u
m
dia
dis-
se o
poeta:
navegar é
preciso, porém,
não foi por falta de
aviso. como não havia
navio, cavalguei à ginete
sobre a sobra de um alazão
quarto de milha, emprestado
do meu velho patrão, um es-
pertalhão nessa bela coleção-
maravilha. na sua herdada
fazenda já existia corcel
pra dedéu ao léu. era
um tro-
pel de
mustang,
árabe, an-
daluzia. até o
pônei lhe trazia
o troféu nosso de ca-
da dia. mustafá falava no-
ite e dia de seus cavalos, real-
mente era o seu passatempo. um
dia morreu mustafá e partiu o meu
coração ao partir voando aos céus
de Alá sobre seu árabe alado lá
pelas bandas das arábias on-
de já existisse mil e uma
noites de belas fantasias.
ainda bem que foi com o árabe, quiçá, para formar
novo plantel nos verdes campos, aos pés de Maomé!
será que é? nesse universo diverso tudo é possível
pela postura da criatura. até morar numa gota de orva-
lho com cavalo ou sem nada para rimar, será que lá tem
mar só para rimar, ou seria apenas alegria de sofismar es-
as arrelias? aqui troco os laços, pois, arrelia foi um gran-
de palhaço, coração derretendo sob velho peito de aço.
quando a gente tá sem
assunto é nisso que dá!
e o pior, ainda tenho de
assinar esse bazar de ba-
langandãs, num velho divã.
jbcampos
Comentários
Navegar segue uma direção, uma rota certa.
Aplausos!
Grato, querida Edith pelos aplausos.
Bjs.
Gratidão, querida Marsoalex pelo destaque.
Bjs.