Não me tome tão repleto se tua fome não é tanta
Pois o alimento escassa e não é justo que soçobre
O espanto do pecado pelo desperdício da comida
Retira-me do teu armário antes que embolore
Doa-me a quem precisa e pouco tem a recobrir-se
Aquecer do frio, dignificar-se com um mínimo conforto
Da tua agua cede-me um gole que meus lábios molhem
Ou insignificante jarro para que banhe meu dorso
Limpe e lave o sujo que em mim impregna e cola
Vê se ouve minha fala, escuta o clamor que aflige
Minha alma sem guia recostada nas sarjetas
Que margeiam as avenidas dessa vida peregrina
Crê nas verdades que te conto ainda que assuste
E não me cobre do impossível se não te parece real
Pois nem sempre se acerta mas cada erro ensina
PSRosseto
Comentários
Reinventar-se,curar-se da ressaca de um dia ruim.Olhar em frente sem esqueçer os tropeços e evoluir.Parabéns caro poeta pela reflexão.