Posts de Jorge Santos de Oliveira (162)

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O Relógio do Apocalipse

90 segundos para meia noite
As luzes da cidade se apagam
Os incrédulos continuam incrédulos
E a tv não tem sintonia
No mesmo instante vê se luzes descendo do céu
São os satélites caindo
Celular sem sinal
A terra vibra e paredes caem
Estradas não dão em lugar algum
Os carros não andam mais
O dinheiro não tem valor
O valor era o conhecimento
E quem sabia estão em bunkers
Totalmente isolados
Mas a ira do fim chegará a eles
Ninguém escapa das mãos do impronunciável
Não há fuga nem isolamento
Debaixo do firmamento
Tic tac.
Bombas se cruzam no céu
Homens se partem na terra
Filhos desconhecem os pais
E pais repudiam os filhos
Montanhas derrama sua ira
Os ventos são rebeldes
As águas são ferozes
As maquinas que controla os homens
Serão destroçados
E aonde está Deus?
Ele está na profecia.

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Ombros Leves, Vida Breve

Toda gente que passa, disfarça
A tristeza que força, é fraca
Tens trazido a face, fumaça
Relutando com o tempo que passa

Amargando a medonha derrota
A tristura vai logo embora
Sem saber o que é que se passa
Ao andar sorridente agora

Carregado de tantas histórias
Entre idas ao céu sem estrelas
E de vindas sem tanta demora
Equilibrando no fio da pinguela

Erguido e de pé caminhado
Com os ombros que soa tão leve
Pois o fardo está definhando
É a vida que fica tão breve

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Além dos Limites

Que organismo magnífico é esse?
Complexo em sua essência.
Cheio de valores que norteia sua curta vida
Um mortal portando uma alma eterna
Que organismo interessante!
Porque se mata o corpo mas não morre a alma.
Qual a idade da alma?
O corpo apossa a alma
ou é alma que se apodera do corpo?
Se todas as perguntas estiverem erradas,
logo as respostas também estarão.
Esse organismo fica poderoso
Egocêntrico, vaidoso e corrompido
Fazem altares, amam deuses
Amam a luxuria e as riquezas
Até se sentem deuses
Como esse organismo evolui em busca da vaidade
O que há de bom nesse organismo? Ele tem fim?
E se a alma eterna
continuar em um ciclo vicioso,
como a vastidão do universo.
Onde chegará?

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Corrida para as Cavernas

A maluca da cuca pulou no riacho
Mas a água que brotava secou
E a cuca caiu lá embaixo
O macaco riu, a onça também
Mas o que ninguém viu
Que foi tão sutil
A cobra enrolar-se
No rabo da anta
Pegando carona fugindo do solo escaldante
O silêncio reinou no reino do macaco
Ninguém pulava nem catava piolho
Ninguém dançava nem cantava
O sorriso se foi
De longe surgindo o sol
Todos olhavam assustados
Pois sabiam que o dia não estava nublado
E ali o sol era soberano
Então começou uma correria
Todos entrando em cavernas
Escondendo do rei Sol
Protegendo suas peles nuas, dos raios
potentes e cruéis do astro-rei
Ficam ali até a noite surgi

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Versos em Movimento

Fumegando, apitando buscando a noção
Ruindo as certezas fazendo canção
Seguindo a corrente vindo do coração
Quebrando os dogmas sem aclamação

Rabiscando as veias pulsando hórrido
Granjeando no tempo com o peito ferido
Perdurando as marcas da vida fingindo
Colorindo o fio desse frio descolorido

Ele vai e vem quando quer
Vem de pressa ou na ponta do pé
De Ferrari vermelha ou de pangaré
Vem de pé-d’água ou de xereré

Constante toda vida
Logo penso
Gradativo toda vida
Tu tens vida.

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Sinfonia da ira

Existe um poema que fala de raiva?
Dessas raivas que cerram os dentes,
que faz sair dos eixos a jugular,
que apavora o silêncio,
brotando da laringe um grito arranhado,
curvando-se para suportar a pressão da voz.
Selando os punhos, zumbindo as articulações
frangindo a testa ao mesmo tempo.
Acho que não existe um poema ainda.
Pois quem disse que a ira é bela?
Mas não se pode negar
Ela é bela!
Há de mim se eu não pudesse ter raiva
Há de mim se eu não pudesse!
Seria como estar preso em cubo de vidro
Seria como estivesse afogando eternamente
Alimento meu amor com toda raiva do mundo.
Repudio minha dor com a raiva mais profunda
E de raiva em raiva vou lindando com o fracasso
De mil maravilhas que pude viver,
a raiva teve seu lugar em quase todos os momentos
A raiva é bela quando não somos escravos dela
Assim como o amor.

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Madame

Ah! bolsa! O que tens aí?
-Minha cabeça inserida
-Fechei o zíper
-Esqueci a bolsa com a cabeça dentro
-Peguei a bolsa e deixei a cabeça no salão
Uma madame dizia para outra
em quanto procurava o celular
perdidamente dentro da cabeça

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Entre Sorrisos e Lágrimas

A virada de ontem é hoje
Tudo se perde no escuro do infinito
Ontem foi aprendizado
Hoje! Daqui apouco já é passado

Corre por entre as vias da vida
conjunturas de emoções
Por vez sofre, se refaz e sofre outra vez

Lépido como uma criança num dia,
e outro dia inerte em suas labutas
Tirando as máscaras de sorrisos,
banhando-se com as lágrimas da desolação

Parece um opera de tristeza
Mas calma! Essa é uma parte crucial
Tem dias que a virada de ontem nunca chega
As vezes as pessoas ficam
Nós ficamos.
Tudo fica, quando tudo passa
Quando tudo passa, nada fica.

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Embrolho

Danço uma dança
que permeia bem nostálgica
Toda essa indagação.

Rego com partículas
subatômica da tontura
me amedronta
caio em cima do colchão.

Viro como um rolo compressor,
perco a chave faço graça
com meu codificador

Relolado da espinha, na vendinha
do senhor que vende pinha
mas não vende minha dor.

Frito ovo sem gordura
na panela de fritura
que só serve de armadura
na mão do seu doutor.

Já pulei do avião
e nunca chequei ao chão,
pois antes que fosse tarde
meu relógio despertou.
Acordei.

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O Guerreiro e o Poeta

Uma mameluco
estranho
De uma cidade estranha
De olhos bem castanho
Com pouco tamanho
Tem nome de guerreiro
Soldado romano
Que já cravou espada
No peito de um dragão
Estranho!
Fingindo ser poeta
vai catando as letras
no munda da ilusão
Estranho! Estranho!
Ele é muito estranho.

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Pérolas na Tempestade Interna

Eu sou mal
Sou tão mal que me dói
Eu sou bom
Sou tão bom que me dói
Eu sou fraco
Sou tão fraco que me dói
Eu sou forte
Sou tão forte que me dói
Eu sou bravo
Sou tão bravo que me dói
Eu sou calmo
Sou tão calmo que me dói
Eu sou rico
Sou tão rico que me dói
Eu sou pobre
Sou tão pobre que me dói
Eu sou humano
Sou tão humano que me dói
Eu sou poeta
Sou tão poeta que me dói
Dói por ser e não ser
Dói por sentir e fazer
Não doeria se eu fosse feito de aço
Não doeria!

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Chorinho

Amanheceu outra vez
Toda vez eu penso em você
Nos seus olhos brilhando
Sua boca me beijando
Num belo amanhecer

Me bateu forte no peito
De um jeito a saudade
Que cedo veio me visitar
Meu pensamento eleito
Foi-se embora, que maldade
Não pude mais saciar

Quanta covardia
Tão cedo no meu dia
Pra me abalar
Canto uma melodia
Que eu não cantaria
Só pra me alegrar

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Tramas da Psique

A tua fala
O teu medo
O teu segredo
Tu dominas
Tua sombra não inclina
Tu és sincera e tem tintas nos seu dedos
O teu desejo
Tua ira
Tua sina
Tuas pegadas
Os teus atos tu operas
Tuas caretas que completa o jeito dela
É bem santinha quando não vira uma fera
Gosta de serie mas não gosta de novela
Fala de Nietzsche e curti funk na favela
Quem é ela?...Quem é ela?

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João

-Por que reconhecer faz bem João!
A gente não quer, mas acontece
-Nossas emoções são como gangorra, João
Bem quando sobe e mal quando desce

No alto todos te veneram
E somem ao te ver pelo chão
-Não se engane com os aplausos, João

A decepção é um veneno que a gente cria
Ao confiar nas expectativas por demais
Tenha cautela e mente fria
Seja prudente e perspicaz

Porque no alto todos te exaltam
E na queda sozinho estarás
-Não se iluda não João

 

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Vulnerável

A inocência pura
estava cercada da malícia.
E a casa era do outro lado da rua
As portas se abriram
Tudo se abriu
A inocência frangiu a testa
Suas mão eram movidas
Por uma voz doce e sedutora da malícia,
que era muito mais velha.
A inocência ficou confusa
Estranhou tal evento
-Está errado! Ele pensava.
9 anos é pouco para entender
a maldade da astucia maliciosa 
Muitos anos depois
Ficou evidente,
que a inocência foi roubada
E a infância fui marcada

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A festa continua Zé

Das profundezas da mente de um Zé Ninguém
Expeliu-se letras explosivas
que feriu sua própria testa.
Zé engoliu o ego e limpou a testa.
Em seguida pulou novamente
no poço da ilusória consciência,
indefinida pela filosofia
incompreendida e rabiscada
nos artigos de jornais.
Hoje, Zé Ninguém decidiu decifrar.
Com um bisturi na mão
Dividiu sua cabeça
tentando achar o final do poço
mas não havia poço algum.
Fui uma tremenda decepção
O Zé chorou feito um bebê
Enxugou as lágrimas
e voltou para festa.

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Existencialismo

A busca
Foi rápido achar o prazer
Achou tantas coisas
Que era impossível descobrir
qual prazer que ela gostaria.
A busca achou Plenitude
Uma jovem vigorosa e
se apaixonou
Casou-se com a Plenitude
E foi para os confins da terra
Rodou o mundo e
voltou
A busca encontrou Sabedoria
Um velho senhor sabido
Que sabia que não sabia tudo
E lhe ensinou tudo que sabia
A busca
teve muitos amores
foi amante e foi amado
Separou-se da Plenitude
E virou Lama, Pandit, Aiatolá
Rabino, Cardial, Babalorixá
Conheceu a Serenidade
E se trancou no quarto.
Depois de ler Nietzsche
Enlouqueceu
Mas A busca
Continua.

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Poesia sem endereço

Rogo ao bom velhinho
Um bom pedaço de amor
Embrulhado com a pureza
da verdade
E entregues com luvas de esperança
Só não desça pela chaminé
Pois minha casa não tem teto
Nem venha com seu trenó
Pois meu beco é muito estreito
Nem procure meu endereço
Meu número desmanchou com a chuva
Ao chegar em minha rua
É só chamar meu nome
É só chamar

Vamos ajudar nossas crianças carentes,
leve um sorriso e um presente
a todas que você puder.

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Amparo

Com os olhos bordados de lágrimas
Não disse sequer uma palavra
O frio coraçãozinho aqueceu
- Poderia ser uma esperança
Ele pensou.
Olhou novamente para o céu
Juntou as mãozinhas sujas do abandono
Viu ao longe o clarão nas casas
Sons de festas e sorrisos
Olhou por traz da pilha de lixo
Onde sua casa se escondia
Nem uma luz brilhava...

Vamos ajudar nossas crianças carentes,
leve um sorriso e um presente
a todas que você puder.

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Simples

Quantas coisas aconteceram ao longo desse ano
O ano do coelho que vai dando lugar ao ano do dragão
Não importa qual animal represente-o
A cada ciclo a esperança é a mesma.
Os pedidos que sobem pela ar do novo dia
São como uma prece que se repete
Se entrelaçam nos sonhos de um futuro ainda melhor
Cheio de amor, paz, saúde e todas as coisas boas que precisamos
O Papai do céu tem ouvido atentos
E nessa época, ainda mais
Então que nossa voz seja a mesma
Quando o pedido for amor
Que nosso amor seja pelo próximo
E que o próximo esteja perto
A ponto de um abraço caloroso possamos dar
E dizer com a mesma voz e mesmo tom
EU TE AMO!

 

 

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CPP