AS COISAS TRISTES

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Coisas tristes que não esperam cura…
Um adeus no horizonte nevoento...
Um soluço levado pelo vento,
uma desilusão que muito dura…

Na solidão sem fim de um aposento
uma lágrima sobre uma moldura...
A rosa que na janela procura
reviver a lembrança de um momento…

Coisas tristes… Sem nada que as retrate…
Silenciosa, olhando o céu escarlate,
uma anciã numa varanda escura…

Uma falena na teia, em debate…
E um solitário cão que late, late...
Sozinho… Em cima de uma sepultura...

(Paulo Maurício G Silva)

 

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