O Gato ZéKarreira Teria Morrido? — Segunda Parte

Ele sempre foi, e sempre será para mim o mais pragmático, o mais dogmático, simplesmente o inefável gato que já tive. Ele sempre será um verdadeiro — Cosmopolitano —, isso porque, se adaptava a qualquer tipo de lugar, pessoas e bichos. E um detalhe: gostava de andar sempre de botas pretas. Meu gato sempre foi e sempre será meu orgulho. 

Foi achado numa caminhada feita pela ruiva da minha amada esposa, recém nascido ele estava jogado na mata ao lado do Shopping Dom Pedro em Campinas. 

Foi assim, a origem do ZéKarreira: —

Eu estava tomando meu café quando minha ruiva chegou. Ela trazia algo enrolado numa toalha e sorrindo disse: —

— Quer ver o que trago pra ti?

Eu dei um pulo da mesa e rapidamente, caminhei pra ela mastigando meu pão ensopado no leite com café. Desenrolei a toalha ficando com um gatinho nas mãos, horroroso, esquelético, as costelinhas pareciam uns palitos de fósforo, o gatinho fedia cocô e xixi, entretanto, seus olhinhos eram celestiais e morteiros. A manhã ficou diferente, visto que, o gatinho que já tinha as perninhas amarronzadas misturado com preto teve tratamento vip como: banho quente, shampoo, secador, leite e ração.

Tudo corria bem, mas, o gato era esganado, morto de fome, comia além, do que podia e imediatamente, jogava tudo pra fora. Porém, com o passar do tempo ele cresceu e tomou forma de gato que tem dono. Meus sentimentos pelo gato recrudescia a ponto de dar-lhe o meu sobrenome. Sim. Assim, surgia o: —

ZéKarreira!

Meu gato era muito manso e independente disso, se deixava pegar por qualquer pessoa e em qualquer lugar.

Certo dia notamos sua falta, visto que, ele saia, entretanto, sempre retornava, naquela noite ele não regressou, na seguinte também não.

A caçada começou entre choro e apreensão. O gato de botas, não era qualquer gato:

Ele era o meu gato ZéKarreira que além disso, conversava comigo todo dia e toda noite. Zéka sumiu, Zéka desapareceu.

Minha esposa ruiva chorando, balbuciava pra minha filha Eloise Carreira: —

— Filha, será que o ZéKarreira do seu pai morreu?

Eu morava no residencial San Moritz, um dos residenciais do SWISS PARK de Campinas, este residencial era o maior de todos tem, duzentas e cincoenta casas:

Visitamos cada uma delas perguntando sobre o gato de botas, mas nada, ninguém tinha visto. A comoção foi tão grande que os vizinhos começaram também a procurar o destemido e inteligente ZéKarreira.

Quinze dias se passaram, as esperanças foi reduzida a zero:

A morte era quase certa, mas a esperança não morre nunca, portanto, a busca continuava. Toda tarde, eu, minha ruiva e minha filha saíamos pra caminhar, mas, a verdade, a verdadeira verdade, estávamos à procura do meu amiguinho peludo que tanta falta me fazia.

Certa tarde, eu já tinha desistido de procurar, minha filha também, no entanto, Rosária (minha ruiva) se pôs a andar sem rumo entrando numa rua sem saída que morria no alto muro que cercava o condomínio , uma verdadeira muralha e no seu pé tem uma grade de um gigante bueiro.

Um fraco miado quase que imperceptível ela ouviu! Chorando ela gritou: —

— O Zékarreira vive?

Já era noite, minha esposa subiu a rua sem saída gritando que o Zéka estava vivo. Eu desci com meu carro, minha filha desceu junto. Liguei os faróis clareando a boca do bueiro, porém, dentro estava muito escuro, só se via dois olhos muito brilhantes: —

Seria mesmo o meu gato amado ZéKarreira?

P.S. Não deixe de ler a terceira parte da história deste fantástico gato de botas.

#JoaoCarreiraPoeta. — 08/03/2024 — 6h

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Curiosa demais para a terceira parte.

    Até aqui estou adorando suas histórias sobre o seu gato de estimação 

    Parabéns, João 

    Um abraço 

    • Quero tanto te dar um abraço verdadeiro, não porque gostas das minhas "baboseiras", mas porque és muito importante para mim.

      Um fraterno beijo.

      JoaoCarreiraPoeta.

  • Olá Dr.Carreira

    Muita expectativa pela 3a. parte

    Nós seres humanos somos assim, quando temos aquilo que desejamos ficamos nos meios termos mas, quando perdemos algo parece que o mundo acabou.

    Parabéns.

    Abraços

    JC Bridon 

    • Cavalheiro Bridon esta parte já está na forma.

      Obrigado e um forte abraço.

      JoaoCarreiraPoeta.

  • Gestores

    Aguardando então. Gato é muito, muito arteiro.

    • Obrigado pela visita você me abandonou kkkkkkkkkkkkk!

      JoaoCarreiraPoeta.

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