Posts de Alexandre Montalvan (559)

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Relação Selvagem

Relação Selvagem

Sinta meus olhos queimando você
Você é minha sede, minha fome
Sinta a força deste amor que me consome

Meus lábios beijando tua pele nua
Minhas mãos tateando procurando as tuas

Meus músculos esmagando tua carne macia e quente
Minha boca beijando mordendo, louca ardente
Teus seios, teu pescoço, tuas orelhas, como um louco, um demente. . .

Sinta a força deste amor cruel e insano
Eu como uma fera te encurralo, te profano

Você se embala em sonhos e me chama
Você é somente desejos, me ama
Enrosca-se em meu corpo como uma serpente
Entrega-se louca aos meus desejos para sempre

Lábios intumescidos, olhos cerrados, gemidos
Bocas unidas, línguas entorpecidas, mordidas
Corpos suados, fervendo, molhado

Relação selvagem, dança da vida, momento sagrado
Um entrar profundo suave urgente
Um sair sofrido vazio carente

Você grita implora pede
Fica dentro de mim eternamente

Alexandre Montalvan

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Desabafo

Desabafo

Vai por fim, a todas as manhãs
meiga mãe dos homens
tirar do peito imensa mágoa
que só teu amor apaga
e da  boca terrível a fome
que engole o próprio homem.

Em uma tristeza profunda
de todas as feridas que existem
o vazio que a alma inunda
que entoa na noite tão triste
e enche os olhos de lágrimas.


Na sombra da árvore da vida
que teve em breves momentos
o renascer na terra, da lama
a dor da eterna partida
o amor que a alma reclama.

E nestes últimos dias
o ódio as guerras o terror
grassaram na alma dos homens
tiraram a sua alegria
e neste resto de dias
o amor.

Alexandre

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Último Instante

Como as folhas secas que o vento leva
em meu ultimo instante lembrarei teu nome.
Lembrarei teus olhos e os teus cabelos
lembrarei do amor que esta dor consome.

E neste frio sepulcro entre as folhas secas
lembrarei dos sonhos de felicidade
das nossas noites cheias de amor intenso
momentos de esplendores que deixam saudades .

E eu pensarei querida, não me desespere.
Em meu ultimo instante estarei nas trevas.
Eu estou sozinho. . . nesta terra fria
como folhas secas nas escuras relvas.

Relvas que me envolvem como foi um dia
meu corpo envolvido pelos teus carinhos
hoje estou aqui como pássaro sem ninho
com a minha carne fria e a minha poesia.

Alexandre

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Dor Dolorida

Dor Dolorida

Fiz da dor algo tão atroz
Que a transformei em algo distante
Do passado ou futuro
Mas nunca deste instante
Eu a fiz encolhida, emparedada, feroz.

Eu a fiz doída
Eu a fiz como o grito vindo das ruas
Rompendo barreiras, engolindo o asfalto.
Explodindo em becos lamacentos
Nas esquinas suadas, nos teatros
Eclodindo no chão de cimento

Fiz com os pés molhados pela chuva fina
No rugir da sussurrante tormenta
Com boca enfastiada pela forte neblina
E esta dor eu transformei
Que ela a mim, não aguenta

Dor doida que preenche meus espaços
Lepra negra em minha carne tão sofrida
Suja-me com tua dor mais dolorida
Venha a mim embalar-me-ei nos teus braços

Alexandre

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Tristeza

Tristeza

Percorre enfim à minha alma
tristeza imensa
e pensa que pode ser a ultima
a sopesar
chega dilacerando as partes e o todo
chega como quem chega para
ficar.

Em noites de lenta quimera
apego-me a esta tristeza
a me enamorar
sonho como quem sonha e tristeza venera
sonho com uma forma de viver
para sonhar.

Tristeza tão terna criança
externa os mantras sem fim
cultivam as flores da esperança
repousa tuas dores em mim.


alexandre

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Sol

Sol
Eu abro o meu peito 
para ver o meu sangue escorrendo
quero ver meu coração batendo
sentir que por mais que faça,
continuo vivendo.

As lembranças deixadas nos caminhos
aos pedaços, espalhadas mundo a fora
com minha carne cravejada de espinhos
e a alma implorando a ir embora.


A ruína da minha vida, o sentimento
a angustia de não ter você comigo
a loucura que transforma meu momento
em delírios de viver a tua procura
não tem cura esta dor este tormento

Passo as noites esperando você
desejando que o passado retornasse,
pedindo para vento que soprasse
e  trouxesse você com o sol
ao amanhecer.

Alexandre
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Paixão sem Limites

Paixão sem Limite

 

Perdido em um lugar maldito,

que no passado talvez alguém tenha escrito,

como uma eterna maldição,

o cheiro da morte como o único aroma,

aonde a discórdia e o ódio são apenas sintomas,

da minha vida sem você.

 

E como um naufrago em um mar de chamas,

desesperado em tua procura insana,

em meio ao caos e a discórdia,

com o amargo gosto de entender,

que somente poderei sonhar,

eternamente com você.

 

Em sonhos nos encontramos,

contigo ao meu lado,

tocando teu corpo,

amando você,

como seres alados,

voamos ao vento,

com um só pensamento,

de um amor louco e incontrolável.

 

Em nuvens tão densas,

que servem de cama,

nossos corpos suados se enroscam de unem,

com toques suaves,

nervosos e tensos,

uma ânsia de prazer a todo o momento.

 

Nossas bocas unidas,

são dedos,

são mãos,

palavras,

sussurros aos ouvidos,

gemidos de paixão,

mordidas,

caricias,

desejos incontidos,

volúpia,

sandice,

é tanto o tesão.

 

O ritmo é lento,

calor,

ternura,

emoção,

um entra e sai violento,

o amor explode como um vulcão,

são lavas que escorrem,

são gritos que calam,

são almas perdidas,

que amor exala.

 

Sucumbem os gemidos,

escutam o silêncio,

nossos corpos unidos em um ultimo lamento.

 

 

Em um escuro e frio mundo eu leio você,

meu sangue acelera,

meu coração pulsa forte,

tuas palavras me excitam,

pergunto por quê?

 

porque não a tenho,

comigo ao meu lado,

por que no meu mundo,

fico tão só,

isolado.

 

Porque eu só posso sonhar com você,

quando o que eu mais quero,

é ter,

é amar,

dar prazer,

o que eu mais quero,

é eternamente possuir

você...

Alexandre

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O que eu mais amo em você

O que eu mais amo em você

Eu sou apenas cinzas
remanescente de um coração em chamas
como uma estrela que no céu derrama
chamas quentes para iluminar.

É um céu tingido de vermelho
pelas lágrimas que obstinam rolar
e este amor eterno é passageiro
como as gotas das águas do mar

Quando eu ouço tua voz na noite
tão escura quanto meu pesar
todo amor que havia agora (foi-se)
como os sonhos que eu vi passar.

Como em nuvem de espumas claras
que nos céus querem permanecer
saiba que as coisas que nos separam
são as que mais eu amo em você.

alexandre

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Alguém para Amar

Alguém para Amar

Quando todos os sentimentos
forem então dispersos
espalhados nas valas do tempo
alguma prodigiosa exuberância
de sonhos paixão e esperança
restarão na amarga confluência
entre a vida e a morte.

Quando partes de um corpo
espalhados no limiar do universo
você confessaria em versos
que nem a solidão vai restar
apenas uma mão, um pé
um tosco coração
um pulmão que não pode mais respirar.

Quando tudo então passar
como um rei voltaras a ser criança
sem muita importância cantaras o desencanto
de voltar a ser pequena sem memória sem poesia
e com as faces serenas
o mundo, a você eu perguntaria !

Qual o valor da vida quando se perde a esperança?

De que vale o voo da  branca pomba
quando se mata só por matar
em nome de que.. Sabe-se lá!
infeliz homem bomba.

Infeliz destino
em ato de crueldade extrema tingir de sangue
um rio cristalino.

E neste lamaçal negro e tosco
deite teu pescoço
para que se possa cortar
quem sabe assim... talvez
em alguma outra vida
você encontrara alguém para amar.

Alexandre

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È Como eu te Vejo

É Como eu te Vejo

 

Uma rosa nasceu em teu braço

floriu em todo o teu corpo

pétalas voando pelo espaço

e pousando em teu pescoço.

 

Cheira a arco Iris dos ventos

são todas as cores em teu olhar

imagem florida nos pensamentos

flui e brincas nas ondas do mar.

 

És todas as mulheres do mundo

e por ti todos perdem a cabeça

é paixão que talvez enlouqueça

e o caos que a razão desconheça.

 

E com pincéis de pelos

eu pinto os teus olhos

em minha face vazia.

 

E como eu os vejo

no calor deste meu desejo

e da minha face fria.

 

Alexandre montalvan

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Pingos de Amor

Pingos de Amor

No negro escuro da minha alma, vastidão!
Em fétidos charcos de catarros, lodaçais!
Pensamentos imersos nesta grande podridão
Entre aves de rapina famintas,  bestiais!

Triste este fim sem recomeço, sem perfume argentino
A essência das celas, entre feras e medo, sente o cheiro
Desta morte que rola na escada, neste imenso atoleiro
Este é o mar dos desatinos e das noites sem destino
Das eternas madrugadas.

As sombras se esgueiram nos caminhos
Coladas em suas burras negras perniciosas
Rebolos nas mãos e cobertas de espinhos
Naifas que ferem que sangram perigosas

Na morada do fogo que arde em meio ao inimigo
O passado  me condena com a mão do criador
De joelhos imploro o perdão deste castigo
Neste mundo eu não tive nem um pingo de amor

Alexandre

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Coração de Pedra

Coração de Pedra

 

Neste dia quente, um sol abrasador

poesia insolente

leio-a

a beira mar, no calor.

Gorjeia a gaivota, lutando contra o vento

a areia branca margeia a onda

desenhadamente.

Na solidão um leve pensamento

a balizar a poesia.

 

Não tenhas medo do fim do dia

Nem da cantilena surda na frente de casa

É apenas um coração, de pedra fria esburacada

Em um mundo velho, de ideias ultrapassadas

 

Tão estranho é este mundo

Se mal pode compreender o tempo de um segundo

Como entender a tua eternidade

Como entender o amor verdadeiro

Se ele é feito na verdade

por inteiro.

Da entrega. . .da renúncia. . .da bondade.

 

Não tenha medo da noite tão fria

Deste inverno que insinua a madrugada

É apenas a esperança do coração, da tua amada

 

De uma lágrima que sai, dos olhos em fuga

Um olhar divino

De um rosto escaqueirado e cheio de rugas.

 

Alexandre

 

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A noite de lua cheia

A noite de lua Cheia

Quando o dia deixa a vida
e a morte então desperta
a lua aprofunda o silencio
na noite fria e deserta
e tinge a rua de dourado.

Mas ainda existem sombras
em degrades distantes
muito pouco notados
e em apenas alguns instantes
o que é morte vira vida
e o profano o sagrado.

Não se sentam na calçada
os casais de enamorados
não distinguem o pecado
desenfreada emoção
a tatuagem do amor
infrenemente paixão.

Nada mais se tem, é verdade
nem a dor de se verem perdidos
com as mãos que seguram aflitos
pela pretensa falsa liberdade
serão duas almas em uma por toda
a eternidade.

Alexandre

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Alucinação

Alucinação

 

O céu manchou de azul

as areias brancas

entre as conchas da praia

naquela noite derradeira.

 

Os meus pés esbarram no infinito

no estalar dos meus beijos

que enchem de organdi os arvoredos

perfumes de uma leve consistência

que pelas ondas de ventos mornos

encantam pela sua existência.

 

 

Os medos do corpo estão comigo

a vida a morte o vazio

mas agora é madrugada meu amigo

e o frio da solidão me abraça

e por mais que eu faça

eu não posso dormir.

 

Tento entender o desentendido

amenizar o meu castigo

de só compreender o incompreendido

mas enfim eu sou humano. Ou não?

e desumano seria eu ignorar a minha

alucinação.

 

Alexandre

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Beijo Incandescente

Beijo Incandescente
 
Todo este amor carnal
que no meu coração habita
voluptuosa e imoral
é esta paixão bendita.
 
Em mares de ondas imensas
em meus braços você murmura
em teus olhos a paixão fulgura
mas não expressa o que pensas.
 
Geme um choro baixinho
expressivo de águas passadas
aperta-me com tanto carinho
com mãos de fogo apaixonadas
 
Amor não é. . . apenas paixão
avassaladoramente explosiva e louca
quente como o fogo ardente
como o incandescente beijo da tua boca.
 
Alexandre
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Funesto Silêncio

Funesto Silêncio

 

Um mar de funesto silêncio

brota torvo as tuas palavras

entrecortado com ruído mundano

flutuam, contornam mares imensos.

 

O meu dolorido coração humano

já não tem o amor de outrora

pego todas as tuas palavras

absorvo em meu silencio

e as jogo fora.

 

Porém se cale primeiro

para que possa ouvir

assim é no mundo inteiro

ensino-te a viver

ensino-te a partir

eu vou me desprender

deste fardo ligeiro

que me prende a você.

 

Assim como nas ruas desertas

eu me deixo calado a permanecer

na exata percepção do nada

na total  inexistência de você.

 

Sinto-me agora tão só e triste

por que o portão esta fechado

sem poder entrar a solidão persiste

espremido neste espaço escuro

são cristais de sal neste dilúvio

a inundar o meu futuro.

 

Agora sou apenas sangue e dor

De um ator manipulador e perverso

sou um grito absurdo de horror

sou um fim obscuro no universo.

Alexandre

 

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CPP