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Os Espinhos da Imortalidade 

 Imortalidade

Presumida, pressentida, ungida

Turbina-se nas almas gêmeas

“A Crença e a Fé,”

... ressalva-se, urgida

 

Lindos cisnes no lago, macho e fêmea

Na pintura a Arte, veste-se angelical

E a Luz expia a Mulher, Eugenia

O prumo da criação celestial

 

A Vida depõe em...

Acorrentamento, derrogação

Ordenamento, remissão

Façam, Anjos na lira, a canção

 

 A Vida repõe em...

Instintos folclóricos, a moção

Extinguem-se teses, a punção

Faça o arcanjo na harpa, a unção

 

Vida segredos perceptos , é  Ter

Dúbia magia, dúbio encanto, é Haver

Dublar distintos sons, é  Padecer

 

Desarmem,

Compressão, opressão, obsessão

E na dimensão Viver, provação, ovação, oração.

A  Vida é indelegável, amoral

A Vida é sustentável, imortal

 

Viver a Vida, e Vida que

Envida o ministério, pois

Carregam-se os pesos

Na balança de pratos, dois

 

Bendito Espinho na carne

Quem não o sofreu na alma

E  Arrebatou Morfeu com paciência

Regozijou as manhãs, em complacência

Olhar reto instigante, não feneceu em rito

No crepúsculo da carne, A Vida, Alvoreceu em Espírito

 

Fim

Antonio Domingos Ferreira Filho

ANO DE 2013

 

 

 

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Fator Mulher

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HISTÓRICO CARLOTA

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Carlota de Queiroz, primeira deputada federal, eleita em 1933 (Fonte: Arquivo Pessoal)

 

Foi apenas em 1932, no governo de Getúlio Vargas, que foram dadas as mulheres a efetivação do direito ao voto e puderam se candidatar a cargos políticos, papel que ficava a encargo dos homens até então. Carlota Pereira de Queirós, médica, escritora, pedagoga, foi a primeira mulher a votar e a ser eleita deputada federal, no ano de 1933. Ali, pela primeira vez na história, a voz feminina exalou no Congresso Federal. Não podendo ser diferente, seu mandato foi em defesa das mulheres e crianças, trabalhando fortemente na melhoria educacional, pelo benefício de ambas. Ocupou seu cargo até o Golpe de 1937, o qual Getúlio fechou o Congresso.

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HISTÓRICO ANTONIETA

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Antonieta de Barros, a primeira mulher negra a ocupar um cargo político no Brasil. (Fonte: Portal Paulinas)

Em 1934, outra conquista. A catarinense Antonieta de Barros, filha de escrava liberta, torna-se a primeira parlamentar negra da história, sendo eleita para a Assembleia de Santa Catarina. Ao longo de toda sua jornada, Antonieta atuou como professora, jornalista e destacou-se, principalmente, por manifestar suas ideias frente a desigualdade em um período histórico em que, para as mulheres, pouco era concedido.

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HISTÓRICO ALZIRA

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Alzira Soriano, primeira mulher a ocupar um cargo executivo no Brasil, em 1928. (Fonte: Arquivo Pessoal)

 

Durante grande parte da história do Brasil, a mulher se viu submissa em inúmeros cargos dentro da sociedade. Vista como dona de casa e cuidadora dos filhos, pouco se falava e se lutava pela emancipação financeira, política e social da mulher.
Em 1928, no dia 7 de setembro, a primeira mulher é eleita prefeita de uma cidade, não apenas no Brasil, mas também na América Latina. Alzira Soriano, venceu as eleições na cidade de Lajes (RN), com 60% dos votos, quando nem ao menos as mulheres podiam votar.

Foi apenas em 1932, no governo de Getúlio Vargas, que foram dadas as mulheres a efetivação do direito ao voto e puderam se candidatar a cargos políticos, papel que ficava a encargo dos homens até então. Carlota Pereira de Queirós, médica, escritora, pedagoga, foi a primeira mulher a votar e a ser eleita deputada federal, no ano de 1933. Ali, pela primeira vez na história, a voz feminina exalou no Congresso Federal. Não podendo ser diferente, seu mandato foi em defesa das mulheres e crianças, trabalhando fortemente na melhoria educacional, pelo benefício de ambas. Ocupou seu cargo até o Golpe de 1937, o qual Getúlio fechou o Congresso.

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Bertha

Bertha Lutz, bióloga, feminista e política (Fonte: Reprodução)

Outra personagem importante nessa difícil luta pela igualdade, foi a bióloga e feminista Bertha Lutz. Companheira de bancada de Carlota, Bertha chegou ao parlamento logo depois da pioneira. Bertha passou por dificuldades, sendo acusada pelos companheiros de partido de que havia fraudado as eleições (inocentada meses depois), Bertha foi chamada para ocupar a vaga em decorrência da morte do deputado Cândido Pessoa. Suas principais bandeiras eram as mudanças na legislação trabalhista com relação ao direito feminino ao trabalho, direito a licença maternidade e equidade de salários e direitos. Em seu primeiro discurso, em 28 de julho de 1936, Bertha Lutz relatou um pouco da vida da mulher na época:

 

“A mulher é metade da população, a metade menos favorecida. Seu labor no lar é incessante e anônimo; seu trabalho profissional é pobremente remunerado, e as mais das vezes o seu talento é frustrado, quanto às oportunidades de desenvolvimento e expansão. É justo, pois, que nomes femininos sejam incluídos nas cédulas dos partidos e sejam sufragados pelo voto popular”

Mais de 80 anos depois, as palavras de Bertha ainda vivem e ecoam na sociedade brasileira, sendo parte cruel da realidade feminina.

Ainda que o exemplo de mulheres como essas tenham dado às donas de casa uma outra perspectiva sobre a política, pouco se ouve falar sobre mulheres em cargos públicos. É possível ver que, através dos anos, apenas em 1945 o número de mulheres nas cadeiras de deputada ultrapassou 5% e cresceu. Atualmente, as mulheres não representam nem 10% das cadeiras ocupadas por deputados.

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 Fator Mulher

O fator mulher por Ângelo Cavalcante 

"A violência contra as mulheres é uma construção social, resultado da desigualdade de forças nas relações de poder entre homens e mulheres.  

É criada nas relações sociais e reproduzida pela sociedade".(Nadine Gasman, porta-voz da ONU Mulheres no Brasil) 

Que a sociedade brasileira é profundamente violenta já não é novidade pra ninguém o que joga, de uma vez por todas, a tese de que o brasileiro é pacífico, tranquilo e que só quer saber de samba, sol e futebol. Puro mito! 

Somos um dos povos mais violentos do mundo e os dados revelam isso ano após ano e definitivamente, nossa violência está presente em todos os níveis, classes e estamentos sociais. Acontece independentemente de religiões, crenças, opções sexuais, níveis de instrução ou padrões de renda. Somos, aceite-se isso ou não, um povo violento. 

Nessa ampla e vigorosa hecatombe de violências a violência contra a mulher nos é de especial importância. Ficamos chocados com mulheres de rostos queimados em algum país do Oriente; nos estarrecemos com a dilaceração dos clítoris de crianças em certos grupos humanos da África subsaariana; ficamos boquiabertos com casamentos de meninas de nove ou dez anos como se esses trágicos eventos fossem exclusividades históricas e pontuais apenas dessa "estranha" gente oriental.  

Nada disso! Tudo isso acontece aqui, em nosso Brasil varonil. Com nuanças distintas e variadas, mas, asseguro, a violência contra a mulher brasileira é constante nas relações sociais, na mídia, nos diálogos, nas narrativas e na estética predominante. 

Dados da Fundação Perseu Abramo (FPA) nos mostra que a cada vinte cinco segundos uma mulher é espancada no Brasil. Setenta por cento destes espancamentos se realizam no âmbito familiar, ou seja, se você ler esse texto em dois minutos, ao chegar ao seu fim, homens terão agredido e em seu limite, matado, pouco mais de quatro seres humanos do sexo feminino. É grito, angústia e desespero de tudo o que é tipo.

É necessário pensarmos um pouco sobre essa mulher e que inevitavelmente será agredida nesse lapso de tempo. De certo é esposa mas também, é filha, irmã, prima, amiga, cliente, consumidora, vizinha, força-de-trabalho. A tese é que a agressão, e seja ela qual for, como evidente experiência de violação do outro, de negação e anulação daquela que é diferente é um comprometimento fundamental e objetivo ao próprio convívio social. É atentado às frágeis relações sociais e que se estabelecem em um país com os níveis ou quocientes de violência como o nosso. 

Aqui em Goiás, o PSDB em muito original e equivocado arranjo institucional tenta "casar" as dramáticas questões de gênero com as igualmente dramáticas questões raciais e dá forma para um ornitorrinco de nome Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (SEMIRA), é "jabuticaba tucana", mistura de mula-sem-cabeça e saci pereré, ou seja, nem cospe fogo e ainda manca posto que não se sabe da metodologia de trabalho para se atuar com temas tão amplos e complexos como os citados. 

Pois bem, a SEMIRA identifica a partir dos registos das delegacias especializadas de atendimento às mulheres (DEAM's) que em 2010, foram registradas 9.162 ocorrências em todo o Estado. Em 2011, mais de oito mil ocorrências (outubro). Os registros do biênio 2010/2011 estão divididos em: 52% ameaças; 28% lesão dolosa, seguida por estupro ou tentativa de homicídio.

O levantamento identifica ainda, velho problema para o combate às múltiplas formas de violência contra as mulheres e que é a baixa quantidade de denúncias.

Como já diagnosticado, o silêncio, o medo e a omissão potencializam a cultura da violência e que, em outros termos, é cultura da violência contra as mulheres.

É em meio a esse dramático cenário e, por incrível que pareça, ainda bastante carente de maiores dados e informações que se faz necessário à construção de políticas públicas locais às mulheres envolvendo, em primeiro momento, pesquisas, estudos e análises sobre o tema para em seguida;

... a feitura de políticas públicas eficazes, precisas e competentes visando geração de autonomia financeira, consciência de classe, gênero e emancipação da mulher.

Há um longo caminho a percorrer, devemos nos apressar. 

Ângelo Cavalcante - economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Itumbiara.

Artigo escrito por Ângelo Cavalcante - economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Itumbiara (E)

Aqui publicado por Antonio Domingos Ferreira Filho

  

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Pássaros por aí...

 

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 Pássaros por aí...

O titulo foi aportado depois que escrevi este texto, com o apelo de Final... sem idéias do que escrever preciso escrever todos os dias, qualquer palavra, verso ou texto, mesmo sem noção e atabalhoado. !

Na vida nada se cria tudo se transforma! O lixo de palavras de todos os dias em breve no ponto de um futuro vingará em Poesias e outros estilos poéticos como novas e novidades.Aqui estou eu direto no site jogando palavras fora...Onde e quando a que porto seguro segurança portarei, aquilo com correntes que jogadas ao mar o navio estará seguro e prisionado, lembrei-me;

_a âncora, que palavra bonita!_

Agarrado ao mar o navio pode por uns dias semelhar, um pássaro na gaiola,não,É crime!

Liberdade cerceada, Censura maluca impertubável tolhimento da cultura e o exercício de cidadania,ditadura de ideologias com Poder e Tanques.

São 5h30m chegada a hora dos pássaros chegar voando, adentrar estritamente na cozinha, janelas e portas abertas com antecedência, balbúrdias mil e estridentes.Bicando o piso frio, o piso branco, absorvem alimentos imperceptíveis a olho nu.

Reflito: O piso está sujo, falta higiene aqui,não pode ser verdade.Mas, com esta sujeira, eles se alimentam felizes e retornam às suas outras paragens.

Reflito:Se limpar, lavar a seco, com água sanitária, sabão em Pó Amo_Omo, detergente, esta brincadeira de festa com abundância de salgadinhos, doces e bolos,restos de cereais, verduras e legumes, proteínas,  Will Finish, Will End, Terminará, Falam eles Inglês?

Euzinho, Analfabeto em pássaros, Aves existem no Planeta, cerca de 9.000 espécies , rir para não chorar,tem muito, muito mais que 9.000.

Observo a  festa  escondido no corredor, espécies diversas, noto a presença do pardal,sete cores,pintassilgo,biquinho de lacre, outros penetras, esta a classe média baixa das Aves, estonteantes como pinto no lixo.

Cadê as ansiedades do medo destas quase indefesas Aves, Lê-se armadilhas.Crime se faz ao encarcerar nos velhos agrupados gravetos de bambu em Maquetes de Gaiolas, loucas, Maquetes deixam clientes imobiliários loucos de desejos em comprar a qualquer custo?

Seu Avelino do Empório Avelino, de minha esquina e seus parças mundo afora vendem gaiolas! Que...é isto!

Tenho a Bíblia no colo, nas mãos faltam gestos e sermões, em algum ponto Jesus disse, mais ou menos assim;

"Olhai os passarinhos que bem dormem à noite, sem cama, em galhos sem qualquer expectativa de que conseguirão seus alimentos no dia seguinte, e nem assim sofrem as ansiedades, que à vocês, homens de Pouca Fé,  lhes tornam doentes, ansiosos e apreenssivos. Ajam como os pássaros"

"Retornarei ao texto,versos e palavras anteriores " Não farei qualquer limpeza profunda neste piso frio branco desta cozinha, é minha em orações emprestada por Deus à minha administração e em confiança.

"Motivo, motivação pela alegria de viver"

Eles, os passarinhos, com maior intimidade, Cantarolando disfarçadamente ouço seus pios,mas, cantos originais de cada espécie esqueceram por estes instantes, Por quê?

Parecem gulosos piando,não cantando seus originais cantos.Pios de sons até dissonantes,que luxo de arranjo musical.

São 7:00h , embora se vão os anéis e os DEDOS TAMBÉM, a saudade resiste até amanhã, na próxima minha insônia de falta de algo em meu ser sem corpo os alvos e sem alma as escuridões.

Se foram de asas, repito; Devagarinho piso na cozinha e sonolento de macio, enxergo  duas penas sobre a toalha da mesa.Tadinhos, pena marrom e uma pena verde.Hipótese de penas de dois passarinhos!

Planejo, pego,liofilizo para marcar as páginas de meu livro de cabeceira.Uma sustentável lembrança.

Ao tocar nas penas estas não existiam, pura ilusão de ótica.

Eram estampas da toalha de mesa cujo tema piavam em estampados de passarinhos

São 8:00h da manhã.

Chaleira com água quente, bule com coador de papel, café em pó, café forte na xícara.

Regoziso-me neste amado vício em cafeína, sorvo mais duas xícaras, com cream craker com manteiga de garrafa, não combinam, minha sogra trouxe de Bezerros, Pernambuco.

Enquanto isto, cozinho uma macaxeira com rodelas de cebola, açafrão um tiquinho e coentro um poucão, sal a gosto.

" Ao menos sou o Masterchef de minha própria cozinha, com prazer e emoção"

"Vai uma receita de Codorna. Tenho e criei inúmeras delas"

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Final....

antonio domingos

14/10/2019

 

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Um encontro marcado pelo destino (Conto)

 

dia de sol,  filha única, 32 anos, trabalhava na lavoura de seu Pai, José Barreira, 69 anos, pele enrugada de aparência de uns 75 anos, laborava num pequeno sítio de família, modelo usucapião, sítio de extensão  modesta, mas de área suficiente para o sustento com fartura para esta família de duas pessoas, altura de baixinho, muito magro, aparentava sempre estar doente, homem rude, mas de relativa saúde estável, nunca fora a um médico, pois os chás caseiros davam conta de alguns incômodos, mesmo pequenino possuía energia de 12 horas de trabalho árduo, de sábado a sábado  e homem de fé, de ir à Igreja todos os domingos, porém, na parte  homília  José de pouca leitura, quase analfabeto  , voava literalmente no entendimento da mensagem bíblica, e Maria Helena, longe da cidade grande , de melhores livros, com sabedoria e inteligência rural  , justificava o sentido da homilia, ao  seu Pai idoso, velho e mofado pelo abandono ali estacionado pelo tempo que se passava ao largo do silencio gritante e irritante, agricultor  no minúsculo Município de Barra Velha, no Estado de Goiás, distante cerca de 80 quilômetros de uma cidade maior, um viúvo  de muitas luas e estações de primavera, outono, Inverno e Verão, onde Maria Helena , pelas circunstâncias  geográficas, sociais e econômica ali, sobrevivia e ria das fofocas do rádio, e poucas revistas que comprava na cidade, este rádio e revistas,  seus melhores companheiros de solidão , angústias e desejos confusos, principalmente, quando seu corpo maduro implorava por uma explosão de sexo, manifestada durante as colheitas e nas noites de insônia antes do sono.

O corpo de Maria, sem qualquer aconselhamento de educação sexual, mesmo que ainda de forma simplória, o seu corpo sensitivo e aflorado pela natureza humana de mulher, por vezes carecia de carinhos, por vezes exigia contatos, e nos impulsos de pressão do ventre, masturbava-se de forma que lhe parecia saciar estes momentos, sossegava-se, relaxava, até  a próxima reclamação de seu estupendo corpo. Aos 6 anos perdera a mãe por uma doença desconhecida. No sítio, seu Pai sempre mantinha um terceiro integrante, não que morasse na mesma casa, mas em um casebre muito simples, localizado na entrada da porteira, casebre de madeira, fogão a lenha, uma cama de casal. José mantinha este empregado para lhe ajudar na colheita da produção, que era despachada para um entreposto.

Muitos deles, sempre de meia idade para idoso, escolha a dedo do Pai, e as regras de não se aproximar da casa da família sem que fosse convidado.

Vários empregados do José, por ali passaram, mas da última vez dificuldades em escolher um novo empregado, a oferta era pouca e sua demanda por um ajudante era maior.

Contratou então, João Alfredo, 39 anos, homem forte, musculoso, bonito de feições másculas, mas suave em condutas e homem de palavras cadenciadas e suaves e de competências múltiplas tanto na plantação quanto na colheita, mas jovem, na concepção de seu José.

Experto, as normas para o João eram as mesmas que os dos outros que ali trabalharam, mas com certas atenuantes, ora José, refletia, que assim, não despertaria tanto interesse de João pela casa da família, quer dizer por sua filha Maria, que para ele era o seu único troféu de valor.

O seu Tesouro guardado no Baú. 

O casebre do futuro João, sofrera uma mini reforma, instalado um rádio, uma  cama mais confortável, uma mesa de comer com toalhas  de pano xadrez, panelas outras, o piso lavável. Ele deveria usufruir mais tempo suas acomodações. 

João implementou novas culturas, aumentou a produtividade das que já existiam, e o mini sítio, produzia tanto, que os três trabalhavam muito mais, a recompensa com poupança na Caixa e melhoria da qualidade de vida valiam a pena aquele todo árduo trabalho.

“Difícil era o prestimoso e atencioso Pai José, não reconhecer o valor de João, e sua importância para sua família, e os negócios rurais, assim um vínculo de tênue de amizade nasceu no coração dos dois”

Maria Helena, de início, na lavoura quando perto um do outro, conversava com João, inibida pela criação que tivera até os tenebrosos pesadelos dos 29 anos. O tempo emplacou 32 anos em Maria, e 42 anos a João mais 3 anos juntos no trabalho. João como homem livre, já de experiências de namoro rasgado, já frequentara casa de mulheres, pressentia o que seria aquela bela mulher, ali escondida de convívios profundos e outros entendimentos da Vida.

Bom observador quando em sua cama a descansar, já captava de Maria inquietudes e ansiedades latentes que crescia em paralelo ao tempo que estavam juntos, no refúgio rural, a casa da família pregada numa montanha íngreme, não estava ao pé, nem ao cume, estava entre os o ponto mais baixo e o ponto mais alto, diz-se no centro ou a meio caminho das extremidades, esta localização nada mais é do que, as sensações confusas, os desejos do corpo maduro, pronto, e as masturbações, que ao cume visitava, e no relaxamento aos pés da montanha, recomeçava.

Maria não estava no Cume, no ápice e nem aos pés das regras, menos duras, mas, proibitivas, estava no meio, onde habita a virtude.

Certo dia os dois mais íntimos um a outro, na colheita da Uva, Maria provou da Uva, mas daquela que João pousou delicadamente em ritual, nos lábios carnudos de Maria, uma mão de João tocou-lhe os lábios, e a outra mão generosa pegou-a pela nuca, como ajeitando seu rosto para que a uva não fugisse, que o momento pudesse ser a varinha de condão, a magia... 

Maria, extasiou-se em sensações que nunca sentira, mas que seu corpo, coração e alma de mulher cujas as intuições afloraram natural, o corpo preparava-se para os ritos do amor.

Aos domingos à tarde, após a missa petrificada pelo hábito, Maria Helena caminhava por atalhos da propriedade, mas a Uva despertou-lhe desejos incontroláveis, e sonâmbula, numa tarde nublada caminhou sedada até o casebre de João e mostrou-lhe em atitudes de seu interesse em conhecer sua moradia.

João homem, educado e carinhoso, a fez entrar e sentar-se na mesa do café com toalha nova de xadrez. Maria sentara em silêncio, e quietos ficaram por algum tempo.

Um café estaria a rondar a mesa.

Em atitude que a alguns pode surpreender, Maria pediu-lhe que lhe desse o primeiro beijo, João, hesitou, veio-lhe à mente o Sr. José, os hábitos e costumes ali criados após 3 anos de trabalho vitorioso, lembrou-se de dois jantares na casa principal da família, de cardápio e comida boa, preparada por Maria, seria uma traição com o Sr. José, ou traição com aquele amor a despertar nos dois, homem e mulher. Os hormônios de ambos cantaram mais alto e excitantes, e suas mãos calejadas deslizaram nos cabelos e desceram à nuca de Maria, que lhe virou o rosto sedento do beijo, e ele se deu suave,  ao ajeitar-se aos biótipos de suas bocas, e de seus corpos e ali a virgindade de Maria viajou na calda de um cometa em labaredas pujantes e o estigma de anos isolada, ao espaço desintegrou-se.

Pouco antes, as escondidas seu Pai sentira a falta de Maria nas cercanias do sítio. Logo foi procurá-la no casebre de João. A porta entreaberta lhe deu a visão até aos momentos dos carinhos e beijos. Ficou estarrecido ao ver a cena, o ciúme mixado com sentimentos de posse, confundiu-lhe os pensamentos. Afastou-se de volta, e em frações de segundos, um feedback refez toda a trajetória de João, de fidelidade, de homem digno, trabalhador, profundo conhecedor da lavoura, e ao longo dos anos percebia as inquietudes de sua filha, inclusive, tendo assistido por duas vezes a filha no processo de alto-conhecimento do corpo.

Tomou uma decisão e no dia seguinte convidou João a sua casa principal e ofereceu a mão de sua filha Maria Helena em casamento. Emocionados, ambos aceitaram, e ali naquele sítio viveram anos de felicidade, com 4 filhos, dois casais, mesmo depois da morte de seu Pai, José.

 FIM

Antonio Domingos 

9 de Nov. de 2014REVIADOCT19

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No Caminhão Baú

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No Caminhão Baú

 

Lá vai pela estrada de terra sem fim, pairando no ar a poeira seca e toxicante; sufocante, e, por trechos enlameados ;carreados ,e, escorregadios ; arredios, ora retas de não se ver o fim, ora por curvas tortas; mortas, e, muitas, sem a visão do final deste túnel.

O caminhão é um Baú, com as portas traseiras trancadas por cadeados surrados; esmurrados, e, enferrujados; engasgados, até que por fim as portas se abrem, e o condutor anônimo nem se dá conta, e objetos caem aos poucos na estrada deixando um rastro do caminho; sem ninho.
Estrada com poucos trechos reparados; costados , e, com pedras nos buracos, e os pneus corroídos, gastos, decepcionados, rodam com dor, e algumas pedras saltam em malabarismos; casuísmos , e, sem rumo e naquele vazio de floresta baixas atingem insetos inocentes; picantes.
Dentro do Baú segue uma mudança de poucos móveis velhos; evangelhos , e, um destino sem destino, em desesperanças ; crianças ,e , almas perambulando nos balanços da carroceria; porcaria, e , na sonolência; indecência , e, mórbida ; sórdida ; e , os sonhos exalam odores de suor e mofo cafofo , e , o caminhão segue sofrido; ardido, e , sem rumo .Um calor escaldante; estonteante; torturante , e, de uma morbidez acintosa a dignidade humana de ser.

Lá vai uns migrantes a procura de uma nova cidade sem lei.

Que cidade?


A primeira que vier, que se pode ver, que tem casas, barracos e ruas e vielas: velas , ao ar, ao vento, como um navegante em alto mar sem bússola.
O caminhão Baú segue nas expectativas esperançosas das desesperanças de milhares de brasileiros invisíveis; fusíveis, e , com o céu de cor de anil neste Brasil, quase, varonil.

FIM

Antonio Domingos

agosto de 2014

 

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MESA FLAMENCA (PROSA HISTÓRICA)

 

MESA FLAMENCA (PROSA HISTÓRICA)

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MESA FLAMENCA (PROSA HISTÓRICA)

 

As Mesas del Tablao Flamenco tem nomes Próprios

A minha Mesa a última nos fundos do salão

É minha Mesa Carmem, Formosa,

... forrada com toalha de renda

Tingida de vermelho com bordados de flores

Rosas roseadas...

A minha amada Mesa é natural de Andaluzia

E por um acaso encanta Madrid

De Espanha...Espanhola... Cigana...

Minha Mesa dourada, minha vida

 

Dança e canta seus próprios caminhos

Nos toques, o solo impecável da guitarra

Com as palmas inflamadas de suas mãos

As castanholas trepidam ao sapateado

É noite, é  Baile o bailado do incenso Flamenco.

 

O Troféu, Cultura Imaterial da Humanidade

 

Uma sensibilidade à flor da pele

Minha bela Mesa traz mais convidados

Os seus ancestrais que em terras livres,

... viajaram seus não destinos ...

Nas terras Egípcias, Indianas,

 Persas, Turcas, Armênias.

Invadiram a Grécia, percorreram o mundo

Hoje, Minha Mesa é de Espanha Espanhola

 

Ancestrais fiéis para toda eternidade

Sempre invisíveis vivos coloridos e unidos

Na mediunidade ambiental do salão

Os espíritos da terra, da natureza

Aplaudem com efusivos Bravos!!!

Ali o futuro vingado na formosura

Das danças tradições, Carmem Cigana

Revolve o tablado, a Espanha Flamenca

 

Servimos vinho tinto à vontade

Por conta e ordem de nosso prazer

 

A Minha Mesa querida

Tem muitos amigos notáveis

Compositores, Pintores, Cineastas

 

É Poesia são composições

É Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura

Pureza na Arte, Cultura Cigana.

  

Rainha das Rainhas as princesas anseiam

Ser somente ser

Joviais ciganas e jovens ciganos

Nômades da cultura e liberdade

  

Minha Mesa dança com fervor

Com as suas cadeiras sensuais

As mais lindas pernas e torneadas de Espanha

 

 

Requebram quebrantos lânguidos e bravos

E homens e mulheres se ajeitam

Não querem perder uma cena sequer

Do rodopiar passos certos e improvisos

 

Os sonidos vibrantes da orquestra

De guitarras e novatos violinos

... sons sustenidos...

Encantam os ouvidos mais desafinados

São músicos e homens de bigodes grossos

Transpiram no suor a masculinidade do homem

Dedilham e deslizam mãos, máscula elegância

 

Meus sentimentos aos meus espessos ciúmes

OH! Mesa minha Cigana! Oh cadeiras, redondilhas, que riqueza

 

Minha Carmen Cigana  dança

Hoje em dueto com nobre cavalheiro

Nesta casa Café de Chinitas de Madrid

 

Seu par a plateia não conhece

Sou eu, O Cigano e Violonista  

Que senta na última mesa ...

Dos fundos do salão...

 

FIM

Antonio domingos

 

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Visões de Seu mundo 

Conceito do egoismo e narcisístico

Visões de Seu mundo 

 

Vejam isso aí

Tudo isto aí

Que não moral, nem ético, nem social, nem compreendido;

Este Rei das Astúrias, Seu Principado, às voltas com o SERASA, com o SPC, acumulou-se em dívidas morais;

Chama o vizinho e dê caloroso Bom Dia de coração. Por favor, simples assim, mas de verdade.

Um Bom Dia que queira significar de significados, boa viajem no trânsito, bom trabalho honroso, bons desejos de realizações e boas ânsias Altruístas.

 Aqui o tudo isto

Não progride, é mal olhado, desnudo de comportamentos, omissões esdrúxulas

Nossa mãe

Não esperavas tais reações

Complexas para recursos

Por isso questionar o quê?

Aqui há espaços para questionamentos, aborrecimentos para bombeiros apagar sem sofrer dor!”

O Rei da Cocada Preta faleceu, sepultado, não restou ossos para chupar.

Ressurgiu reencarnado na fé, chamada de:

“Assim seja Senhor da Criação

O seu vasto mundo aqui!!!”

“Educação” 

 

FIM

Antonio domingos

11\10\2019

 

De onde surgiu a expressão “rei da cocada preta”?
Bruno Dias Santos, São Luís, MA

 

Quando a Família Real portuguesa veio morar no Brasil, em 1808, o rei Dom João 6º tinha o privilégio de comer as primeiras cocadas pretas (as mais fresquinhas e cobiçadas) e só depois os nobres podiam servir-se.

Os brasileiros passaram a usar a frase para debochar de pessoas arrogantes que se sobrepõem aos outros, como se fosse um rei ou rainha.

Fonte: Deonísio da Silva, escritor e presidente do Instituto da Palavra, da Estácio (RJ)

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 Beijo

Amor é uma felicidade passageira que pode durar o tempo de um beijo ou a eternidade de uma vida! Sergio Fornasari... Frase de Sergio Fornasari.

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Beijo 

O beijo é mais íntimo que a maior intimidade de dois seres humanos, aquela que procria ou não...

O ato de beijar é muito complexo e não permite avaliações objetivas. Não há uma fórmula para beijar. Por vezes ouvi dizer que ele beija bem. Como afirmar que alguém beija bem!

Pode-se gostar ou não de um beijo de uma mulher assim como uma mulher pode gostar ou não do beijo de um homem.

São dois lábios salientes e línguas calientes que se completam em movimentos de pura intuição.

Beijinho gostoso, beijo amoroso, beijo fervoroso, beijo nervoso, beijo cavernoso, beijo suntuoso, beijo ardiloso. Muitos outros beijos poderiam ser descritos, mas nunca intitulados como fórmulas em si.

"Para a poesia vale o beijo que se sente"

Beijo é afirmação de uma paixão, de um Amor, ainda que passageiro. Se o beijo não é bom para um ou ambos o fogo da paixão esvai-se num jato de água muito gélido

Beijo é bom, quando ambos gostam porque simplesmente gostam.

Obviamente não há beijos iguais mesmo que repetidos centenas de vezes pelos mesmos lábios e mesmas línguas.

O beijo uma vez iniciado deve ser concedido sem restrições, sem senões. Deixar que a própria intuição flua.

 

“Beijo concedido, é irrestrito”

 

O beijo causa um trovão no coração, raios nos neurônios sem para-raios, exagerando, porque não, o rompante nas explosões do interior da alma dos amantes em átomos e nêutrons chocantes. 

Ambos e meus lábios anseiam por beijos.

Na solidão destas palavras quer-se um beijo, que fosse experimental.

Animal, emocional, ocasional, tal e qual.

 

A.Domingos

Setembro de 2010

 

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Escada

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Escada

 

Éramos seis largos degraus dispersos esparsos mundo afora

Pregados com pregos metálicos de metal mortal, o faquir persa,

Hastes Verticais reforçada escada com mais pregos por hora

Éramos seis largas costelas de Adão vem Eva corpo tervigersa

 

Debutamos a escada quando O Sexto degrau brotou preso e livre

O labor sofrido tendeu nas cidades concretas calos nas palmas mãos

Irmãos éramos seis vestidos de azul e rosa calou-se ileso o pão delivre

De vinho, verde, violeta, todas as cores sabiamente víamos em corrimãos

 

Sustenta o respeito à carne e à alma ideologias inocentes aspiram

Andarilhos nas vielas hum! Sustos os carregam no colo dos burros

Hora do “retorno dois” a reparação da” saudade três”, filmes retomam

À casa dos degraus éramos seis senis provam-se irmãos casmurros

 Fim

Antonio domingos

11\10\2019 4:14 h 

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Dia das Crianças em Prosa e Verso

 

Dia  das Crianças em Prosa e Verso

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Canção aos meus Filhos e Netos (Prosa e Verso)

 Prosa 

Homenagem, um desejo, no dia da criança, todos são os dias deles, de ver os rostinhos felizes, toda criança é linda em qualquer dimensão, escrevam uma canção, vivi a criança, eu e meus irmãos, Tico, Beto e Edinho, felizes de pernas enlameadas e cabeças quebradas, de tombos das tamarineiras, vivi os filhos crianças, Janaina, Vera, Ana Lúcia, Fabrício e Fernanda, tive mais que 12 filhos, um para cada mês, um para cada apóstolo, em verdade tive milhões de filhos, mas 5 foram escolhidos por mérito e honra ao Senhor, na beleza magistral da criação, vivo 5 crianças, os netos, aos quais tenho a certeza de que os amo, é Leonardo, é Antônio, é Alice, crianças felizes, normais, desequilibradas, desobedientes, umas feras sem venenos, pureza definem o que são. Vivo todas as crianças do mundo, todas algo em comum, hoje eu não choro pela fome, injustiça, pobreza, eu clamo hoje, nesta semana, neste ano, ao futuro a beleza somente a beleza de ser uma criança, com o coração cheio de esperanças, de um porvir de cores, olhares com brilhos, com a alma lavada por compaixão. 

Dia da criança  

Verso 

Olha bem a nossa infância

Deixam toda a inocência

Brilhar nos olhos da crença

No sorriso real verdadeiro

Olha aí nossa esperança

Olha aí a vida no formigueiro

 

Sem Final...Continua

  1. A.Domingos

09\10\2019

 

 

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Arlene com “D”. Tautograma

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 Arlene com “D”. Tautograma

 A história deste Tautograma.

 Este Tautograma foi escrito em 1969 quando eu tinha 17 anos de idade. Desta forma, agora em outubro de 2019 faz 50 anos que o escrevi. Olha o tempo aí.

Eu nem imaginava de como era denominado este estilo de escrever poesias. Escrevi em homenagem a uma namorada da época cujo nome era Arlene, com 25 anos, isto é, 8 anos mais velha que eu.

Quando pedi ao seu Pai autorização para namorar em casa, ele simplesmente me disse que eu era uma criança para namorar sua filha.

Com esta negativa, continuamos o namoro por cerca de 5 anos. Para compor com a letra "D" renomeei Arlene à Darlene.

Desde os treze anos, eu já escrevia modestas poesias para minhas namoradas, em época retumbante da Jovem Guarda e testosterona. 

Não me ligava na Jovem Guarda e sim na Bossa Nova.

Hoje arrumando as pastas de arquivos achei "Arlene com D" numa folha de papel de caderno,rascunho original.

Eu tinha um caderno de Poesias que uma secretária minha cuidava, ainda não tínhamos computador e processador de textos, e,perdeu-se tudo nas mudanças de residências.

Quando comecei a escrever minhas poesias e outros no Windows; Word; reavivei algumas poesias perdidas em folhas de caderno e/ou datilografadas. Após este novo procedimento com recursos de segurança, ainda assim, perdi todos os dados de meu computador por duas vezes. Perdi um volume enorme de muitos escritos. Chorei poucas lágrimas e lamentei. Recomecei por duas vezes.

"Muitas eram letras de músicas que eu mesmo compunha no violão."

Antonio Domingos

 Vejamos a Poesia abaixo

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

 Arlene  com “D”

Dias depois da desventura do devaneio

Distraído diante da desilusão

Dei deveras divisando desfecho

Darlene deu distância dividendos

Do diálogo direto desviando

Do desvelo dentro d’mim

 

Deste desgosto desafortunado

Danei desperdiçar-me, destruir-me, desleixar-me

 

Digo despretensioso deste destratar

Dando destinação da desunião

Dias duvidosos, desmoronados, desmedidos

 

Fim

A.Domingos

Ano de 1969

 

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Ponto. Vírgula - Vírgula, Ponto.

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Ponto. Vírgula ; Vírgula,,,, Ponto...

Ponto. Vírgula,

 Vírgula, Ponto.

 

Não caberia ser ponto e vírgula e

nem vírgula e ponto sustentaria

A vírgula viajara e o ponto aguardara.

Vírgula dominou Ponto e

dobraram tantas quantas vezes.

Despencaram amarrados da tripa ao colo

Uns lamentos ecoaram

Caminharam escrevendo pela vida

e titubeando pelos atalhos rarefeitos,

e enfim,

a úmida da terra fofinha sugaram P......V,,,,,,,

em metamorfoses

sem qualquer ressentimento

"nascer, viver, morrer..

...morrer, viver, nascer..."

 

FIM

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Antonio Domingos

23 de setembro de 2015REVIAD

 

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Seu Próprio Caminho (Prosa Filosófica)



Seu Próprio Caminho 

O que significa Seu Próprio Caminho

diria o autor desiludido e com lucidez.

“NADA.”
Diria um pensador frugal:

Caminho é fatalidade mental


Todos querem viajar o caminho, mas que caminho?
Caminho tem exigências :Humor com dor, lágrima com sorriso.

Caminho isola para sempre o maldito erudito, deste NÃO se quer notícias, ouvir, falar ou ver.
Erudito nem existe, não morre pois não nasce. Bater três vezes na madeira.

"Caminho sem superstição é alma morta "

Caminho é para gente presente, de GRANDEZA.

"Caminho é corredores dos cômodos de uma casa chamada Terra"

Estrada quiabo rua viela, labirintos de Igreja, escola pousada castelo ornamento videira pergaminho oliveira ( segue mais adiante...) chapada diabo grua costela, instintos da Sujeira, ebola estadia farelo casamento viseira vinho rasteira ( sem um pouquinho mais adelante) carinho em beijos e abraços, compaixão em trigo aperto de mão, espinho em bula bala e traço, proteção em abrigo, cerco do vão.

Caminho desemboca numa mesa cadeira cama pedreira, floresta rio poço mar e céu, aceno de cabeça, montanhas geladas do Himalaia, deserto seco do Saara.

Em todo lugar há caminho, no visual, na perspectiva.

"Caminho é pessoal único singular "
"Caminho é uma mentira virtual que quer imitar o que se pensa ser real "

Caminho não tem plural na língua formal. É regular informal falado escrito.

No singular, caminho é perfeito, sons de fonética exemplar. No plural soa mal até porque se faz em etapa uma só vez.Caminho por entre Paços de um Castelo é o mesmo do céu do Himalaia, é o mesmo do céu da Terra, Saara.

Caminho é ereto, creiam nisto, mesmo que na tomada energética da Poesia, tenha o traçado cheio de curvas idas e voltas, choros de tristeza e soluço e refluxos de beleza e impulso.

Seu Próprio Caminho é uma festa e não tem sortes das tardes.
Seu Próprio Caminho é reta e não cortes de carnes.



fim
adomingos
19 de agosto de 2019

 

 

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Um Teu Retrato

 

 

"O RETRATO REAL... É UM SEGREDO

 

Moldura para retrato dourada do vintage isolada no branco

 

Um Teu Retrato 

Acabei de ver um teu retrato

Sensação de fastio_ um vazio_ um átrio defeito_ desfeito

Em teu olhar

Achei que podia te amar.

 

Sentimento aberto assim não foge à emoção do instante rebento e deixar-se ao relento

Há de se escrever descrever um coração com a alma na aorta

Se rimar não importa uma semente brota

Para quê mais escrever

 

Continuo a comtemplar um teu retrato

Nesta página aberta ao ocaso terminal

Se rimar não importa me ponho a 

Querer te ver um caso casual

 

FIM

Antonio Domingos

10 de setembro de 2018REVAD

 

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Encanto e Antonio (Trivioletras (TI)

 

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TRÍVIOLETRA TI :  ANTONIO

 

A ntonino codinome // anônimo // tenra timidez (2)

N ome valioso // digno apreço // língua grega traduz (6)

T imbres sonoros // prosas orais // contos causos paçocas (3)

O  basta óbvios  // homem benévolo // cultivos sonetos (5)                    

N ascido na roça // POETA AMADOR // viagens em carroças (1)

nocente ciente // eterno aprendiz // letras rascunhos  (4)                                

O caso atinos // duras batalhas // trovas cercas choças (7)

 

 

Antonio domingos

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Encanto_ Trivioletra (TI)

 

E spúrios presentes // re_encanto// oferta singular o amor  (7)

N évoas águas // natureza pujante // nuvens bençoa _a flor  (2)

C ortejo o frescor // matas tropicais // os relâmpagos luzentes (4)

A rguta criação- // o tórrido agreste//Oh! mágoas salve o sertão (3)

N uvens ácidas // a luz filtração // as margens rios nascentes   (6)

 T ulipas íris dos olhos // reagem a floração // realejo (5)

O bstante na morte // O CÉU AZUL // el regalo a vida eterna (1)

 

FIM

 

Nota: 1-A numeração dos versos está na sequência em que os escrevi.

2- Segunda reestruturação

Recompondo em (TS)

 

O bstante na morte // O CÉU AZUL // el regalo a vida eterna (1)

N évoas águas // natureza pujante // nuvens bençoa _a flor (2)

A rguta criação- //o tórrido  agreste//Oh! mágoas salve o sertão (3)

C ortejo o frescor // matas tropicais // os relâmpagos luzentes (4)

T ulipas íris dos olhos // reagem a floração // realejo (5)

N uvens ácidas // a luz filtração // as margens rios nascentes (6)

E spúrios presentes // re_encanto// oferta singular o amor (7)

 

Atenciosamente,

Antonio Domingos

08\10\2019

 

 

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Monstro e Mosca

 

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Monstro e Mosca

Mosca sustenta-se de anuências quaisquer, na espreita camufla-se, mais tem mobilidade e velocidade, pilantra sem higiene, convida-se a si mesma, penetra, perspicaz, persistente, conecta às redes sociais, intrigante em sua pequenez, ludibria, apropria-se de itens sem valor, alimenta-se da sopa, amável, dócil, elegante.

 

Monstro negro, macabro, peludo, violento de natureza, assustador, mal, pés e mãos de humano espertos, estelionatário, família, febril, voluntarioso, escabroso, água suja, racional.

Monstro ou Mosca!!!

Decida!

Decidir por única opção, avanço primordial por um degrau, without coming back.

 Monstro e Mosca...

Robutez em personalidades

Pesar distintas traições

Geometria das disparidades

Spoiler das proposições

 

Decida!

 

 

Antonio Domingos

09\10\2019

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 Mããee  (Acróstico)

 

 

 Mããee  (Acróstico)

 

 

M  ãe, incessante mulher, iniciante é jovem, principiante é flor, o rubor, M adura é debutante, Mais madura, a dona do baile  

                    M..                

à e, colher de mel, que a tudo cura, aos seus rebentos, com amor, o ardor...M...

                    Ã e, flor de laranjeira, pureza e fidelidade, se grita, é   

                                                   detalhe,                       

E  sconde segredinhos, guardadinhos na cachola, são amantes, o furor...

                    ssência natural, nascida para amar, De Deus, obra prima do entalhe...

 

 

 

Escrita em 2008/Não cabe imagem.

Antonio domingos

 

 

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Monitorado pela Cor

Monitorado pela Cor 

Entrara numa loja de departamentos do shopping e me deparei com uma parafernália de coisas e itens, não que eu queira esculachá-los, pois são objetos de desejo e/ou necessidade. Quero é dimensionar a quantidade deles, incontáveis formatos, modelos e cores para escolha. Difícil decidir, e para melhor fazê-lo é esquecer a hora.  

Fiz uma turnê, sem guias, nos corredores de gôndolas cheias e comprei uma linda caneca com estampas em tons de Violeta presente para minha neta.  

“Passados uma semana, eu jamais imaginaria que comprara as cores da moda de 2018.Ultra Violet.” 

Esta coincidência poderia se dar ao comprar qualquer item, roupas, sapatos, pisos, azulejos, cortinas, maquiagem e por aí segue.  

A Empresa Pantone, um braço da X-Rite Incorporated, localizada nos Estados Unidos da América é a maior empresa do mundo em tecnologia de ponta, fornecedora de sistemas de cores para qualquer segmento de mercado. É referência Global de padrão e designer. 

“Qualquer um de nós podemos encomendar uma cor especial, específica ao nosso gosto” 

A cada ano a Pantone apresenta ao mercado  global qual será a cor do ano, e todos os mercados , principalmente o de moda e os designers do luxo irão trabalhar com esta cor. Para o ano passado de 2018 –Ultra Violet

 

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Senti uma paranóia,uma perseguição. 

Cores de anos anteriores: 2010- Turquoise / 2011- Honeysucke / 2012- Tangerine Tango /  2013 -Emerald / 2014- Radiant Orchid / 2015- Marsala / 2016 – Rose Quartz & Serenety / 2017 – Greenery / 2018 – Ultra Violet

 

A Pantone tem em seu portfólio uma infinidade de tonalidades de cores, e nada mais são do que o reflexo das cores que temos na natureza ( cor de ; pedras preciosas, vegetações, mares, enfim, de tudo que é cor em nosso Planeta)

"Senti uma paranóia,uma perseguição."

“ As cores estão monitorando a minha vida”. 

 Depois, compreendi “mais ou menos”, que faz parte do Marketing e Merchandising.

 

Em continuação ao tema,em especial, destaco abaixo, a cor vermelha, preferência pessoal, para roupas e maquiagem feminina, nos tons da Pantone.

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“ As cores estão a monitorar, as nossas vidas ” ou “ Estamos nós mesmos, em sociedade, a monitorar as nossas preferências”.  

Acolho as duas afirmações em tese.

 

Cor 2019-Pantone

A cor da Pantone, para este ano, abaixo:

PANTONE 16-1546 Living Coral 

Pantone elegeu a cor do ano de 2019: Living Coral 16-1546 é a nova escolha da marca

 

 2020 

Pantone 2020 Primavera/Verão:

Apresenta as Top 12 cores e quatro clássicas sazonais para moda masculina e feminina  2020.

As favoritas coloridas em duo com as cores sazonais direcionais se unem para criar uma seleção clássica de cores modernas e coloridas. 

 

Sobre a Paleta Primavera/Verão 2020 NYFW:

As favoritas coloridas em duo com as cores sazonais direcionais se unem para criar uma seleção clássica de cores modernas e coloridas.

 

 

 

Sobre os Clássicos da Primavera/Verão 2020:

Apresentando uma atitude naturalmente sofisticada e versátil, as cores centrais desta estação servem de confirmações de seu uso em cores únicas ou como fundo de outros contrastes mais coloridos.

 

 

 

Antonio Domingos

Outubro de 2018 REVIAD

 

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Cochilos...       Crônica...

 

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Cochilos...         

Na semana passada, fui nas lojas de comércio perto de nossa casa comprar uma vassoura (se fosse para varrer os males do Brasil... um milagre, coisa de bruxaria).

Cheguei à loja, entrei e percebi que teria de me deslocar até aos fundos da loja de miudezas. Havia três funcionários, o caixa, o segurança de loja, este tal segurança não entendi bem a sua função;

“seria precaução contra a violência ou a favor da não violência- alguém saberia decifrar esta cruel realidade” 

 

E lá dentro bem nos fundilhos da loja a terceira e última funcionária estava dormindo em cima de uma lixeira que era um item de venda,

 

“chamar os urubus ainda não...Olha aí os justiceiros de plantão...Olho por olho, dente por dente, e a justiça sumiu, escondida se praz”

 

Chamei a moça em voz baixa e nada, dei um tapinha nas costas e nada, ela continuava a dormir, com expressão facial de quem havia chegado de uma guerra de granadas e balas de canhões, torpedos lança chamas dos drones - made in China.

 

Com o corpo entortado e torcido, acordaria com dores de coluna, tendinites e labirintites.

 

A crise econômica está deixando as lojas vazias, poucos clientes, àquela hora eu único cliente solitário não fui aplaudido pelo lojista, o tal caixa.

O caixa, o proprietário, estava absorto e raptado pelo torpor do tempo quente e abafado. Peguei a vassoura, paguei e retornava à minha casa e refletia. Como seria bom se aquela funcionária fantasma e bonitinha, naquele fenomenal mal gosto de uniforme de funerária, tipo;

“Marcha soldado, cabeça de defunto, se não marchar direito, vai preso com o presunto”

 

Estivesse em sua sesta depois do almoço em lugar apropriado na cadeira de balanço, ou que fosse uma cadeira de praia, ou recostada em seu armário num travesseiro adaptado com roupas e toalhas.

“Vida moderna, vida corrida, vida desesperada, surtada para uns, quase parando para uns poucos, o desemprego já enquadrou muita gente na infelicidade e frustração”

 

A sesta já não é praticada como antigamente ou como deveria, um sono leve de algumas partes da hora vespertina, ou outra hora de conveniência, muito reparador e saudável, uma rebobinagem no corpo e alma e um retorno as atividades quaisquer que sejam.

 

“Os povos primitivos, das cavernas, sem energia elétrica – a sesta não era fundamental- o homem trabalhava e dormia de acordo com os ciclos de luz natural do sol e da lua, e dormiam muito mais que o homem moderno – A energia elétrica foi uma significativa transformação na sociedade contemporânea”

 

O povo de hoje tem usufruído de uma sesta nada convencional, nos diversos meios de transporte. Ônibus, trem, metro e por aí vai, sinal para o Táxi:

-Vai de táxi hoje?

- Sim, no táxi consigo uma sesta de melhor qualidade, ainda tenho duas reuniões, exausta...

 

Para ainda quem tem seu digno trabalho, os dias cada vez mais longos extenuantes e os dias são de correria na luta pela sobrevivência, para ganhar um salário que dê para o gasto:

“Cadê o tempo para uma sesta, onde está, alguém achou...”

 A sesta fica para os finais de semana, mas quem dorme horas nos finais de semana, não é nada salutar. Querer recuperar as horas de sono perdidas durante a semana é uma mentira. Sono perdido não é encontrado jamais, já foi para a conta do prejuízo à saúde, aqui cabe que para eliminar um stress arrume um stress bem diferente.

 

Acorda às 5 horas - sai pela porta às 5h15m - pega o 1º ônibus às 5h45 - pega a 2ª condução - pega a 3ª condução, enfim chega às 8h10 ao local de trabalho, com 10 minutos de atraso, terá um desconto no salário.

 

O Retorno;

Sai às 18h10, pega uma, duas, três conduções, chega em casa às 21h30 e segue para a cama às 23h30 - para acordar às 5 horas- dormiu cerca de 5h30, e as horas que faltaram, a reserva do tanque de combustível grita.

"Colocar gás natural, urgente, urgente- a voz do robô ruminando"

Claro e evidente que tiveram a mini sestas nas três conduções, porém sestas sofríveis (Melhor que nada é um conforto, cesta de 1 ponto, não foi da linha de três metros, não valeram os 3 pontos)

 Esta é a vida de milhares e milhares de brasileiros (se não for igual é bem semelhante) pessoas estas, que morrem dia a dia mais acelerado, vai visitar Deus antes do destinado, bem mais cedo, a alimentação, a cesta de alimentos é de uma carência vitamínica, e a sesta de cochilar e sonhar acaba antes de começar.

Usufruir da sesta é bom para reaver as energias, mas se praticada em demasia já passa a ser um caso patológico, a não ser que a pessoa esteja em tratamento de saúde onde o repouso absoluto é requisitado.

Se deitasse em minhas mãos, a Lâmpada Maravilhosa de Aladim, esfregaria tanto, e o Gênio mágico, me ofertasse o direito de três desejos, não vacilaria;

Querido Gênio:

Primeiro: peço que todo o ser humano durma as horas necessárias para otimizar a saúde

Segundo pedido:  todos tenham um trabalho que dignifique o ser humano como cidadão do mundo.

Terceiro pedido: que todo ser humano tivesse o lazer de uma boa sesta para sonhar e alimentar-se de esperança.

 

FIM

Antonio Domingos Ferreira Filho

Agosto 2019

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CPP