A pele aquece
A mão sua
A boca seca
A língua umedece
A garganta tosse mas não basta
Porque o calor brota
Aflora dos poros dos pelos
Das ideias que indecentes
Exploram explodem reviram e descem
Pela porta e janelas fechadas
Onde se tem a impressão e aparência
De que tudo se tornara
Um particular deserto em que nada nasce
Nem acontece senão entontece
Apenas disfarça um grito miúdo
Que se não se mata de imediato a sede
Simplesmente amaluquece
Estamos escravos incondicionais
De qualquer vento ameno que arrefece
E quando no quarto o ar
Não liga ou está mal configurado
E é isso o que acontece
PSRosseto
Comentários
Fiscravo das coisas que dão conforto sem nem perceber que está escravo.
Excelente reflexão.
Aplausos!