Não é porque caminhas vago sobre as aguas
Que um dia nelas não possas mergulhar
Explorar as profundezas oceânicas
Entender o fluxo imerso das marés
Onde tramitam as revoltas correntezas
E todas as incertezas castas dos mares.
Aprender no vai e vem das brutas ondas
O jeito manso de lamber suas areias
Romper as pedras todas e as fortalezas
E respeitar os frágeis cascos dos veleiros
Singrando mansos ao sabor dos raros ares.
Dê piedade aos humildes pescadores
Que tem amor às longínquas águas infinitas
Torna branda a imensidão que os castiga
E que não morram de saudades das paixões
Nem enlouqueçam distantes de suas valsas.
Mergulhe a fé intensa em seus corações
E traga-os vivos aos braços dos seus amores.
Amém!
PSRosseto
Comentários
Divina composição, Paulo.
Minhas reverências a ti.
Parabéns!