Varal...

 

Pendurados sem liberdade

Estão os homens feito pano

Assisto na tela das pupilas

O barbante atado nas pontas

Varal no meio do quintal

Freme presas as cores

Na madeira que pendura roupas

São panos prisioneiros do homem

Algodão colhido no campo

Chumaços brancos de nuvem

No tear transformado em fio tecido

Tingidos em matizes naturais

Levado a mulher costureira

Modelados em corpo humano

Costurados com grande zelo

Tornam-se segunda pele

Pertence de seus senhores

Secam agora nos varais

Homem despido aguarda

Suas vergonhas descobertas

Sorri tão sem graceja

Enquanto expõem-se no varal

Jennifer Melânia 

 

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