Decifra-me, se puderes
Quando, em noites estreladas, a brisa suave a soprar,
a lua se faz presente a iluminar, no leito, o corpo inerte.
Um coração que insiste em amar o que lhe é proibido.
Decifra-me, se puderes. Dê-me a saída, o alento.
Quando a tormenta alimenta a angústia, o desalento.
A chuva molha o corpo nu que caminha ao relento
buscando o calor de outro corpo há tanto tempo ausente.
Decifra-me, se puderes. Aquece-me a alma e o coração.
Quando o que resta é a solidão a fazer-se companheira,
arrastando, por entre pedras e espinhos, a esperança
que há muito se faz perdida, não encontra seu destino.
Decifra-me, se puderes. Tira-me deste meu desatino sem fim.
Quando, em meu leito de morte, suavemente fechar meus olhos,
sorrindo para ti, em recordações doces e singelas, estarei
envolta em paz, certa de que amei. Sinceramente amei.
Decifra-me, se puderes. Beija-me a face num último adeus!
M.A.Oliver
TemaPoesia: “Decifra-me, se puderes”
Imagem: via perfil de Elena Dudina no DeviantArt. Dica via The Design Inspiration - By the Wind.
Comentários
Tão sublime como mágico este trabalho poético
Meu abraço poético e aplausos mil
FC
Obrigada Frederico pelo carinho!
Um texto maravilhoso. Parabéns pela criatividade. Desejo a ti um Feliz Natal com muita paz e harmonia em teu lar
🌺💙
Obrigada Lilian pelo carinho!
Um versar maravilhoso, gostei do que li, muito lindo!!
Luly
Obrigada Luly pelo carinho!
Obrigada Davi pela palavras. São só inspirações!