Inóspita solidão avassaladora,
Sensível transgressão d'alma,
Levando ao vazio o ser em desalinho,
Igual a um pássaro de asas feridas,
Que não pode voar sabendo voar,
Pródiga vida em suas dilatações,
Mananciais tempestuosos mortais.
A existência é um grande piano,
Cujos dedos que o tocam em seus tons,
São as nossas predileções ansiosas,
Vertendo no mar de aspirações,
Sonhos e pesadelos incansáveis,
Tediosos em suas corporizações,
Substancioso véu da purificação.
Revelam os labirintos seus desafios,
Pensamentos de facas afiadas,
Suprimindo a estranha consciência,
Alquebrada em seus dogmas enfadonhos,
Temerosos contrastes do espírito,
Deslizando pelas mãos cansadas,
Observando a fria solidão enaltecida.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
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Comentários
É viver na escuridão da sua própria realidade.
Belas reflexões!
Aplausos!