Pendurados sem liberdade
Estão os homens feito pano
Assisto na tela das pupilas
O barbante atado nas pontas
Varal no meio do quintal
Freme presas as cores
Na madeira que pendura roupas
São panos prisioneiros do homem
Algodão colhido no campo
Chumaços brancos de nuvem
No tear transformado em fio tecido
Tingidos em matizes naturais
Levado a mulher costureira
Modelados em corpo humano
Costurados com grande zelo
Tornam-se segunda pele
Pertence de seus senhores
Secam agora nos varais
Homem despido aguarda
Suas vergonhas descobertas
Sorri tão sem graceja
Enquanto expõem-se no varal
Jennifer Melânia
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Jennifer Melânia!