CALOR

A pele aquece

A mão sua

A boca seca

A língua umedece

A garganta tosse mas não basta

Porque o calor brota

Aflora dos poros dos pelos

Das ideias que indecentes

Exploram explodem reviram e descem

Pela porta e janelas fechadas

Onde se tem a impressão e aparência

De que tudo se tornara

Um particular deserto em que nada nasce

Nem acontece senão entontece

Apenas disfarça um grito miúdo

Que se não se mata de imediato a sede

Simplesmente amaluquece

 

Estamos escravos incondicionais

De qualquer vento ameno que arrefece

E quando no quarto o ar

Não liga ou está mal configurado

E é isso o que acontece

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • 2014998335?profile=RESIZE_710x

  • Fiscravo das coisas que dão conforto sem nem perceber que está escravo.

    Excelente reflexão.

    Aplausos!

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