CARTA ANTIGA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A tua carta veio à moda antiga,
e, vendo nela a letra delicada,
vi, também, tua imagem lá traçada!
Em cada linha a afeição se lobriga!

Lembrei do banco, no jardim da entrada,
onde a jura que fiz, sobre uma figa,
foi quebrada! E, qual mantra, qual cantiga,
soou-me nalma em dor fragmentada!

Recebê-la foi um grato presente,
uma joia sem preço, inesperada,
cópia do ontem revivido agora!

Mas, saibas que jamais serás ausente
pois, que tua alma, por mim maltratada,
vive comigo onde o remorso mora!

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Nelson de Medeiros

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Comentários

  • Bom dia mestre dos sonetos.

    Poeta apaixonado tem um saco de criatividade,

    que na realidade é a pura verdade.

    Parabéns, trovador enamorado.

    Um forte abraço. 

    #JoaoCarreiraPoeta.

    • Ave ! O bardo saúda a tua perspicácia, mestre, na  leitura deste soneto que, de fato, representa uma paixão que, sei lá, porque, perdeu-se. 

  • Isso é coisa que toca o leitor, quando o escritor se lança a expor seus conteúdos intimos e reconhecer o peso da sua ação na dor do outro. Tocante e belo poema. Abraços

    • Pura verdade, doce menina poeta! A bela menina também tem uma percepção aguçada! Pobre do bardo que não consegue esonder o que lhe foi na alma.... bj.

  •  

     Que legal! Cartas antigas...Adorei! Parabéns!

    • Boa tarde,Editt. O bardo agradece com muito carinho a presença da poetisa. 1 ab

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