Frio da noite
Todo rastro deixado na jornada
Vai virar pó, sumir... esvoaçar.
E, eu verei que rumando pela estrada:
eu chorei a dor sentida, por amar.
Eu demonstro na face amargurada
A pintura do amor ao me deixar
sozinha, a caminhar abandonada.
Surda estou, não ouço o vento assobiar...
Meus dias foram flores ressequidas,
Sem aroma, perdida na estação.
Todas fases da lua vi passar.
Hoje, co' a alma sedenta pela vida
Com anseios, desejos, todos vãos
Sinto o frio da noite me abraçar.
Márcia A Mancebo
25/01/2021