Cessei de viver uma vida postiça,
Fadada a tanta melancolia,
Revirando os escombros da alma,
A caminhar perdido na ilusão,
Enlaçado taciturnamente ao caos,
Banhado de lágrimas copiosas.
Não desejo mais tantos eus,
Clones mórbidos promíscuos,
Flertando na paranoica escuridão,
Aos beijos com a apaixonada solidão,
Risonha em seus contrastes,
Ao lado do inverso amor,
A oferecer suas pobres migalhas.
Deixo o túmulo para os mortos,
Onde sepulto minha loucura,
Este óbito há tanto desejado,
Na esperança da felicidade,
Feito a tímida alvorada,
Que mansamente faz girar o tempo,
Feito eu e minha esperança,
No grande círculo da vida.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
Comentários
Bonita composição, Sirlânio. Tens o lirismo na pena.
Aplausos!
Como sempre, Silanio, um esplêndido poema! Aplausos!
Muito boa a sua poesia....
O amor tem dessas coisas, muita ilusão. Mas, quando acordamos para a realidae, tudo muda!
Um abraço! editt