A dança do casal

 

A bateria rufava os tambores

Pareciam horrores.

O teclado espumava os sons

Sendo daqueles, os bons.

 

Na pista, um casal franzino,

Deveria ser da família Rufino.

Ele, alto, vistoso, amoroso.

Olhava fito ao par, bastante prazeroso.

 

Mesas ao lado direito,

Outros casais olhavam bem estreito.

Queriam dançar, queriam brincar,

No salão a valsar.

 

A cada passo maluco

Tinha até um turco.

Falando ao ouvido, bem baixinho,

Afagando o seu gatinho.

 

Ele a fitava no olhar,

Dizia algo ao bailar.

O som era mais forte

Vindo do lado norte.

 

Ela lhe dizia alguma coisa

Olhando firmemente para a lousa,

Escrito estava,

Que ele a amava.

 

Um, dois, três e o quarto passos

Viriam terminar nos braços.

Não sei quem, mais alguém lá fora

Dizia para ela ir embora.

 

Ele, ainda mudo,

Ali, com o amor perdido.

Sentou-se na calçada, ao lado.

Permanecendo ali, calado.

 

José Carlos de Bom Sucesso

 

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José Carlos de Bom Sucesso

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