DESACORDADO

Raramente sei quando durmo

Por onde ando.

Às vezes lembro os sonhos

Devem ser indícios

Das fugas que cometo

Quando acordo e venho

De qualquer outro espaço

Ou diferente mundo

 

Então me fico perguntando

Por que ter ido

Para lugar tão estranho

A ponto de ver perdido

Os restos de memória

Que ainda detenho

Ao estar novamente de volta

Enfim acordado

 

Seria como viver a experiência

De estar sedado

E não sentir qualquer arrepio

Nem de orgasmo

Nem mesmo de emoção

Vertigem ou desafio

Abobalhado e embevecido

De paixão permanente

 

Você que gosta e sabe

O que é dormir tanto

Por favor explica.

Talvez desperte

E me surpreenda

Quando agora deite

E lá na frente pela metade

Inteiro e sonolento levante

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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