A VIDA NOS MORDE

Cedemos conformados aos costumes

Tanto nos acostumamos que vira rotina

Repetir rotas

Cantar cotidianamente

As mesmas notas nos mesmos tons

                   

Convivemos com os buracos da rua

Com as goteiras da casa

Com os rasgos na roupa

O barulho do carro

A poeira no livro

O espelho sem brilho

A casa vazia

O coração fechado

A torneira que pinga

Os olhares surdos

Os chinelos gastos

Sapatos sem graxa

Muros altos

Portões trancados

Risos de fachada

Conversa sem rumo

Dor na coluna

Dente estragado

Falta de iniciativa e pensamento lerdo

 

Mordemos os dias e a vida nos morde

Se não cuidamos

Viver fica pra logo mais tarde

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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