Feliz Natal!!
Com candura e doçura
Assim se vive o Natal.
Gentis José e Maria,
Em graça plena chegaram
Ó doce candura, é o Natal...
Cumpriu-se a tradição Hoje,
Como Ontem nas Escrituras...
Os mais humildes chegaram primeiro
Para o Bebé adorar.
Levaram o que de melhor tinham
Cordeiros, leite e ovos
Canja de galinha gorda para o pão demolhar.
Queijo fresco acabado de fazer.
Sons entoados em doces cantares,
Para o Menino adormecer...
Alguns despiram suas peles de ovelhas
Para o Menino aquecer, nessa noite do caramelo.
ò Vinde vinde pastores!
Ó Vinde vinde lavradores!
Ó Vinde vinde adorar,
Esta Família Sagrada
Ó doce candura é Natal ...
Chantal Fournet
14 Dezembro 2023
LIBERDADE ( 24 de JANEIRO Dia Mundial da Liberdade!! por favor ler a nota que vem logo a seguir ao Poema!! gaD's)
LIBERDADE
L IVRE! LIVRE!! LIVRE!
I nventam-se armas para A maltratar e A matar
B ruxuleia a vida frente ao cálice amargo da mort
E ntre armas e Vida sufoca a LIBERDADE!
R espeito E LIBERDADE,valores dificeis para alguns.
D or chorada, gelada, no escuro abrigo, contudo
A Alma quer dançar a música que no ADN enraíza
D entro deles cantam palavras escondidas
E speram o amanhecer luminoso da Vitória!
Chantal Fournet
24 Fevereiro 2023
NOTA IMPORTANTE:
O Dia Mundial da Liberdade celebra-se a 23 de JANEIRO.
A data foi criada pela ONU e proclamada pela UNESCO.
MAS... a nossa amada C. , (AQUI onde estou internada) que se preocupa sempre com a nossa mente, resolveu trazer o tema da LIBERDADE para nos estimular o pensamento e a creatividade! E como era o que o dia em que fazia 1 ano sobre a invasão da Russia sobre a Ucrania... resolve PÔR-NOS A PENSAR SOBRE A LIBERDADE rsrs. No fim de semana apercebeu-se que ela estava 1 mês atrasada!!
MAS eu gostei muito desse engano dela
CARPE DIEM!
Na espuma dos dias a Morte rege a Vida!
São balizas fugazes que nos dão capacidade vital.
- Obrenóxio? Sim decerto!
A Morte rege a Vida e dá Vida?!
Ao aprofundar, quiçá, assim é...
Soiedade que se quer poética, sem Poetas vivos...
Laguna turva, lodosa, de invejas e cupidez insaciáveis feita.
Nela pululam ocultas, formas de mágoas,
Dolosos momentos ...
Cantados, em claves menores, languidez desesperançada...
No Poeta, o grito sobe em clamor de Silêncio...
Preso na garganta, solta-se em versos,
Na folha arranhada...
Na ponta duma caneta, ou dum tosco lápis...
Solta-se! Liberta-se!
Nasce Poesia! ...
Chantal Fournet
17 de Outubro 2020
Portugal
“Quem és, senhor Vento?"
O Vento uivante e tenebroso ruge
Nas ondas da praia, nos campos perdidos
Alfarrobeiras e figueiras, rotas suas vestes
Campestres, descabeladas, vencidas …
Cem mares levantados… Areais massacrados
Limpando ou arrasando? Amanhã se saberá...
Falar rouco, bramido de desespero e dor
Concerto solitário sem qualquer banalidade.
És som do ventre da Terra
Seu gemido de prazer, seu choro…
Seu AUM e OM sagrados.
És ondulação de mar nos pinheiros das serras,
És seda ondulante nas searas de pão,
Trovão nas grutas costeiras,
Serpenteado sibilar, arrepiado nas frestas
Dos palácios rotos, despidos de veludos e anéis.
Na negrura da noite, tempestade, mataste a luz,
Ouço teu rugir, que teima me amedrontar.
“Quem és, senhor Vento?"
Entra…! Vem…!
Transporta-me nesses ares, leve e voada
Leva-me, na tua voz grave, vibrante…
Agarra-me forte, para não cair…
Ahhhh! …. No teu voo eu vou!
Chantal Fournet
22/10/2016
Portugal
~ TEIA ~
Bordar na trama do tear
Umas vezes forte, outras frágil.
Segue no crivo dos dias
Rasa no emaranhado górico das horas
O edificar do destino fatum ou sina.
A lançadeira passa entre as ondas alinhadas
Navio encerado por mil lanços,
Na teia urdida pelos acasos nos ocasos.
Olhares e pés cansados.
Clap-clap clap-clap bate regular
O pente junta a trama, os braços alternam os fios.
Clap-clap segue o movimento ecoando.
Obra vai crescendo o dia minguando
- "Acende a candeia, Bernarda, onde o azeite já mingua" -
O céu veste-se de romã… o frio de surrobeco
Amanhã o vento se fará demo
Nas serranias de fragas e piornos.
O borralho tinge de rubro a escuridão…
Chantal Fournet
5/3/2016
Portugal
SURROBECO - Tecido feito com lã surrobeca (lã cor de mel, resultante do cruzamento de carneiro branco com ovelha preta), que era utilizado na confecção das calças do pastor.
como a capa de Burel, também o surrobeco era pisoado, para melhor proteger das intempéries do Inverno.
http://www.vilacortes.com/historia/trajes/trajes.html
INFIDELIDADE
Foste infiel...
Fui infiel...
A quem ?
A quê ?
Porquê...?
Porquê?
Para quê?
Onde ?
Como?
Como?
COMO?
Como?
Fomos infiéis......
Repetirias...?
Repetirias...?
Lamento ...
Loucos... insanos
Não escutaste a pergunta...
Repetirias?
Lamento...
Lamento...
Em lamento respondes
Respondes?...
Respondeste?
O múrmurio de lamento
Não é resposta...
Mas entendi...
Repetirias...
Ó insanidade!
Sem fim.....
chantal fournet
14 Julho 2021
Manta Rota
NOVEMBRO
Novembro de mistério, nebuloso e plúmbeo
Tão misterioso e térreo se reveste Novembro...
Atmosfera húmida algodoada de nevoeiros
Os sons nela se dispersam perdidos de rumos
.
Gotículas amontoam-se sábias em tudo
Quanto minúsculo de aconchego se faz.
Novembro de mistérios...
Na terra castanha por vezes gelada com
Seu coração tépido, morno como leite…
.
Nela, sementes lançadas por mãos, patas ou
Explosões invisíveis de mil plantas germinam.
São sentimentos da Alma da Mãe Natura que
Calma e inexoravelmente conscientes, criam raízes,
Cumprindo-se o eterno imutável ciclo Mater Vitae.
.
Novembro de recolhimento nestas paragens
Esmorecem as cores e despe a natureza seus mantos
Recolhe o Sol abate a vida exterior aumenta a interior!
.
Quisera que os humanos nela vivendo recolhessem
Este sábio germinar de sentires e saberes
Que dominassem em seu peito raivas e rancores
Destruidores sem peias de respeito.
.
Quisera que fossemos plantas
Que reagem à musica e à palavra, ao convívio dos seres.
Então não escreveríamos… mas seríamos tão melhores...
.
Novembro … Explode a Vida noutros lugares!
Sabedoria dum planeta estimado.
Chantal Fournet
Portugal
Novembro ou Dezembro 2019 (??)
DOCE SETEMBRO CHEGOU! UM CANTO DE LOUVOR!...
Chega Setembro doce e frutado
Nos campos, estorninhos e pardais
Disputam uvas e figos com os humanos!
Respigam grãos das ceifas
De trigos, aveias e do moreno centeio.
Mês da perfeição para todos na refeição abundante!
Da fruta escorrem sucos de mel!
É bebedeira de aromas e cores!
Happy Hour da Criação!
É a festa das colheitas de Animais e Homens!
Todos festejam o delírio da abundância!
Festa do mosquito da fruta à mosca do gado!
Do esquilo à formiga! Grilos andorinhas lagartos
Não esquecendo as aranhas tecedeiras,
Bailarinas incansáveis das flores
Às árvores, dos vasos às vassouras do jardim!
Tudo para elas é salão de festa e de trabalho!
Delírio da abundância!
O doce Setembro, por todos absorvido!
Ido o estioso Agosto, tímidas,
As flores dos canteiros, as plantinhas da horta
Sacodem a poeira dos ventos secos
Absorvendo as humidades das noites
Carregadas de lua e estrelas...
Doce e frutado Setembro chegou…
Outros ritmos nos ares.
Destronando as cigarras de seus poisos,
Perturbando mochos e morcegos recolhidos
Nas alfarrobeiras, esconderijo
De mouras e príncipes encantados…
É chegada a hora das amêndoas e alfarrobas!
Canas longas varejam as árvores.
Caem folhas caem paus,
Cai a descamisada amêndoa
Sequiosa de ser libertada…
Na poeira seca, na sombra frondosa e fresca
De figueiras e alfarrobeiras ensaca-se a colheita.
Sacas pardas, como parda a terra seca
Esbatido e cansado verde amêndoa,
Secos coloridos, duma natureza que diz:
“Estou cansada! Deixem-me dormir a sesta!”
Os figos roxos ou verdes esmaecidos,
- Pequenos odres de mel! -
Disputados aos pardais e às formigas,
Já meio-secos apanhados, às açoteias içados,
Em seiras de palma, ao Sol acabarão de secar.
No cheiro acre da terra empoeirada,
Caem grossas gotas de suor Humano,
Sob o olhar doce e compassivo dos Animais.
Burros, cães, gatos, algumas galinhas,
Por entre bicadas na terra grosseira
Vão parando, olhando os Humanos.
Olhar indolente mas carregado de compaixão.
- Desconhecem o que foi dito por Alguém,
Séculos atrás, sobre semear recolher e fiar,
Que nada lhes faltaria e que sempre ricos e belos seriam... -
E olhavam as cascas velhas e secas…
Velha roupagem despida de alfarrobas e amêndoas.
Despojos!
Acredito que, na sabedoria cósmica, esses seres,
De almas semelhantes à nossa. – Inexistente? -
Possuem em si a resposta filosófica do que é Viver…
Sem o duro penar pelo sustento, da humana vivência.
.
.
Filósofo e frutado Setembro chegou!
Doce e perfumado Setembro de tanta colheita...
.
Estranho e Amado Setembro!
Num lado do Globo, Renasces em Primavera
No outro, Recolhes-te...Outonalmente
Amado Setembro!
Chantal Fournet
4 Setembro 2016
Portugal
Ama!
Ama!
Traz ao momento teus sonhos de criança!
Canta!
Solta da garganta o grito de fogo!
Ama!
Canta! Sem medo...
Ama!
Vem aos nossos loucos desejos!
Traz na tua música harmonia
em acordes dissonantes!
Ama!
És o castelo! És a ameia
onde repousa meu coração!
Ama! Toca! Toca minh'alma
Com teu olhar de amêndoa
Com teu sorriso travesso
Deixa teu negro cabelo,
escorrido e perfumado,
nublar meus temores dum abandono teu!
Ama! Canta! Toca!
A minha ânsia de ti deixa-me louco!
Escravo de teu amor
Assim me tens a teus pés...
Chantal Fournet
30 Abril 2019!
CANSAÇO
A tristeza sufoca o grito
Sem parecer o cansaço sufoca tambem
Cansaço de estar viva
Cansaço de ser servida
Cansaço de mastigar e engasgar
Cansaço de tossir e esforçar
Esforçar parecer gente parecer pessoa
Parecer menos animal e mais gente
Parecer ... Cansaço...
As horas e os dias passam.
Os meses e os anos
Sempre iguais.
Sempre iguais.
Tão iguais que tenho marcos e balizas
Localizar-me nesse Fio de Tempo ...
Igual. Demasiado igual.
Cansaço meu nome.
Desânimo meu apelido.
Crueldade de contratos de vidas passadas...
Cruel destino religiosamente guardado
Chantal Fournet
20 Julho 2007- 20 Julho 2020
Portugal
**
POESIA LIVRE
Poesia amada! Letras soltas
Nas quiméricas vidas.
Importantes os sonhos!
Importante a Utopia!
Ah! Quão amargo é o grito preso
Que a pertinácia humana força
Teima em reter,
Teima em impedir soltar-se!
Tristeza? Não!
Raiva? Não!
É maior a força funda da alma
Que viva ,ressalta em cada escolho
do caminho.
Amanhã...
Amanhã?!
Não!
Hoje!
Hoje é o dia em que tudo se resume à unidade!
Chantal Fournet
22 de Março 2020
A alma do poeta
É borboleta leve que
Poisa na mão do Criador!
A alma do poeta provoca e tranluz
Desperta e a cor_dá!
- É viva!
Quando sai do casulo
- gerado a duras penas -
A inspiraçao dói...
No desdobrar das asas
Ganha ideias e formas
sabores
amores e ideiais
São conceitos são padrões ...
Ah! como reluz!
Sem muralhas, sem fronteiras!
- Chega o despertar!
Chantal Fournet
Outubro 2019
QUERIDA MARSOALEX...
https://casadospoetasedapoesia.ning.com/grupos/temapoesia/forum/entre-tsunamis-e-calmarias
Escolhi este teu poema tããããooo perto de TI e do teu SENTIR
"Entre tsunamis e calmarias"
no momento em que já SABIAS que qualquer momento
dirias adeus à Vida que muito amavas.
Que regressarias ao colo Sagrado do Pai,
Criador Amado...
O QUE É VIVER.....?
deste a resposta neste teu Poema
"Mas viver é se deitar em cama alheia
Sem temer e sem saber do despertar
Pois, a vida é uma chama que incendeia
Mas não avisa o momento de apagar."
Marsoalex – 09/01/2020
Amada Poetisa
pouco te conhecia ... Só pelos teus poemas,
que logo me encheram o peito!
mas apoiaste-me neste inicio aqui chegada...
TUA CHAMA NÃO SE APAGARÁ NUNCA!
Tuas letras e palavras ficarão
Iluminando sendas a quem as ler!
ESCRITOR NUNCA MORRE!
Só viaja nos céus ganhando mais e mais Luz
Ganhando mais e mais inspiração para inundar a todos
quantos Ama ....
Até já!
Logo logo nos conheceremos e me virás dar teu Abraço!
Para a Família e os Amigos
este desenlace foi demasiado rápido...
- como se pudesse ser alguma vez demorado... -
que Deus e o Universo se una para todos confortar
com seu Amor tão único!
ABRAÇO GRANDE A TODOS com todo o Sentimento
Maria José C. Dias - Chantal
FINITUDE ...
É Janeiro. Saio para meditar, nesta enorme quietude do entardecer, na silhueta definida das árvores e do som puro dum latido de cão mais a sul! Tudo se destaca nesta Hora Dei, de penumbra imóvel, por ausência de vento e seca de humidades! Há mais um cão a oeste e mais longe, que responde a outros que pressinto em esparsos latidos! São Cãoversas! Nada mais!
No ar flutua cheiro perfumado de lareiras acesas! O Frio faz-se presente, apesar de, ou por isso mesmo, as amendoeiras já nevarem os campos de alvura rosada, ignorando frios, cumprindo apenas e só seu ADN.
Acende o Pastor sua Estrela, escureceu o infinito, para melhor a destacar.
Por fim todos os seres deste pedaço serenaram. A calma é muita. Chega a ser palpável. O silêncio que se fez, assusta meu espirito, pela ausência dos pequenos ruídos da noite, que mobilam, que formam balizas aos sentidos, que se encontram na mais completa escuridão! É como se, de repente, algo de forte se preparasse na Natureza.
E de súbito...
O Vento soltou seu sopro fogoso, e o que restava de folhas rodopiaram no ar, os ramos das árvores gemeram, vergando sob a força repentina, uma mesa, esquecida no jardim, foi mergulhar na piscina, os vasos tombaram, quebrando-se... A buganvília soltou-se das amarras, como se quisesse, livre de suas raízes, voar para longe, para outras margens e conhecer novas paragens. Em Liberdade.
Recolho a penates, louvar meus Manes e meus Lares! Agradeço a tecnologia por, sem atilhos, simplesmente escrever o que me soi ao espirito, no que era um pacifico anoitecer, prenúncio do que desejaria igual para milhares de almas, que vivem holocaustos de frio, de violência, rasgos de direitos, fugas, bombas, estropiação... O descalabro humano.
A Morte em todos os seus ditames.
O vento forte?! Esse, é tão-somente o Sopro Cósmico Limpador marcando a finitude... do quê?!
Ao leitor a resposta, no que seu íntimo falar...
Sem fim...
Chantal Fournet
Portugal
16 Janeiro 2017
18h-20h