À Sereia Do Poema

Num céu de estrelas turbulentas
Ou num oceano de águas bravias
Vejo-te com pálpebras sonolentas
No serenar das madrugadas tardias...

Cavalos que soltam fogos pelas ventas
Que se arrastam pelas nuvens corredias
Com Apolo nas rédeas das horas lentas
Ditando as regras das noites e dos dias...

Assisto ao espetáculo escoando o tempo
Entre os meus dedos feito grãos de areia
Presos em redomas das ampulhetas antigas.

Assim eu me perco em meu pensamento
Sem cera para ouvir o canto daquela sereia
Que me clama em versos de gestas cantigas.

Gilmar Ferreira

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