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A Fatura

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A Fatura

Nem para tudo nesta vida
Há uma fatura a ser paga

Pense no tipo de dívida
Que se vai, enfim, contrair

Ter-se-á uma nefasta fatura
Uma ruptura, fratura,uma soltura...

Ter-se-á uma seleta fatura
Ter-se-á uma nefasta fatura
Uma ruptura, fratura,uma sutura...

Ter-se-á uma seleta fatura
Uma compensação, solução,um perdão...

fim

ADomingos

set de 2019

Saiba mais…

 

Resultado de imagem para garrafas de cerveja e cachaça

Memories day by day with a pinch of humor

=> 1:14 h Pink fazendo um showzaço, performance incrível no Rock in Rio e eu na cama com um cigarro na mão. Odiei o cigarro.Joguei fora no cinzeiro, apaguei com os dedos.Peguei outro cigarro...Reprise... 

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-Meu filho disse a Dona Lourdes. Olha Dona Lourdes, meu Pai não fala mal da Senhora.

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-A vizinha gritando: Pega Rex...Pega Rex /// -Oi vizinha, o Rex fugiu...Graças a Deus, não! Estou pedindo ao sem vergonha do Rex para pegar o ladrão.

"XZXZXZXZXZXZXZXZXZXZXZXZXZXZX"

-Querida, recebi uma carta anônima  que me oferta ofertas na compra de roupas e acessórios íntimos masculinos de  lingeries./// Marido, o que mais diz a carta, você sabe algo./// Querida,veio um encarte com imagem dos produtos e preços.Não há referencias de lojas e marcas./// Marido, favor passar o encarte para mim, estou curiosa./// Querida, de jeito nemhum, não vais gostar dos produtos./// Marido porquê?./// Querida, este assunto é pessoal e misterioso. Se eu aceitar negociar a compra de algum item, basta que eu coloque uma Bandeira Branca pendurada no muro.Diz a carta que o anonimato termina e a pessoa vem a mim definitivamente. Estou ansioso. Nada de ciúmes bobos,tá bem./// Marido, tudo certo, quero conhecer essa estranha./// Querida, a bandeira branca lá no muro tremulando."No dia seguinte bateu-lhes a porta um jovem de meia idade, Jorginho, carregando duas malas de peças íntimas. Entrou na sala, tomou água mineral gelada, um bom café forte. Negociaram, riram, o maridão adquiriu algumas peças contra vontade da Querida,e, argumentou que tudo aquilo apimentaria a relação dos dois, completos na semana anterior 7 anos de casados.Jorginho alegrinho, faturou" ---

- Marido questionou-lhe porque agira daquele jeito com carta anônima. bandeira branca, muro.

- Jorginho afirmou que depois daquele inventivo método duvidoso, suas vendas aumentaram e nunca mais perdera uma venda e sentia-se  orgulhoso com esta estratégia de marketing.

- A Querida mulher encheu-lhe de vassouradas: Nunca mais apareça aqui seu safado desgraçado cara de Pau. Leva a bandeira branca e faça bom proveito,ainda tem esta denominação de Jorginho, mascador de chicletes e comedor de queijinho polenguinho, e lingua travada.Desapareça idiota.

///Querida :Marido, quero o divórcio, amanhã arrumo as malas e vou para a casa de mamãe./// Querida: Não vá embora assim, vamos conversar, nada do que esta pensando é verdade, que culpa tenho eu.///Querida :Marido, a da infidelidade, corre atrás do Jooooorrrrrrginho./// Marido: Querida, não tem divórcio, e te processarei por calunia.Não estou dentro de armário algum, vai para o colo da mamãe, eu também tenho mãe.///

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"Numbers only"

 

Nothing to do at the airport

There are confused numbers only

Maybe inconspicuously signals

 

Nothing to do at the airport

From where they are coming from!

There are no airplanes, any air company also

Also no baggages for seeing for paying

 

No places to visit to working or to funning

My baggage equal to stolen documents 

 

Nothing to do at the airport

Let's continue to writing numbers anyway

To lay down mathematics hopes as bellow

To how coud we feel all summed lines and results

Nothing to do at the airport 

1

1+2=3

 1+2+3=6

6+4+5+6=21

21+7+8+9+10=55

55+11+12+13+14+15=120

120+16+17+18+19+20+21 =231

231+22+23+24+25+26+27+28=406

231+22+23+24+25+26+27+28=406

120+16+17+18+19+20+21 =231

55+11+12+13+14+15=120

21+7+8+9+10=55

6+4+5+6=21

1+2+3=6

1+2=3

1

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Diálogo Dona Penha e Sr. Piscina por Celulares

Penha: Piscina, hoje é o dia marcada da gente ir lá no AA, Alcoólicos Anônimos, estou certa.

Piscina: Claro que sim, mas não sei bem ao certo se lá vende cervejinha.

Penha: Estou com esta dúvida, acho que vou levar de casa no isopor.O que você acha de uma garrafa de Pitú.

Piscina: É, se vender lá deve ser mais caro, é, melhor garantir. Levo cerveja e a branquinha da pura, da boa, que tal.

Penha: Concordo, assim ficamos garantido.Levo também, algum colega pode querer molhar a garganta. Boa noite.

 

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sem FIM

Antonio Domingos

06\10\2019

 

 

 

 

Saiba mais…

Princesa do Vale (Conto)

 
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Princesa do Vale (Conto)

 

Era uma vez uma pequena cidade de 5 habitantes. O Pai Francisco, a Mãe Dona Rosa, a filha Clara, o gatinho Feliz e Deus.

Era o Pai Francisco entrou na roda, Dona Rosa que brigou com o cravo, a bela e abençoada filha Clara, NÃO atire o pau no gato e Deus.

Inusitada esta cidade de nome Princesa do Vale, registrada como tal há mais de 300 anos em placas. Nunca tivera moradores identificados, igreja, prefeito, político, juiz, advogado, bar, estalagem, comércio, a farmácia, lar de mulheres, casas, ruas e planejamento urbano. 

 Nunca fora visitada, aventureiros e viajantes raramente ali passavam, não podiam ver ou perceber a cidade. Enxergavam vez em quando um casebre abandonado, no centro de uma clareira, na solidão do Vale estendido em vasta área infinita perdida na imensidão indevassável de terras de ninguém. 

 Em certo ponto dos milhares de caminhos possíveis, esta única estrada de terra desenhada pela erosão do tempo, rodas de carroças e patas de cavalos, lia-se numa placa que se conservara por anos “Princesa do Vale - 15 quilômetros”. 

Clara crescia com os ensinamentos dos Pais. Aprendia com as percepções que absorvia das campinas, das plantações, das estações do ano, que eram de uma precisão pontual, assim contavam corretamente os anos. Completa sua felicidade admirando as espertezas e peripécias do felino Feliz, seu irmão de adoção. 

Clara intuía dias vindouros, o futuro, sem noção e perspectivas, numa cidade de 5 habitantes. 

Em um dos invernos, o décimo quinto de Clara, de morte natural, jovens senhores, morreram no mesmo dia, mesma hora, minutos e segundos, seus Pais, Francisco e Rosa.

Clara rejeitou a solidão aliando-se a uma sofrida depressão ao ponto de uma paralisia inercial.

 

“Deus a poupou”.

 

Mal alimentava -se, descuidos com a aparência, uma visão embaraçada da vida. As silenciosas confidências que não tinha, Clara as contava a Feliz. Este felino, talismã do casebre superara as perdas dos Pais nas mãos carinhosas de Clara. 

Em dia de outono, adormecida na noite solitária, sonhos misteriosos e imperiais, imperiosos, Deus determinara   e impelira Clara   seguir o caminho do Feliz, fugindo daquela cidade em direção ao Sol: Agora de 3 habitantes: Clara, Feliz e Deus.

Confusa sem saber que caminho seguir, acariciou o gatinho que disparou a correr em linha reta, Clara seguia, o trajeto em direção ao Sol. Dias e meses de caminhada dura, exausta na primavera florida e perfumada, na caverna   dormira por dois dias. Pesadelos assustadores, Clara é atacada por repteis, montanhas desmoronam, um rei é uma cobra, fim de mundo. 

Acordada está em delírio, mas Feliz não, sóbrio abana o rabo, rodeia Clara clamando que ela ande. Parar é a morte.

Caminham em frente e adentram em floresta virgem fechada, percorrem a áspera mata de espinhos e insetos, em zigue zague desbravaram o desconhecido.

Em certo dia chuvoso Feliz é parado por uma cobra em meio a um espaço aberto e gramado, mia e chia de medo, mas a cobra fala:

-Sou a cobra de jardim na espera de vocês. Daqui em diante sou guia dos dois. Sou a cobra Estrela Guia. Viajaremos nas noites na claridade do Luar. Durante os dias claros de Sol, sempre teremos um esconderijo, há perigos. Minha missão é levar Clara ao seu destino.

Feliz nada miou. Clara ouvira, tentava ver em seus sonhos sentido para aquelas todas as novidades e surpresas.

 

Partiram nas noites de luar. Descansavam e dormiam de dia, e solitária lhe apertava o coração a falta dos Pais, do casebre, da cidade que largou ao Deus proverá.

Passados dias e dias aportaram em frente ao Castelo que se equilibrava no cume da alta montanha.

Clara relembrara a imagem do Castelo, da montanha, do lugar, da cobra de jardim, dos caminhos, de um destino de seus todos sonhos e pesadelos que agora tinha sentido.

 

- Querida cobra Estrela Guia. Posso seguir eu e Feliz até o castelo, recordo-me do caminho, não errarei o meu destino.

- Minha Clara Rainha. Esta  singela cobra não completou a missão. Você e seu   amiguinho   não entrarão no castelo que não têm portas de entrada e ao cume impossível escalar é íngreme e inalcançável as mãos com os pés.

- Amiga cobra de jardim, se não podemos entrar no castelo sem portas, ninguém conseguirá, e o meu destino, onde vai brotar.

´- Oh minha Clara Rainha. O Mago Senhor me confidencia todas as profecias e as que me são dadas em missão, sou levado ao encontro da solução do final feliz

 

- Sim, Estrela Guia, nosso rato de jardim, faremos tudo que mandar.

 

Estrela Guia passa as ordens:

-A partir daqui vocês seguem meu rastejar sem vacilar, sem parar, descansar nem pensar, é resistência, é perseverança, é esperança. Façam o meu caminho, sem medos ou receios, estou abençoado para abençoar. Se não seguirem o caminho ficarão perdidos para sempre no Vale da Solidão.

 

A cobra Estrela Guia rastejou longa distância e aos pés da montanha, encontrou por acaso já prescrito, uma rocha úmida de limbo, lambeu um dos cantos e a rocha abriu-se, um caminho se fez em escadarias. Cansados a exaustão subiram degrau a degrau até o cume na saída do salão oval do Castelo.

 

O Príncipe Ricardo solitário aguardava a prometida Princesa Clara, a futura Rainha das Terras da Boa Ventura. 

Casaram e tiveram filhos. Deus aprovou. Renascera um reinado forte nas Terras do Castelo de Ventura.

 

Feliz, o felino sagaz, o confidente da Rainha.

 FIM

Antonio domingos ferreira filho

Março 2019 REVIAD 

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Indigência (Poema)

 

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Indigência (Poema)

 

Furacão que machuca tem nome

Com magia e caos a tudo afeta

Arranca raízes quebra concretos

Tempestade no grau dito oficial

Tem destino plano sobrenatural

 

Monção de mutuca tem epítome

Matiz trazia desordem o profeta

Desbanca suítes álgebra dos excretos

Majestade celestial grito exponencial

Vítima da vítima virá vezes sem escetos

 

As folhas secam ao sol nas calçadas, e

Nas ruas de barro rolam de objetivo

Montam lixão sobre aquele homem

Cobre-o salada de ervas ele eletivo, a

Dupla encarnação vida corte diretivo

 

Transforma-se em um monte altíssimo

Disforme a visão não vê aquele homem

Coberto em folhas prensadas, o diletíssimo

Validade vencida fede a custo caríssimo

Indigente sucumbiu seco subiu um Totem

 

Fim

 

Antonio Domingos

05\10\2019 2:14h

 

 

 

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Um Esquizofrênico (Soneto)

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 Um Esquizofrênico

 

Ouço vozes vorazes que não decifradas

Ao meu frágil estômago vai explodir

Quieto de ti esconder de nefastas ciladas

Quero o mal entender para não te implodir

 

Ordenam que te mate com caco de vidro

Mãe, não devo ferir gente viva que amo

Os impulsos dominam meu cerebelo anidro

Pai, louco sem controle mal sem cura o insano

 

Obsessão compulsiva vejo o brilho da faca

Vou pular pelo muro do vizinho e rasgar

O gatinho angorá deitado morto ataca

 

Prenda a televisão o moço mal pilhado

Ele quer nos roubar rins para traficar

Mentira inimputável sem certificado

 

FIM

Antonio Domingos Ferreira Filho

30 de agosto de 2019

 

 

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EU EUFEMISMO (SONETO)

 

EU EUFEMISMO (SONETO)

 

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 EU EUFEMISMO (SONETO)

 

Saboreava meus memes  eufemismos

Por estreitos  transpor  bem  cadenciado

Sorvia meu cotidiano de sofismos

Para que me  julgassem  um eldorado

 

Reduz  luz amarela a minha  querela

Arguto o cobertor de mutações

E no escuro brilhante a luz de vela

Perfuma sereno almíscar  as tensões

 

Triste felicidade meu contento

Argumento sombrio pura mentira

Revelo a minha angústia ao relento

 

Para que querer  saber do meu sofrer

Alguém quer me colhêr do que ouvira

Ame o meu surpreender envelhecer

 

FIM

Antonio domingos

10 de fevereiro de 2019(reviAD)

 

 

 

 

 

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Duas em Uma

 

 

 

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Duas em Uma

 

A versão                                                       Aversão

 

A vida é afeição                                           A vida é a feição

A vida é a versão                                         A vida é aversão

Uma antítese em síntese                            Uma anti-tese em síntese

A vida é a afeição de quem busca             A vida é a... feição de quem busca

A vida é a aversão que a ficção ofusca     A vida é a versão que a fricção ofusca

A vida não é real                                          A vida não é cabal

A vida é uma versão                                    A vida é uma à aversão

Viver é surreal                                              Viver é animal

Viver é emoção                                             Viver é moção

Somos emoções ambulantes                      Somos moções ambulantes

Quais perambulam por aí....                        Quais sonambulam por aí...

 

Nota: São duas poesias....deve-se ler uma a uma na horizontal, ou uma Poesia única diretamente nas linhas. Assim, ficamos com 3 poesias.Não saberia classificar este modelo de versos. 

 

Antonio Domingos

03\10\2019

 

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Cauby Peixoto

Cauby Peixoto

Perde-se pela morte pessoas de notoriedade conhecida por suas atuações em sociedade. 

Minha querida mãe, Magdalena, fã de Cauby, soube da morte deste ícone da música popular brasileira.Coversamos e percebi a tristeza  que sentiu com este fatídico acontecimento e comentou:

 

-Filho, está chegando muito perto de minha partida para o céu e minha fé diz que ainda encontrarei lá o Cauby. Minha mulher na época Marilene me sugeriu escrever um poema para ela e eu disse: 

Posso tentar.Embora minha mãe não está afeita com leituras de livros e tão pouco Poesia penso que ler a Poesia para Ela possa causar boas emoções.

Então, escrevi a Poesia abaixo, especialmente, para ela, e sem jeito cantei e declamei e ela adorou e chorou.

 

CAUBY PEIXOTO

 

 

Cauby

 

Chorei, chorei
Até ficar com dó de mim...

Depois me pintei, me pintei
Me pintei, me pintei...

Cantei, cantei
Como é cruel cantar assim...


Cantei, cantei
Nem sei como eu cantava assim...

Voltei correndo ao nosso lar
Voltei pra me certificar...

Cantei, cantei
Jamais cantei tão lindo assim...

Chorei, chorei
Até ficar com dó de mim...

 

Não tenho como controlar minhas emoções, elas são donas de mim, a mim não me pertencem acordado;

“a mim me tem no transe o estado de coma, no quase dormir à eternidade...” e:

Ainda assim , bem claro, não sou dono de minhas emoções.

Uma criança chora, um morro desliza, um temporal inunda, um cachorro atropelado, uma bala perdida e nada de nadinha, nem um lacrimejar, nem gotinhas salgadas me fluem dos olhos, que dirá umas lágrimas a deslizar em meu rosto pálido, eu não sou o comandante de minhas sensações.

Nas letras desta canção fiz uma redução, cortei partes da letra, e a canção mais brilhou, e aos céus viajou, um brilho ecoou, uma voz em meus ouvidos em silêncio,  a canção eternizou, embaraçou...

Chorei, me pintei, cantei,cantei, voltei, cantei e chorei...

Hoje eu chorei, minhas lágrimas viajaram no tempo de meu rosto maturado, amargurado...

Os olhos magoados , e mais rios de sinapses tristes em minha cabeça, cantarolou...

Cauby Peixoto fez longa viagem, que não terminará aqui, o corpo resistiu ao artista senil e jovem.Jovem alma de quem canta com encanto a arte...

Convidei Cauby para cantar  com exclusividade para mim, em meu lar, em meus sonhos.

Ele aceitou sem pestanejar.Eu mais chorei...sem ficar com dó de mim...

 

( Temos um Vídeo de Cauby e Fáfa de Belém-no link abaixo) 

Antonio Domingos Ferreira Filho

16 de maio de 2016

 

 

 

 

 https://youtu.be/hnh9710019Y

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O Pai (Conto ou Prosa)

 

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O Pai (Conto ou Prosa)

 

O Pai acorda precocemente de madrugada mesma posição em que adormeceu, desmaiou. Vira-se na cama de lado esquerdo para direito, direito para esquerdo. O corpo tem tremuras em toda extensão, espontâneas e aparentemente epiléticas.

Retira do rosto a máscara facial que usa juntamente com o CPAP (equipamento para portadores de apneias severas)

Minutos percorrem a agonia e enfim levanta-se e sentado diz “Graças a Deus” embora se defina como Ateu. Não segue e sequer tem fé em religiões. Profere orações próprias improvisadas sem referir-se a algum Deus, como se fosse uma meditação pessoal.

O aparelho de medir pressão está na poltrona ao lado da cama. Mede a pressão, recomendação médica. Caso com pressão alta eventual na faixa de 18x12 absorve 2 comprimidos de Captopril 25 mg sublingual, um SOS. Logo baixa a pressão, o Pai toma medicamentos de uso contínuo: 4 remédios para pressão e coração (7 comprimidos), 2 remédios para depressão e Distúrbio Bipolar (6 comprimidos).

Na cozinha coa um café forte, garrafa térmica cheia para beber até a metade do dia, vício e hábito. Degustou a primeira caneca de café e, e, ainda sente horrores de mal-estar na cabeça, sensação de que pode desmaiar.

Depois de melhoras!!!

O Pai separa os comprimidos do Filho. Clozapina e Sertralina.

 

"Nota do Pai: Clozapina é medicamento Top de Linha prescrito para esquizofrenia"

Na sala recolhe pratos e talheres e embalagens vazias da mesinha de centro usadas por seu Filho que usualmente dorme na poltrona com coberta e ventilador alta velocidade durante todos os dias, esteja frio ou calor. Por toda a sala muitos pedaços de alimentos espalhados pelo piso, agarrados e melados nas cortinas, por sobre os móveis, embaixo das poltronas.

 O Filho não executa nenhum trabalho de limpeza doméstica e, e não é portador de deficiências físicas.

 

“O Pai prende-se ao dever altruísta de cuidador com um mix de frustração e vontade de fugir”

“Um doente cuidar de outro doente são sacrifícios sem adjetivos”

“Perca tudo na vida, menos a cabeça e capacidade de racionar nos limites da vida”

 

"Vive-se sem membros, há proteses 3D, para a cabeça, não"

 

O Filho separa um pedaço de tudo que come e lança, qualquer direção, no ambiente em que está presente, claro. Pedaços de carnes, legumes, doces (chocolate em barra, balas mastigadas, salgadinhos de milho, empada, hamburguer, pão, enfim qualquer alimento).

Os tempos e idades mexem com nossas curiosidades. Bem, o Pai é idoso.

O Filho em crise não fica sozinho em qualquer cômodo da casa. Permanece ao lado do Pai todo o tempo. Pai no banheiro, filho ao lado, Pai cozinhando, o filho junto, Pai no terraço lavando roupas, o filho...também. O Pai dormindo, o filho agarrado ao Pai.

E em ambientes fora do lar. O Pai em consulta médica com o Urologista (Próstata), o filho também ao lado, a sombra, ou em qualquer médico especialista.

“É desgastante um ser humano ter uma sombra ao seu lado”

O Filho tem diagnóstico principal e faz tratamento, mas, sofre também de TOC gravíssimo (Transtorno Obsessivo Compulsivo) a começar por jogar tudo o que ingere com alimentos, lançar um pedaço no chão ou paredes.

Portas, portão, interruptores, gavetas, tomadas, tudo que fecha e abre ou liga e desliga ele, o Filho, repete a operação inúmeras vezes.

Liga e desliga a luz cerca de 15 vezes, abre e fecha a porta da geladeira cerca de 5 vezes, e o, micro-ondas. Chaves de portas, fecha e abre, sabemos lá quantas vezes, mais, são muitas vezes. A Casa e os equipamentos são gastos com males uso e traz prejuízos.

O Filho no comércio de rua, ao lado o Pai, compra inúmeras bugigangas, atitude doentia antes de ser hábito ou hobby.

Coleciona medalhas, relógios de ambulantes, CD’s, anéis masculinos e femininos, cordões, pulseiras. (compra e nada usa, troféu)

De plástico: pratos, canecas, talheres, brinquedos infantis, enfim: bonés, camisas de futebol, cuecas (não usa) meias, grampos, clips, chaves de automóveis, pregos, despertadores com defeito (pela compra nada usa)

Coleciona doces e bolachas arrumados impecavelmente. Caixas de bombom, chocolates de toda sorte sortidas, balas diversas, chicletes, dropes... São caixas cheias de guloseimas.

Quando a validade vence o Pai recolhe e joga no lixo.

O Filho, apesar de, tem preferencias pessoais. Entende as regras de muitos esportes. Até Rúgbi de sete. Houve músicas e decora as letras com facilidade, samba, pagode e sertanejo, os ritmos preferidos, mas, ouve todos os gêneros musicais. Tem um QI acima da média.

O Pai já fora no passado Diretor Financeiro. Classe média alta, família de poder aquisitivo consumista, gozava de excelentes imóveis, bairros luxuosos, carros, hotéis 10 estrelas, jantares, Europa, New York, bom vinho, linda esposa-mulher e título de Miss na juventude, 4 filhas realizadas profissionalmente com cursos superiores, doutorados, viviam como nobre, duque, respeitado. Hobby. Tênis, Xadrez.

A herança lhe saldou com o analfabetismo social e o atual Filho homem dependente virgem.

Aposentado em desgraça perdeu tudo. Bebidas, jogos, bolsa de valores.

Renda beirando a indigência percebe restos de esmolas e, e sobrevive.

Desdentado, o Pai, sente no corpo anestesiado pela desgraça, a falta dos dentes esmaltados brancos, orgulho de outrora em conquistas.

De suas mãos fugiram o computador, tablet, celular e Wi-Fi. Esqueceu-se do básico, planilhas de Excel, Word, Mãe, Pai, irmãos, Mulher, Filhas e TV a cabo. Restou a Televisão TV aberta.

 

“A queda do padrão de vida, um vilão para a depressão e suicídio”

 

Álibi suspeito, o Pai, escreve versos no verso de panfletos acomodados, arrumados por ordem de data cronológica na gaveta de móvel.

O tempo (Poema)

 

“O tempo impiedoso

Velocidade da luz

Em tempos de felicidades

Como raios passam

 

O tempo impiedoso

Velocidade da cruz

Em tempos de inutilidades

Como amebas rasgam”

Fim 

ADFF

 

História real. Atual.

 

“O Pai personagem como pseudônimo do texto”

 

Continua.........as rotinas nas retinas........sem adjetivar...........

Antonio Domingos Ferreira Filho

15 de setembro de 2019

 

 

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Sutra da Antecipação (Soneto)

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Sutra da Antecipação

 

Quisera ter o dom sutra antecipação

Ninguém ainda o tem suma filosofia

Pudera ter o só som da reencarnação

Para quem a ilusão de ótica sonharia

 

Manhã da ansiedade noite sem fim sem luz

Linhas do carretel burlam quiromancias

O futuro que a mente sequelas traduz

Infinito universo expectam tiranias

 

Por antecipação sutra dom quisera

Basta do Amor pudor solene mais perene

Iniciação a vida mistérios pudera

 

Luz sem fim rouca pouca sirene

Viver o além a lenda o ser humano espera

Dança no girar Polka de estrelas da gene

 

Antonio Domingos 

02 de Dezembro de 2018 REVIAD

02\10\2019

 

NOTA: A repetição de versos invertidos ou palavras levemente modificadas é uma intenção deliberada do autor.

Obrigado.

 

 

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De Volta a Grande Cidadezinha ( PROSA )

  Cidadezinha minha avisa ao povo que chegamos a cavalo, jegue, jumento, mulher e poucos filhos. Levamos à Grande Cidade diSunPaulo e trouxemos de volta o cigarrinho de palha e cachacinha da pura, nas malas o chapéu de couro cangaceiro e baioneta, lembranças do passado.

Viajamos de volta na saudade e por amor ao hino. Viemos reviver a nossa árida terra seca em que se plantando pouco se colhe.

Viemos em busca da doce amargura que liberta alma ao céu e corpo a terra.

Garganta empoeirada, a língua beijada, o palato é o cheiro de terra molhada que ensurdece os ouvidos. Cabelos encaracolados e sujos, somos etnias, cachorros, porcos, galinhas, bezerros, cactos, falsas cercas de arame, pau a pique, vela, lenha, cágado no carvão. Gado mamífero mama a mama, oh! se mastiga!

Façam a festa junina fora de época, com bandeirinhas descoloridas, fogos de artifício, fogueira sem lenha, isopor com pedregulhos de gelo.

Cadê o feijão de corda da Sanfona com fole, Farinha do Pandeiro e o Mandioca do Triângulo, Carne de Sol da Zabumba, música a noite toda, forró de agarradinho do bate coxas e cheirinho no cangote.

Quituteiras de Deus, Deus lhes chama a uma quietude de razão, deixem-se adoçar por esperanças da rara baunilha.

Hoje tem alfazema! Tem sim senhor
Tem suor de proteína! Tem não meu senhor

Hoje de volta a minha terra árida trago as impressões digitais, mas carrego comigo o mundo digital, meus dois filhos adultos e estudados, diplomas na cabeça e o idealismo de transformar estas terras.

Trago nas malas e coração corado cinco pandeiros de batalha, um dourado de ouro de um milhão de quilates, diamantado de pedras de diamantes reluzentes, prêmio maior da Cidade Grande. Os outros quatro construíram histórias que esqueci e que posso refazê-las em rodadas de rodas de gente grande e de improviso.

Cidadezinha minha, eu trago nas malas diversos projetos de fazer chover sem chuva, de plantar sem água nem poço artesiano. Cultivar frutas e flores do sul neste inóspito lugar do Nordeste.

 

Trago ainda a emoção da embolada que me deu muitas moedas na Cidade Grande para abrilhantar nossas noites de descanso e aceito desafios de escrever na Luz do Luar, no papel branco e frio, na distância sempre eterna que se faz algoz.

Hoje tem embolada! Tem sim Senhor

-Compadre Severino, voltei para embolar, seu pandeiro é muito bom, o meu muito melhor, segue aí seu camundongo, sua carne de sol, de cobra não, olha aí meu tom...

 

-Compadre José, me dê pitada de rapé, a saudade de roda gigante, de sua presença por aqui, a noite é de todos, da Lua sou amante, vamos da vida sorrir, da vida chorar, da vida engalanar...


-Companheiro Severino, de volta à São Mateus, trago meus dois filhos em nova roupagem, graças ao Bom Deus, Luciana e Sarmento, que com sua filha Mariana, sonha com suntuoso casamento...


-Querido amigo da seca, velho José Sarmento, cuida bem do seu tatu, homem abusado a gente rasga a roupa e deixa nu, felicito seus desejos, nos deixa muito feliz, mas com minha filha Mariana, as mãos de minha flor de lis, saiba rabugento sargento, que para casar só depois de noivar...


Fim
Antonio Domingos 

Dezembro 2018REVI AD

02\10\2019

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Saiba mais…

APEGO AO HÁBITO

 Os Hábitos são tão difíceis de combater, porque neles a inércia, que em geral se opõe a qualquer acção,  se associa a um certo rítmico de actividade”

 

Hugo von Hofmannsthal /1874 a 1929 

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APEGO AO HÁBITO

 

Tu te apegas tal goma aos problemas, tu te encostas no consciente

E na proposta de viver, tu te bloqueias atrás da porta a ranger

Tu te arrias a autopiedade, tu não tens nenhum elo inconsciente

Tu queres perpetuar angustia, e afastas tua irmã tentação

Tu queres manter a adulta de rimo, e permanece na puberdade

Tu   não vês a Pomba Branca, não te rendes aos arrulhos da canção

Tu te cegas aos pássaros cantantes, não te atenta a migração

Tu te escondes dos momentos, não gostas de estar presente

Teu livre arbítrio não rompe, as barreiras da auto negação

 

Tu acostumastes flácida, a viver na vil pobreza

Tu não acreditas em teus momentos de prazer

Tu pensas que queijo e taça de vinho é gemada

Tu não abres uma champanhe pelo não beber

Tu não sabes onde pisa tua alma mal-amada

Tu és semelhante aos grileiros, e rouba tua natureza  

 

Tu procuras os problemas por cultura do hábito

 

Enraizaste temores em buscar as sósias alternativas

De ter teus momentos maternos de aleitamento

Tu te prendes a tomar banho na chuva sem perspectivas

Tu vives assim a beber da água benta do comportamento

Dos teus hábitos esquisitos vives o feder do espírito.

 

Tu recepcionas comportamento, tal modo, e procria ralo hálito

De buscar sofrimento para sobreviver com densidade mórbida

Por que não mudar comportamentos, e criar novos hábitos

Teu comportamento alavanca viciosa vicissitude sórdida

 

FIM

 

Antonio Domingos

13\12\2018Revi.AD

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AFLIÇÕES DA SOLIDÃO

 

A Solidão em minhas noites é penetra

Não pede licença, que sórdida, mente

E no quarto aura de meu ser defenestra

Fecho a porta e a janela e o luar se sente

 

A solidão toma conta dos meus medos

Dilacera, dói, traumatiza a criança

Que habitava feliz em meus arremedos

Rouba meu amor me deixa sem alianças

 

Construção mental com ausência de emoção

Cega meu livre arbítrio de amor bem querer

Inflama a enferma safena no coração

 

A solidão é morte assumida no arpão

Tristeza é digna amiga para envelhecer

O embrião da solidão é uma imperfeição

 

 

FIM

Antonio/REVI. AD

29\08/2019

 

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Diálogos (number 1) Marcela e Vitor

 

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Diálogos (number 1) Marcela e Vitor

 

-Entre Marcela, fique a vontade, café, chá, suco...

-Nada não Vitor, estou é agoniada , estressada, confusa...

-Relaxe amiga. Tudo passa.Está com problema no trabalho

-Que nada, lá tive até uma promoção, vem é mais trabalho, ufa...

-Tudo bem então, se eu puder te ajudar...

-Não sei não, é assunto pessoal, não sei o que pensar

-É... Você está linda como sempre, mas confesso, que um pouco abatida e ansiosa...

-Vitor, tem certos assuntos que a gente tem de resolver sozinho, na solidão mesmo...

-Você é quem sabe... se quiser um ombro amigo, estou aqui.

-Desculpas, não é falta de confiança em você, Vitor, sempre nos demos bem...

-Ótimo, eu também confio em você , sou aquele amigo bem sincero...

-Obrigada, acho que vou aceitar aquele café...

-Um instante, vou a cozinha e logo te trago um fresquinho...Olha aqui o cafezinho... Marcela você está chorando...Vá, toma o café, vou buscar uma água antes.

-Desculpas Vitor, não segurei as lágrimas...

-De forma alguma, nada de escusas , fique tranquila, quer ficar sozinha aqui na sala, eu vou para o quarto...

-Fica na sala, já estou sozinha e abandonada faz muito tempo. Marcos tem uma amante, aquele cachorro safado. Não me procura mais com  a frequência que era, sempre distante, seu comportamento está diferente, as falsas viagens a trabalho em finais de semana é uma tortura, não tem o planejamento de seu horário como antes, estou sofrendo muito...

-Marcela, você tem uma prova real. Já o viu com outra mulher aos abraços e beijos, já deu um flagrante consistente, você vasculha o celular dele, faz revistas nas roupas dele, você o segue pelas ruas, já contratou um detetive particular...o que tem de verdade para você afirmar que Marcos te trai, o vejo como um marido fiel...

-Vitor, nada disso, é uma intuição feminina, eu sei que ele me trai e pronto

-Marcela, ainda bem que você não tem provas...

-Porque Vitor, eu não preciso de provas, mas mesmo se tivesse elas, nem sei o que faria de minha vida, eu amo o Marcos, meu homem...

-Marcela, você precisa de um tratamento psicológico, está doente, doença de ciúme,de insegurança, de confiança...

-Eu confio em muita gente, amigos, colegas de trabalho, minha visão não é doentia...

-Já vai Marcela, fique um pouco mais..

-Não, eu tenho de ir agora, Vitor, obrigada pelo apoio...

-Vá com Deus. Dê um abraço apertado e um beijão no Marcos, pergunte a ele qual é o novo número do celular....

-Vitor! que celular....

 

 

Sem Fim

Antonio Domingos

11 de março de 2019

 

 

-

 

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Poema Acústico  (Prosa)

 

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Poema Acústico

 

Anda a paisagem de grama sintética e flores de plásticos, frágil linha esticada, equilibra-se entre os carros e a multidão.

Nas batidas de gente, multidão sofrem nos braços, cadencia curta, brevilíneos , RPG por favor, esqueletos disformes, esfriam as mãos, umidade relativa do ar menos 30,

sutura a fatura de anfetaminas, que labirinte nos labirintos da calçada,

 os homens a querer uma mina, as mulheres um homem, desproporção debocha, 100 mulheres e 30 homens, a canção caçoa ,o funk quem puder.

A velha atropela-se nos buracos

As batidas cardíacas espancam o coração, sem compaixão, meu Zeus....Vem....

Roupa surrada, suada, quentes de brim, calor a vapor, mudança climática emprega uma legião de curiosos bobos da corte. Foi ele quem viu, não foi o outro, não foi aquele lá,

Oh! Quem descobriu os anéis de Saturno, foi o mendigo oficial da esquina da rua Sócrates s/n com a Avenida Galileu Galilei 1564-1642

A velha estatelada   babada no chão, carteira numerada do SUS grampeada na mão, é um chip, horror, falha nossa, quem pagou plantão, burro, o reserva do reserva pagou para outro;

Não é matemático, paga mais da metade que ganha de plantões;

Tem mágico estelionatário esperto, paga plantão de 1 real e no outro lado da rua cobra 5,00 um inspirador nato às falcatruas, que carrapato nojento...

Porcalhão de cidadão

Os prédios fora do padrão da prefeitura, não adianta multar, o perdão virá,

no chapeuzinho de mendigo cheio de moedas de USD 1,00 cent.

Mendigo da esquina rico, quer apostar. Labuta em local nobre, ao lado a Igreja, dá um tremendo samba-canção.

O prédio de moradia, estão nas nuvens, indivíduos mais perto dos céus de relâmpagos e trovões, reza e dorme aí morador, que não falte a luz da vela, amanhã tem caminhão pipa ,  mosquito que pica, uma zica.

Morram, não, corram, a falange de pneus aguados da chuva, o fantasma não é camarada.

A notícia diz: Tem que fiscalizar, tem de fiscalizar, virou bordão

Fiscalizar o mundo, sonhar pesadelos, e morrer de bronquite asmática.

Se metade do mundo, uma maçã madura amarela, fiscalizasse a outra metade do mundo, maçã ácida verde, a amarela   apodreceria a verde. Duas maçãs bichadas inteiras no lixo, o desperdício de alimentos, dá fome. O Mundo se presta a nada.

Duas pessoas é multidão, uma pessoa é mundo. Solidão dá as caras e brinca de copas fora.

Olha lá amigo entrando no carro, persegue ele SMS, virtual está nas câmeras que legal, que perfil, fala muitos idiomas, o Analfabeto e o Funcional, ora fala Ingrês ; Bife: ora Flancês; Cabaré:  ora alemão; Chope: ora italiano; Baderna: ora espanhol, Chicote: Ora fala português; Oi .

Atravessa a rua com semáforo aberto, pula sapo, mundo infernal, todos são fashionnetes, avançam o sinal. Saia muleta careta, não é treze sexta-feira.

Pega Ladrão, meio dia, meio expediente, sol a pino, tem medo de escuro, na joalheria mirou, revolver calibre 45 de plástico faiou, meliante pobre sem grana para um 38,  para que polícia, já foi espancado por aquela multidão, chama o rabecão.

O toque soou, celular obriga, cola no pescoço, presidente das mãos, enrolaram na fieira, como o pião alegria da criançada, tacaram no chão, rodopiou e como bumerangue de volta ao lar, colou no pescoço, vai enforcar, vai as mãos, os dedos tremulam vicio, teclar som dissonante, aquarela do Brasil, do Barroso, bom desgosto.

Vamos falar ao vivo com a nossa repórter Adriana Apressadinha. Correspondente na Ásia para assuntos de guerra, genocídio, termo novo, feminicídio, velha prática humana.

Espera aí, Adriana hospitalizada, depressão e esquizofrenia. Não sabia que acontecia com gente profissional adulta e madura, ainda que maduro cai do pé, de pé.

Escrevo com credibilidade, mas estou um mesquinho sovina, antecipado perdão.

A Vilma dos Flintstones me convidou para viajar no tempo à idade das pedras. Aceitei, mas Fred mostrou ciúme, chato este cara. Não tem volta, cruz credo.

Anda a paisagem nas imagens do barco a naufragar, nas ondas do mar azul, aberto a discutir a relação, corpos afundam e logo boiam, fatalidade não aprova, são almas que respiraram esperanças , nas terras das guerras “ Duas pessoas é multidão, uma pessoa é mundo” , com quantos mundos se faz a Paz. Não sei...

Pés no puff ,  jornal nas mãos, janela aberta, o suco já vem, sinfonia no. 9 de Beethoven, pensamentos a divagar no vazio da existência.

 

FIM

Antonio Domingos Ferreira Filha

21 de fevereiro de 2019

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Alice

 

Alice

Quem disse que...

Que és linda

Como uma flor

Botões em flores de jasmim

Desabrochando

 

Rosto roseado de carmim

Foi o condor dos Andes

Preto azulado de azulzinho

Astuto robusto supersônico

Voando muito alto

De asas gigantes

 

Lá em cima no céu

Com visão ávida de águia

Menina imponente

tal qual uma águia

Pira quando te vê

Linda em meio ao jasmineiro em flor

Clara como na foto de uma

Plantação de algodão

 

E diz

Que menina linda

A mais bela do mundo

 

Longe o condor está 

Muito perto de seus olhos castanhos

 

Viver a vida

E

Serás feliz, bem feliz

 

Antonio Domingos

03\08\2019

Homenagem aniversário de minha neta Alice 6 anos

 

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Borboletas nascem voando... ) (Conto)

 

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Borboletas nascem voando...

 

Era uma vez os nossos amiguinhos e irmãozinhos Joãozinho e Maria que   sentados no pequenino toco de árvore na horizontal, este tronco morrido de morte desconhecida, diziam os palpiteiros que de velhice ou doença.

Lá os dois relaxados ao sabor da brisa amena, respiravam perfumes dos jardins do Castelo da Primavera de flores coloridas. Os assuntos diversos e dispersos   descompromissados nas vozes de crianças de verdade.

 

Joãozinho um menino esperto e observador, ao seu redor a tudo que via comentava sem pudor.

-Olha ali Mari aquela árvore, é de acerola...

-Bobo, eu sei. O que a acerola tem de bom...

-Boba, vitamina C , cura gripe...

-Acerola tem uma cor vermelha, muito legal, já tomamos suco dela, você se lembra

-Claro que me lembro Jon...muito gostoso...

Ali no prosear informal sem adversários ela era Mari e ele era Jon, apelidos carinhosos dos tios.

Corriam em pique esconde, disputavam a vez de quem no caça borboletas seria o primeiro, e de modo peculiar. Quem risse primeiro, perdia a aposta e a vez.

Mari concentrada e séria levava vantagem sobre Jon que não suportava a pressão e ria primeiro.

 

Quando pegavam uma borboleta contavam um ponto, e logo libertavam ao ar voar, sem antes seus olhos brilharem nas asas multicoloridas, que remonta imaginações.

Irmãozinhos desajeitados para caçar, já houvera empate de Zero a Zero, nenhum deles nada pegara das dezenas de borboletas no revoar e criar a instabilidade espacial e temporal.

 O maior placar foi de dois a um para Jon, um ágil desajeitado. Após este brincar os espontâneos exercícios físicos, retornavam ao toco para descansar.

 

Certo dia Jon, como de hábito sentado no toco de árvore, com sua irmã, olhava os jardins percorrendo com seus olhos de águia, cada detalhe da vegetação. Eis que de repente captou como uma câmera fotográfica, mas que isto, um telescópio interestelar, indiscreta até, o desprender de uma borboleta do casulo, com asas já secas, arremeteu aos sentidos uma ação histórica, ao fazer o seu primeiro voo. Gritou para Mari...

-Olha ali irmãzinha, uma borboleta nasceu...

Mari, infelizmente, não assistiu ao milagre.

Nesta mágica tarde, o entardecer quer esconder o calor do sol, e quer brindar a noite fria de luar. Os dois caminham a casa, saudades e fome do jantar, o lanche que levaram na cesta nada sobrou.

 

 A mãe já providenciara o banho, roupas limpas e jantar.

Chegaram e os dois iniciaram um falatório na cozinha, falavam ansiosos ao mesmo tempo, que confusão, então a mãe gritou alto.

-Por favor, parem, fale um de cada vez, já estou preocupada.

-Mãe, eu não quero mais ser bombeiro...

- Tudo bem Jon, o que te fez mudar...

-Uma borboleta nascer, é um milagre...mãe..

-Jon, sim, é um milagre da natureza e Deus aprova. Todos os seres nascem de certa forma...

-Mãe, mas a borboleta nasce e já sai voando, ela não tem uma mãe para ensinar a voar.

-Jon, vou te explicar como é um ciclo de vida de uma borboleta.... Entendeu?

-Entendi, mas não quero compreender, eu quero estudar sobre as borboletas...

- Jon, a profissão que estuda e pesquisa os insetos é o Entomologista...

-O quê, Lepidopterologia ... não sei falar esta palavra...e borboleta não é inseto...

-Depois do jantar eu explico outra vez. Borboleta é inseto, porém os cientistas destacam as borboletas em suas pesquisas por sua beleza, por suas asas coloridas, por sua importância para a natureza....

Aí, Mari entra na conversa.

-Mãe, eu não quero ser mais enfermeira não...

- Minha filha, o que ouve. Você também quer ser Entomologista...

-Não, não quero ser o que o Jon será...

-Me diga então qual a nova profissão você deseja para sua vida...

- Mãe, quem estuda a natureza o que é...

-Mari, tem muitas profissões e ocupações que tem relação com a natureza...

-Mãe, estudar toda a natureza, as plantas, as montanhas, as flores. Adoro brincar nos jardins...

-Filha, começa com a Biologia, mas há também a Ecologia, Gestão Ambiental....

-Mãe, tudo isto também estuda as borboletas...

-Filha, estuda sim, de formas diferentes. Vamos jantar, depois a gente conversa todos juntos com seu Pai.

 

No dia seguinte, Jon e Mari retomam a rotina de brincar de amor nos jardins do Castelo da Primavera, descansam os corpos no toco da árvore, amam as borboletas na magia da beleza, olhos de águia quer rever o nascer de uma Borboleta, estas voejam nas mentes destes irmãozinhos.

-Mari, olha ali que lagarta grande, ela come folhas verdes ....

-Jon, deixa a lagarta lá, olha o que estou vendo. Aquela borboleta de todas as cores,  está sugando a flor...

“Sem mesquinhez  “, “falsidade”, “ciúme”, bobo orgulho e “empatite crônica”

 

“Eles sonham como crianças e pensam como gente grande”

FIM

 

Antonio Domingos Ferreira Filho

16 de março de 2019

 

 

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Nada a Declarar

 

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Nada a Declarar


Vinha de volta da labuta cambaleando por entre o lamaçal e as poças de água.

Chovia chuva, chovia relâmpagos, chovia raios, chovia trovejos , chovia ventania, fria.
Vinha com os meus senões da vida dura. As vestes, bem, as roupas surradas, pareciam que iriam esfarrapar-se à tudo aquilo.
Era aniversário de meu único filho, José Zico da Silva, 6 anos. E o presente que me pedira...qualquer coisa...


Sabia que a mãe havia preparado um bolinho de banana com uma velinha com o algarismo 5.
Pobre, mas alimentação embora com calorias insuficiente, dava para encher o estomago.
A tristeza cada vez mais me abatia, o coração pulsava mais, embora encharcado e com frio, um calor aflorava do rosto que se avermelhava e descia pelo meu peitoral avantajado, estruturada pela genética e não como um velho burocrata da repartição pública, onde eu carimbava papel o dia inteiro, sentado o dia inteiro, e com a coluna vertebral esquelética quebrantada, tratada e destratada pelas fisioterapias.A coluna da alma tal e qual.


E o presente. Não deu para comprar nada, nem fiado, nem para isto tenho crédito qualquer.


Faltavam ainda uns 800 metros para chegar ao meu lar, doce lar. Casa de alvenaria,sem laje, janelas de compensado aprisionadas nos tijolos com muitos pregos, sem reboco. Um quarto/sala/ cozinha conjugados, um banheiro fora da casa com um chuveiro furadinho de lata de leite em pó pendurado no cano com arame. Água fria de verdade no inverno.


Certa vez num churrasquinho com os colegas de bar, alguém colocou cocô na lata de leite em pó furadinha, o chuveiro . Quando tomei banho, levei um jatos de cocô em pintadinhas nos cabelos e costas e fiquei raivoso como um pitbull. Nunca mais um acém na brasa. Pinga não. Em tempo, com um porte de arma eu teria cometido uma loucura.


Lembrei-me deste fato, talvez para esquecer o presente que não tinha. Como seria a decepção de meu único filho...Poderia dar uma desculpa, daria em outra época...
Mas veja como o destino faz surpresas. Um relâmpago claro mostrou-me na poça de água um Pato de Plástico. Peguei, estava novinho, somente enlameado. Deve ter escapado de algum quintal daquelas casas da rua, por correntezas que se revezavam.


Escondi o achado providencial, sob a camisa, e quase adentrando a minha casa: Entrei no silencio de meu coração, pisando em ovos, não podia ter chegado ainda.


Direto no tanque lavei o Pato de Plástico, e o guardei sob os caibros da varandinha dos fundos. Uma surpresa, mas eu queria achar um papel de presente.
Entrei nas pontas dos pés, e todos os dois dormiam. Achei estranho, com chuva, trovejando e raios estariam acordados, mas fora mais uma providência de Deus

A televisão teve o tubo queimado.


Encontrei um papel legal, embrulhei e retornei escondido aos caibros.
De manhã, Ziquinho me acordou;
- Papai, trouxe o meu presente.Fiz 5 anos, com a mão esquerda aberta de cinco dedos.
-Claro, meu filho; Feche os olhos , é uma surpresa.
-Tá bem Papai.
-Olha, Ziquinho, abra...
-Poxa Papai, este Patinho é muito bonito.Queria ver ele nadar na chuva de ontem a noite.Ele nada bem Papai....
-Claro meu filho; é um atleta perfeito.
-Obrigado Papai, você é o melhor Pai do mundo.

A.Domingos
09 de agosto de 2018
21:50 h

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CPP