Posts de Sirlanio jorge Dias gomes (220)

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Amor sublime

Amor!
A lua te coroa intensamente,
Floração ofegante do teu querer,
Tons luzidios desta procura,
Desvairadamente em meus braços.
Em adoração te velo,
Deleitoso vinho que me embriaga,
Desenhando teu corpo no meu,
Matizes azuis de nossos corpos,
Inefável tremor verga.
Rouba-me sem pecado,
Neste sensual leito da noite,
Onde sussurras cantos celestes,
E os meus ouvidos te louvam.
Somos estrelas íntimo desejo,
Minha boca te verseja,
Em cada trova de seus lábios poéticos.
Minhas mãos colhem tuas rosas,
Regando-as com seu olhar,
Benévolo aroma que me perfuma.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Aos mestres poetas e poetisas

Quanta beleza em teus versos!

Sei que gostaria de comentar todos.Todos os poemas aqui deixados,são belíssimos,pois é o melhor de dois mundos.Real ou imaginário,o que importa?

As emoções,o brilho,o encanto a mágica daquele momento fala no silêncio de cada um.E não sai sem deixar marcas eternas aos olhos de quem lê.

Estamos numa montanha de pedras preciosas,cada qual com o seu brilho particular,nas manifestações de um todo.

Agradeço mais uma vez e peço desculpas quando não comentar.Isso não diminui meu apreço a obra do tema proposto.

Devido as emoções,nem sempre comento,mas guardo no coração a magnitude de tal pensar.E depois delas,também tenho novas inspirações.

"Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la"

Dante Alighieri

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HUMANI GENERIS

Um mundo de outros mundos,
silenciosos leitos em seus umbrais,
Quem sois de mãos atadas?
De onde vens?
O que há além do monte?
Hei de escavar os sepulcros,
E tentar encontrar os preconceituosos,
Intactos em suas mortalhas,
Em seus discursos com a morte,
Defendendo a sua cor,
A sua pátria e posição.
Num olhar infortúnio,
Todos os males da perdição,
Sentença covarde de hipócritas,
Em seus trajes maquiavélicos,
Copiosos em suas lástimas,
Sábios em suas máximas.
Rompe-se o cordão umbilical,
Correm as feras para os campos,
Em suas imagens multifárias,
Abrindo as portas em seus cativeiros,
Recolhendo as presas paradoxais.
É tudo tão triste!
Tão vazio!
Estes vendavais humanos,
Mãos estranhas afagando o ódio,
Como deuses em seu tempo,
Parindo demônios de suas bocas,
Num rito cruento,
Escarnecendo do amor.
Há nas esquinas,
De mãos estendidas,
Todas as gentes  de uma só casta,
Humani generis,
Sangrando,chorando,implorando,
Sonhando e prosseguindo,
Desejando em seus corações,
Que sejamos somente irmãos.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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TENACIDADE

Este resoluto porvir em máscaras,
Juras consentidas em meu destino,
Invulgar mesura aluada,
Doravante me perdi em teu amor esta noite,
Prostrado aos pés do fingimento.
A incerteza estampa meu revés,
Diabrura dos teus encantos,
Lástima enfermiça desfigurada,
Do amante que um dia amou,
E agora ermo em seus espinhos,
Condena-se ao báratro investido.
A lua rasgou-se ao meio,
Na ilusão do meu pesadelo,
Cruel desventura que me oprime,
Abafando a luz dos meus castiçais,
Plena oblação do meu zelo.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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DESAFOGO

Última projeção da fantasia,
A luz do palco se apaga,
Levantei os olhos,
Mirei timidamente as estrelas,
Há um outro lugar,
Entre as estações,
Álibi perfeito de mim,
Neste tempestuoso sentir.
Do lado de fora a viagem termina,
Aparência de duas distrações,
Fúria intacta da ilusão,
Neste inverno doloroso,
No frio beijo deste desalento,
Na penumbra de minha face.
Não há ninguém na rua,
Neste lugar sombrio,
Esquinas ignotas,
Entre sombras silenciosas,
Negro da noite,
Em súplicas estigmatizantes,
Do grito do amor imortal,
Nas plagas da perfídia.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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CONFABULAÇÕES

Há quem diga o incondizente,
Num trago amargo de si,
Tropeçando sem rumo,
Nas próprias pedras da vida.
Há quem fira a língua na lâmina,
Fio mortal de dois gumes do desatino,
Falar cretino de vozes embotadas.
Existem tolos que quebram diamantes,
Ofuscado em seu próprio brilho,
Estribilho de vícios caricatos,
Sangrando o coração em seus torvelinhos.
Há jovens velhos e velhos jovens,
Doidivanas em seus baluartes de vidro,
Fragmentando a pedra dos pensamentos,
Costurando sonhos em frágeis retalhos.
Há sábios e loucos em seus atalhos,
Marcando passo no tempo,
Seguindo o rastro das horas,
Em suas marcações diminutas.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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A PROSTITUTA

Quem sou eu?
Uma escrava de mim?
Um romance as avessas?
Alguma flor de pétalas lúridas
Despetalando no jardim dos boçais?
Sou o mea-culpa de suas introversões,
O desejo descarado de sua fraqueza,
A desculpa do seu infortúnio,
Nos infernos que procriamos,
Em leitos presunçosos.
Sou a inveja dos fascínios proibidos,
Pernicioso afeto do seu capitalismo,
No obscuro sentir de sua identidade.
A minha paixão é transmutável,
Metamorfose da vida em suas réplicas,
Furor em conveniências,
Tal qual o reflexo de sua humanidade,
No juízo insensato do seu veredito,
Depositário da sua herança maldita.
Sou teu medo e desejo,
Vazão de sua violência esfíngica,
Em seus ócios escandalosos,
Proletária da sua sorte,
Vestida de tempestades invisíveis,
Ataviando as horas inconvenientes,
Até o despertar de sua santidade.
Te devoro e não me percebes,
Na loucura de tuas confidências,
E na fragilidade de tua desgraça,
Seduzida por suas mentiras,
Que me concebe sem entender,
O que realmente sou além da luxúria.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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SENSUALIDADE

O teu corpo canta em meu desejo,
Neste olhar que me inflama,
E me convida para uma dança,
Onde nossos corpos rítmicos,
Bailam suavemente encantados.
Os nossos sorrisos se abraçam,
E a cada passo nos tornamos um,
Na luxúria da nossa entrega,
Igual um violão em mãos hábeis,
No dedilhar das cordas em paixão.
Nos envolvemos em cada gesto,
Dominados pela música que nos embala,
Teus passos me sondam,
E eu te caço em suas variáveis,
Que me seduz e me faz tremer,
No silêncio dos teus lábios.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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ADEUS

Arbítrio refúgio em alva noite,
Minh'alma a deriva neste penoso mar,
Porto suplício da minha jornada,
Jugo vicioso dos meus desejos,
Inerte nas sombras longe do cais.

Venere  a luz o meu último riso,
Cousa dúbia neste peito de açoites,
Em seus delírios ósculos da morte,
Penumbra em vendavais ao réprobo,
Fugaz loucura em flores mórbidas.

Aos ventos meu último discurso,
Meu beijo,meu olhar e esta dor,
Fragmentada em rimas tristes,
Prefácio da minha despedida.

Refuta herança meu ser declina,
Neste chão frio eterno leito,
Borrões vívidos displicentes,
Ária mortis do servo desmedido.

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CPP