. No duplo do espelho temos, apenas, uma imagem espelhada perdida na profundidade sem fundo, que nunca diz quem somos porque não é real. Lindíssimo! Bjs
Verdade Marso. Bjo
Podemos esconder nossos sentimentos para o mundo, mas diante do espelho, jamais os esconderemos de nós mesmos. Perfeito poetisa Marta. Aplaudo de pé esse sentimento declarado. Bjos