CONJECTURAS DE AMOR

 

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CONJECTURAS DE AMOR

Se eu não te amasse como te amo
De modo algum sentiria saudades
Ou sequer vestígios de ressentimento.
Eu seria como a estátua pálida e fria
Que espreita (sem ver) o jardim da eternidade
E me restaria o último plácido poema,
Virgem e casto escondido no fio da trama
De minha inerte e insólita pena...

Se eu não te amasse como te amo
Sobraria para mim ao fim do fim do dia
Apenas traços de um coração desnudo
E o desenho frágil em esboço humano
O cardiograma de uma desilusão
De uma alma triste, seca e sedenta de carinho
Prostrada no deserto inclemente da paixão...

Se eu não te amasse como te amo
Escreveria rimas de sangue e de dor
Alucinadas na vertigem da solidão, sem nexo
Nas entrelinhas distorcidas da atração e do sexo
Cansados, moribundos, exauridos
Confundindo eternamente sonho e ardor

Se eu não te amasse como te amo...

By Nina Costa, in 20/02/2019
Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.

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Nina Costa

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Comentários

  • 1378658453?profile=RESIZE_710x

  • 1240745471?profile=RESIZE_930x

    • Sobe para mim, Edith.

      Beijos e boas festas!

      Mina

  • This reply was deleted.
    • Grata, amiga poetisa! Sinto-me feliz com sua presença e comentário.

      Beijos!

      Nina

  • Deveras um exemplar lindíssimo. Poema lírico ao absoluto.

    Nova foto linda!

    Parabéns!

    • É preciso conjecturas sobre o amor, mas mais ainda, amar...

      Que a poesia do amor envolva a alma de todos.

This reply was deleted.
CPP