Crio balas com versos integrais
Um míssil de rimas banais metralhando
Cada estrofe assassina e marginal
Desarmo a solidão com flexas da paixão
Projéctil perfeito de calibre elevado onde sitio
Minha poesia tão letal nesta guerra sem quartel
Armo a culatra a cada palavra pronta a disparar
Esvaziando o tambor do lirismo onde miro cada
Verso engatilhado no silenciador da vida a calibrar
Tirei a licença de porte de arma e logo de seguida
Assassinei a semântica, sem lei qual munição devastadora
Descarregando palavras com uma precisão tão inspiradora
De rajada em rajada liquido o ódio que despoleta o
Silêncio em cada hipérbole alimentando a infantaria e a sintaxe
Deste combate feroz onde armo a esperança e a minha pontaria
Fiz o armistício do amor, neste exército armado da minha poesia
Munição que alimenta o detonante verso explodindo quase genocida
No hipérbato momento num brado heróico de paz assim renascida
E chegou a frota invencível com suas hipérboles atómicas
Navegando numa esquadra de versos armados até aos dentes
Pronta a bombardear a flotilha de contra torpedeiros e palavras tão latentes
Na tática do amor desfiro o golpe final ao desembarcar impetuoso
Asteando a bandeira da paz qual estandarte que se eleva da trincheira defensiva
Onde desarmo cada palavra insurrecta explodindo com tamanha retórica persuasiva
Frederico de Castro
Comentários
Prossiga sempre fecundo para nos adequar momentos tão agradáveis e enriquecedores como esse!
Grato poeta e amigo Sam
Abraço fraterno
FC
É mesmo amigo FC, você tem sempre um trunfo na manga, com os seus belos versos, aplausos meus, beijinhos.
Grato pela visita e gentis palavras
Abraço fraterno
FC
Sempre com elegância nos texto, parabéns, poeta!
Obrigado Jilmar pelo gentil comentário
Bem haja
FC
Parabéns, poeta amigo, poema lindo, primoroso, adorei. Seu estilo de versejar é ímpar, maravilhoso, meus sinceros aplausos. Sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!
Obrigado Ilario pela visita e prestimoso comentário
Abraço poético
FC