Por vezes tornamos envidraçada a janela das escolhas
Tornando ainda mais perigosos os viáveis caminhos.
Entre certezas de proteção e tropeços
Cabe a cada um decidir enfurnar-se em redoma
Ou enfrentar a vida ainda que decorra o risco
De assistir ativo ou não ver
Como o mundo nos perfaz ou decompõe.
Das tantas coisas que evitamos fazer
Temendo o desconforto e o caos
Aprisionamos as vontades nas cristaleiras
Como fossem raras taças para protege-las
Das displicentes alças estabanadas
De nossas inseguras e trêmulas mãos.
Outros entendem serem translúcidos os vidros
Da alma em forma de sentimentos
Ainda quando porventura alquebrados.
- Este o mote dos fortes.
Brindemos pois com nobres vinhos
Nos mais refinados cristais
Os carinhos e as dádivas que tornam possíveis
Nossos sonhos e vontades reais
PSRosseto
Comentários
E ainda que a alma esteja estilhaçada, é preciso continuar vivendo.
Excelente poema.
Aplausos!
Brindemos a teu lindo poema, Paulo. Magnífico texto poético!