Na lezíria do tempo desnudo todo
Sossego disperso numa lamúria acantonada
Nesta esperança conversa nutrindo o global
Momento de solidão ali imersa e bem escrutinada
Até tu, silêncio ceifas da noite uma ilusão tão sórdida
Peregrinando pela escuridão que agora se desfaz num pranto
Abocanhando até o sonho pontual e convalescente
Enlutando o dia convincentemente complacente
Até tu, silêncio retiras-te e entranhas-te no cântaro das
Minhas solidões onde o tempo tão permeável e flagelado
Se acoita nos breus da saudade padecendo desolada
Até tu, silêncio, agonizas soberano e triste… mais dissimulado
Injectando nas memórias o regenerado desejo de tantas veladas
Palavras timidamente lacrando a vetusta hora morrendo violada
Frederico de Castro
Comentários
O silencio sempre traz saudades, ele busca lembranças boas ou más, mais também te traz paz. Um fraternal abraço Poeta Frederico.
Obrigado Ricardo pela mensagem gentil
Votos de dia feliz
FC
Parabéns pela ponposa inspiração dos versos neste belo soneto.
Aplausos!
Muito grato poeta pela sua estila mensagem
bem haja
FC
Grato Ciducha pelo seu carinho e gentileza
FC