A DIREÇÃO

 

A paz na cabeça e eu no meu canto
Sonhando com os castelos encantados
Que construí na areia de tantas praias
Vagando pelo mundo em tantas fugas

Apenas um beijo no espelho da vida
E o foco na imagem em fragmentos
Do rosto que foi acariciado e ferido
Buscando o amor em fúrias de bar

Só me reerguendo de tantas quedas
É que gozei com a gravidade a puxar
Meu rosto de encontro com o cimento
Duro de tantos caminhos sem rumo

Meus dias foram recebendo rótulos
E cada página do diário um drama
Ao aconchegar-me em teus braços
Eu senti apenas a curva da história
Mudando a direção da minha rota 

 

(Cláudio Antonio Mendes)

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