ADEUS

Arbítrio refúgio em alva noite,
Minh'alma a deriva neste penoso mar,
Porto suplício da minha jornada,
Jugo vicioso dos meus desejos,
Inerte nas sombras longe do cais.

Venere  a luz o meu último riso,
Cousa dúbia neste peito de açoites,
Em seus delírios ósculos da morte,
Penumbra em vendavais ao réprobo,
Fugaz loucura em flores mórbidas.

Aos ventos meu último discurso,
Meu beijo,meu olhar e esta dor,
Fragmentada em rimas tristes,
Prefácio da minha despedida.

Refuta herança meu ser declina,
Neste chão frio eterno leito,
Borrões vívidos displicentes,
Ária mortis do servo desmedido.

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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Comentários

  • Bela obra de arte poética, Sirlanio! Aplausos!

  • um poema triste que o coração chora os sentidos da vida, do amor

  • Belo trabalho amigo poeta Sirlanio! Seja bem vindo! A paz.
  • Caríssimo poeta Sirlanio. Eu também jugo o vicioso dos meus desejos. Mas, ninguém é de ferro, somos feito de carne e osso em cima dessa terra. Perdoe-me por ter feito essa analogia com um dos trechos do seu ilibado poema. Parabenizando seu tópico – aproveito para dizer que gostei muito do que decodifiquei – que venham mais tópicos inspirados com esse!

  • Parabéns pela maravilhosa obra, poeta Sirlanio 

    • Feliz por sua visita e comentário.Muito gratificante.Obrigado!

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