Ah como eu queria
brindar o sol com gomos
de luz passeando em debandada
pelos teus céus despertando
loucos desejos tão cruciais
silenciando os beijos
que me deixaste tão marginais
Ah como eu queria
reflectir-te minhas paisagens
desenfreadamente cordiais
agitando todas as partículas
quânticas se díluindo num
eco rasgando o tempo em constantes
e renovadas ondas de amor desaguando
na maciêz de um delírio essencial
Ah como eu queria
ser-te factual
fascinar-te com encantos
de amor ancorados
a cada sopro da existência brutal
morrendo na plenitude da saudade
debruçada nesta penitência tão fatal
Ah como eu queria
dissolver-me em ti
alimentando cada verso
dormitando no travesseiro
fértil da vida
onde nos abrigamos à mercê
de um silêncio se despindo
aliciante e sorrateiramente
enclausurado a cada palpitar
do tempo bramindo avidamente
Frederico de Castro
Respostas
Sinto muito, querido Frederico.
É um belissimo e grande poema, amigo.
Muito bom, de grande qualidade.
Uma pena que ultrapassa-se as 30 linhas, poetazo.
Beijos
Bem hajas
Belíssima inspiração!
Parabéns!
Boa noite Frederico, belíssimo o desenvolvimento do tema em teu poema, entretanto você ultrapassou o número máximo de versos que é de 30. Teu poema participará do ebook mas fica desclassificado para avaliação.
Aplausos!!! Belo demais!!