Aventuras Com O “Azeitona” — Primeira Parte —

Amigos, aí é que está o fio da meada: — Hoje eu quero honrar um simples compromisso que tenho com alguns amigos, e uma poetisa Maria Dolores Salmerão Fender da CPP — Casa dos Poetas e Poesias, de fazer uma crônica das aventuras com o “Azeitona” ele foi meu primeiro carro comprado em 1978 (o mês já não me recordo), era um fusca 1962 verde cor de azeitona daí, nome dado ao carro: —

Foi inefavelmente, ou seja, incrível, indescritível, o dia em que levei o “Azeitona” pra casa fui com todo cuidado, uma vez que, eu não tinha prática, porém, o mais difícil foi colocá-lo na garagem. Meu pé esquerdo tremia como um britador. Entretanto, mesmo suado deu tudo certo.

Indubitavelmente, com o passar dos dias, das semanas e meses, eu já me sentia um “ÁS” do volante. Não levou muito tempo, eu já estava andando por toda Campinas (a cidade das andorinhas), fogosamente, o mais legal de tudo era que todo sábado à noite era dia sair a procura de “bailinhos” e das menininhas. Não demorou muito pra elas começarem a cair na “rede” do Azeitona kkkkkkk!

Aqui faço um parênteses para informar a você que me lê que, em Campinas tem um lugar chamado de “Malhômetro”, um lugar ao lado da lagoa do Taquaral (ponto turístico da cidade), este local ficava lotado de carros que lá iam pra namorar, o resto não precisa nem descrever. Assim, o Azeitona sabia o caminho de olhos fechados.

Entretanto, o tempo passou e chegou o carnaval. 

Na minha juventude de solteiro eu não perdia uma folia e agora, (motorizado) ninguém me segurava. O Clube Casa de Portugal foi nossa parada. Digo nossa, visto que, levei dois dos meus melhores amigos. Entramos no clube, a folia já comia solta, eu usava um nariz vermelho de palhaço e uma fita de cetim da mesma cor com dois metros de comprimento por três centímetros de largura. Fiquei de fora jogando a fita em todas meninas que passavam. Estava tudo dentro dos conformes, mas brincar carnaval com homens nunca foi minha praia, enquanto meus amigos pulavam um agarrado no outro, já estavam igual pintos molhados, eu pacientemente aguardava minha fita ser mordida por uma bela menina. Pow! Mordeu, sai dançando kkkk! Sempre foi assim.

Anésia era o nome da linda desgraçada que agarrou minha fita, no entanto, seu nome não tinha nada a ver com seu corpo e seu rosto. Ela estava com duas irmãs e no intervalo, sentamos no chão, os mocorongos dos meus amigos vendo aquela sentada, se achegaram completando uma roda no chão. Os números batiam certinho 3x3, mas dependiam do papo dos meus amigos. O meu peixe já estava fisgado kkkk!

Resultado: —

Dançamos, beijamos, nos amassamos a noite toda. No fim do baile o Azeitona entrou em ação, posto que, parecia coração de mãe, ou seja, sempre cabe mais um. Deu certinho, eu e minha futura amante na frente e suas irmãs com meus amigos atrás.

Quase cinco horas da manhã chegamos em frente da casa das meninas carnavalescas, ainda estava escuro assim, nos fartamos de beijos e abraços. Meus lábios ficaram arroxeados e meio inchados de tanto que Anésia me beijou.

Anésia e eu começamos um romance que teve início no carnaval de 1979, na semana da quarta feira de cinzas, era meio dia, meia tarde bate o telefone, eu atendo.

Quem era? 

Anésia me convidando pra sair, marcamos para às 19h, pontualmente, eu a peguei nesse horário, ela estava linda maravilhosamente cheirosa. Eu soltei a direção do Azeitona, visto que ele já sabia o caminho kkkk!

Malhômetro.

Comemos um belo de um lanche, paguei a conta do que comemos e bebemos e o Azeitona sozinho deu partida, deu ré, e nos levou até o fundo do estacionamento dos amantes alí, Azeitona apagou seus faróis e nós nos amamos, nos fartamos até 1h da manhã.

O tempo passou, mas Azeitona continuou nosso fiel cúmplice.

Aguarde a segunda parte.

#JoaoCarreiraPoeta. — 07/03/2024 — 6h

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Gestores

    Meu Pai tinha um 61. Bege.

    Eu, com 12 anos, comecei a dirigir.

    Minha maior imprudência foi derrubar uma improvisada garagem em cima dele.

    • kkkkkkkkk

      ótima poetisa, porém,

      péssima motorista.

      Tenho 71 anos 50 de carta,

      graças a Deus nunca bati carro.

      Já minha esposa kkkkk

      #JoãoCarreiraPoeta.

  • Bom dia:

    Ter uma vida de emoções é o que a maioria deseja.

    No entanto, viver a vida desta maneira já é outra coisa.

    Uma bela crônica, amigo

    Parabéns

    Abraços

    JC Bridon

    • Arroubos da nossa velha juventude. Obrigado pelo comentário e visita.

      Bridon Um forte abraço.

      #JoãoCarreiraPoeta.

  • Relatos de uma vida de emoções intensas e diversas. Otimo conto! saudações literarias

    • Obrigado Lilian pela visita e pelos gentis comentários.

      #JoãoCarreiraPoeta.

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