Uma dor aguda que invade as entranhas,
Faz teatro em meu peito que floresce,
Assim, minha alma incandesce,
E se revolta com o silêncio das façanhas.
O destino com seu ar de inocência,
Traça a história num enredo alvorotado,
Deixa marcas de amores e pecado,
Suga o sangue e o riso da existência.
A ferida que aos poucos cicatriza,
Leva o brilho que um dia encantou,
Deixa os trapos que de mim se apossou,
E liberta os meus sonhos que agoniza.
Sandra Medina de Souza