Fênix

 

Fênix

Nas interrogações das dores que me chegam,
Esquivo-me do mal e, ainda, assim, padeço.
E quando falta o chão e os sonhos se apagam,
Eu fito longe o olhar e, então, me fortaleço.

Domando a voz interna que, anseia a paz,
Esgueiro-me nas sombras, feito fera em caça,
Esqueço as desventuras, pois no leva e traz,
Eu sou, somente, um na multidão que passa.

Diante da paisagem gasta e desbotada,
luares não despontam mais nestas veredas,
e se olho em volta tudo e, não vejo nada,
das cinzas apagadas, renasço em labaredas.

Quem morre em vida morre por vontade,
sem ver que o tempo nos consome feito fogo.
O renascer transforma a realidade
sem esquecer que a vida é um grande jogo.

Edith Lobato - 11/01/18

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Respostas

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  • 3695244?profile=original

  • A vida e seus revezes nos transformam e nossa força interior nos impele a prosseguir e renascer da cinzas.Linda mensagem.Parabéns

    • Pura verdade.Obrigada Lilian.

       

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    • Muito abrigada Julliano.

       

  • Bravo.

    Poema em estructura perfeita e harmoniosa.

    E conteúdo sábio, belo, magnífico, amada meiga da alma, genial sentimento de amor pelo acima da dor.

    Obrigada pelo presente de suas letras sempre cheias de poesía e sabedoría, profundeça e amor, força, luta... Esperanza.

    A seus pés, poetaza.

    Beijos na alma.

    • Obrigad, Nieves.

       

  • Quando tudo parece sem solução, quando futuro parece não mais existir, vale a pena na mitologia recorrer e imitar a Poenix para das cinzas renascer. Ficou belíssima sua rica inspiração. Bravo, poeta Edith.

    • É verdade, Francisco.

      Obrigada pela leitura.

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