Crônicas — ZéKarreira Sumiu, Ou, Morreu? 3a Parte

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Às vezes, repentinamente, me dá uma imensa saudade do ZéKa, mas, o fato é que havia uma gato dentro do bueiro, isto já era uma absoluta certeza. Como estava muito escuro dentro do burado, eu dei uma exagerada corrida até minha casa pra pegar uma lanterna. Rapidamente, voltei, mas pra minha surpresa vi minha ruiva (esposa) com uma gato embrulhado numa toalha. 

Era meu Zéka. 

Mas como haviam tirado ele do buraco? 

Minha querida esposa chorando contou que nossa filha

(Eloise Carreira) arrancou a pesada grade que tapava o bueiro e no meio da escuridão,

guiada somente pela luz dos olhos do gato pulou agarrando-o pelo fino rabo.

Minha filha foi uma heroína, visto que,  agarrou um monte de ossos que mal balbuciava uma espécie de miado. 

A verdade, a verdadeira verdade é que, meu Zéka estava vivo, 

mas, pele e osso, só alma, pelo e osso.

Meu gato estava com um fiapo de vida e deve ter entrado,

ou caído no bueiro,

mas não achou jeito pra sair.

Ficou cinco dias internado. Felizmente, sarado, recuperado,

ZéKarreira voltou pra boemia de sempre, isto porque,

voltava pra casa altas horas da noite embriagado de amor dado e recebido.

O SWISS Park era seu paraíso.

Entretanto,

Ferozmente, o tempo passou,

meus filhos casaram e o casarão se transformou num gigantesco vazio de quinhentos e cinquenta metros quadrados

para dois velhos e solitários amantes.

Vendi a mansão.

Mudamos para um residencial bem menor, visto que,

tem somente cincoenta e duas casas e todas de cento e quarenta metros quadrados.

Casa ideal pra duas pessoas e dois gatos.

ZéKarreira continuou comigo até 10 março de 2022.

Infelizmente,

está doendo as fibras da minha alma e do meu coração,

isto porque, hoje fazem dois anos que o Zéka me deixou,

nunca mais falou comigo, nunca mais, me fez um carinho, nem eu nele.

É triste, mas nem as câmeras do residencial Carmel tem registro de sua fuga,

se é que houve fuga, pois, eu particularmente não acredito.

Zéka nunca me deixaria numa fuga.

Zéka era um exímio caçador e meu vizinho não gosta de gato,

isto porque,

tem um monte de passarinhos engaiolados e o ZéKa vivia rondando suas gaiolas.

Como meu gato era manso ao extremo,

na rua vivia se coçando nas pernas das pessoas,

ia no colo de qualquer um, qualquer um poderia ter eliminado meu gato, ainda mais,

qualquer um que tenha passarinhos engaiolados

Infelizmente, não tenho provas,

parece um crime perfeito.

O que me resta é a saudade engaiolada no peito.

Sempre que vejo a porta aberta, vejo meu gato de botas entrando.

Adeus meu Gato ZéKa querido.

#JoaoCarreiraPoeta. 14/03/2024. — 11h

 

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Gestores

    Eu sei o que significa ficar sem nosso bichinho.

    Essa dor não passa.

    Parabéns pela homenagem ao Zéka.

     

    • Obrigado por teus sentimentos amada Margarida.

      #JoãoCarreiraPoeta.

  • Olá Dr. Carrera

    Uma crônica que mostra a sensilbilidade do poeta, mesmo porque, o Gato Zéka ultrapassou o limite e simplesmente sumiu.

    Parabéns, caro amigo.

    Abraçois

    JC Bridon 

    • Obrigado Bridon pela sensibilidade.

      Um forte abraço.

      #JoãoCarreiraPoeta.

  • Crônica primorosa, poeta amigo.

    Minhas sinceras reverências.

    Sou seu fã.

    Abraços, paz e Luz!!!

    P.S. Foi-se o gato tangível,

          Ficou o amor intangível.

    • Obrigado por tuas sinceras palavras meu amigo poeta.

      Um forte abraço.

       #JoãoCarreiraPoeta.

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