Um Verdadeiro Workaholic
Amigo aí é que está: — Dom Fabrício é um apologético, na nossa rápida conversa de domingo p.p Ele comentou sobre meu "trote" (não estou falando de brincadeira e nem de zombaria, mas falo daquele trote que fica entre o ordinário e o galope) que, começou exatamente, quando se aproximava a fase cinquentenária da minha vida. Com esta entrada triunfante, o invejoso do estresse também deu entrada no meu corpo e, qualquer alimento comido, ou, água bebida, saia por baixo em formato de líquido amarelado — uma verdadeira diarreia —. Fui assistido por um entendido da medicina —, um checape foi exigido!
Mas, nada foi encontrado. Diagnóstico dado: — Estresse contábil confirmado (trinta e cinco anos contabilizando documentos de todos os tipos, sem férias contabilizadas e, se tirava era três dias no máximo quatro dias — feriado prolongado — um verdadeiro viciado no trabalho), traduzindo um autêntico — Workaholic — contábil. Receituário passado pelo entendido da ciência: — Caminhada, nada mais que caminhada, mas tinha que correr, caminhar, ou trotar sentindo o vento bater no rosto, se possível sentir o seu cheiro e o seu sabor. Caminhar vendo o sol nascendo queimando minha pele, caminhar vendo o sol se esconder no horizonte, era primordial para a baixa do estresse no balanço contábil e corporal carreiriano.
E veja você, junto com a receita, veio também um nome de um livro: "A Essencial Arte de Parar" — do autor Dr. David Kundtz. A essência deste livro é que: — se você não para (contabilizando até o ar que respira), não dá um tempo no teclado da vida, não descansa tirando férias, com certeza seu corpo vai parar-te, lhe jogando no leito da contabilidade.
Eu não tive escolha, ou seja, ou contabilizava desfrutando as caminhadas, ou, contabilizaria a vida eterna dentro de um terno de madeira. E foi assim que durante a primeira caminhada, comecei a ter a percepção de detalhes que nunca tinha tido antes além do que, algo massageava minha coluna dorsal relaxando meu estômago, sobretudo, minha respiração foi se libertando como nunca tinha sido liberta antes. De repente, estaquei diante da gostosura que era ver as pessoas correndo e, sem perceber comecei a pôr em prática (algo que nem passava por minha mente que criaria tal coisa no futuro) a escala de 1 a 10 (andando bem rápido eu andava cem metros e trotando — corrida de velho — trotava outros cem). Assim, cheguei a correr cinco quilômetros com intervalo de um dia, ou seja, dia sim, dia não.
Infelizmente, na minha linda estrada da vida eu geralmente, sempre tinha que pagar um pedágio, visto que, uma torção no meu pé direito dificultava meus galopes carreirianos. Foi assim que, durante longos anos entre o passo ordinário e o galope, eu era obrigado a voltar para o trote. Mas, os vieses da vida me tirariam do amado ato, ou efeito de correr, do gosto imensurável da corrida em volta da Lagoa do Taquaral. Infelizmente, meu sonho foi afetado por uma "Hiperplasia prostática", fiquei um longo tempo afastado das passadas “carreirianas”, mas da mente do "veio ácido" João Carreira, ninguém apagaria (com dor ou sem dor), cada passo dado.
Portanto, e sobretudo, não seria uma dor de uma cirurgia, ou mesmo, uma velha e encruada torcida no pé que, me afastaria de uma prática já realizada, sobretudo ainda, do gosto de escolher novamente um bom tênis e uma boa farda de corredor —, corri por mais vários anos até que de repente, uma nova crise e desta vez a dor era no calcanhar e, ouvi alguém dizer que era "esporão de galo veio". Fazendo exames descobri que não tinha nada, mas que meu pé direito era torto e que, depois que passasse a dor talvez eu poderia voltar a caminhar. Infelizmente, a dor não passou, porém, uma descoberta celestial trouxe-me alimentos para meus sonhos. Encontrei uma clínica que faz palmilhas — "Pés sem Dor" era o nome da clínica. Você já deve saber o que o "veio ácido" fez, certo?
Sensacional!!!
Uma palmilha sob medida me liberou para andar e trotar por mais de dois anos (dia sim dia não), está palmilha corrigiu — devolvendo — a falta de um centímetro e meio (que algo me roubou no passado) que tenho na perna direita.
Por que escrevi tudo isto? Simplesmente, para dizer que ontem fui buscar uma feijuka (feijuada) na minha Igreja (CasaAviva) e tive, o prazer de rever e matar a saudade de um dos pastores mais doce que já conheci (ele é tão doce que mais parece favos de mel), pensa num favo de mel recheado de paz e amor —, é ele. Lamentavelmente, esta saudade não foi "matada", eu sei que a palavra matada, está sendo colada num lugar errado, visto que, eu queria matar mesmo á a danada da saudade, entretanto, a referida — matada — aqui, representa: - o feminino de matado, o mesmo que ordinária, malfeitora, feito as pressa e sem capricho, ou seja, matamos a danada da saudade, mas, de um jeito muito rápido.
Em nossa rápida conversa Dom Fabrício (Dom, jeito carinhoso de chamar Fabrício) citou como ia meu galope septuagenário. Instantaneamente, e com dor na goela respondi: — Faz dez dias que não troto, pois a dor voltou a morar no meu calcanhar, lamentavelmente, não deu tempo de matar a saudade e, nem tempo deu de dizer o motivo da dor ter voltado, mas a gente volta e termina o assassinato de uma saudade mal matada!!!
#JoaoCarreiraPoeta. — 08/12/2023 — 17h30
Comentários
Um estado comum no passado que pode ter deixado sequelas no presente.
Boa crônica.
Bom dia madame ainda bem que hoje eu faço aquilo que amo kkkkk
Um delicioso abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.
Olá Dr. Carreira:
Uma crônica digna de elogios.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Obrigado pelo "elogios" e pela ilustre visita de um inteligente e elegante poeta.
#JoaoCarreiraPoeta.
Parabéns!És um craque das crônicas! Perfeito!
Bom dia minha querida Editt: —
Craque, eu, nem tanto, nem tanto, sou mesmo um apologista das crônicas, das poesias. Resumindo da arte de escrever.
#JoãoCarreiraPoeta.
Que as caminhadas não lhe falte na vida independente de problemas.....Na nossa idade é importante estar com alguma atividade física.
Eu tenho problemas de saúde no momento difíceis para minha idade, logados a saúde mental.
Que Deus nos proteja.
Já fui um workalcoolic inveterado
Abraços prezado Dr. Carreira
Estamos junto meu bom amigo Dom Antonio. Eu aposentei-me da famigerada contabilidade em 31/12/2007, vendi meu escritório para um dos meus funcionários a partir daí, virei gestor da minha carteira de ações. Hoje tenho vinte e três anos de estudo deste mercado fantástico (Bolsa de Valores). Sou Coach e Mentor para Traders, virei poeta, escritor, professor. Resumindo, esqueci da Economia (estudada) e dos trinta e cinco anos contabilizado. Hoje faço o que eu amo.
Um forte abraço meu amigo.
#JoãoCarreiraPoeta.
Parabéns por sua vida de trabalho e lutas.
Também me aposentei em 2007 com 38 anos de trabalho em Indústria de Perfumaria e ,Aromas.
Trabalhei numa única empresa por 38 anos.
IFF ESSÊNCIAS E FRAGRÂNCIAS....Uma multinacional americana. Tem afiliadas no mundo inteiro.
Abraços e obrigado
Infelizmente, agora (depois de correr tanto contabilizando) corro lentamente atrás da saúde, mas, o Coach, a Mentoria e a escrita, são minha vida.
Um forte abraço Dom Antonio de Alcantara e Silva.
#JoãoCarreiraPoeta.