Poema de Alberto Valença Lima
No céu, nuvens escuras encobrem o sol.
No chão, poças d'água bloqueiam o caminhar.
No corpo, o vento frio, nos convida a abraçar
Na árvore, alegre cantando, um lindo rouxinol.
No pescoço para a gripe evitar, um cachecol
Com guarda-chuva em punho vou evitar me molhar
Embaixo da tua sombrinha, um beijo quero te dar.
E nesta chuva não podemos, contemplar o arrebol.
Nas janelas, os pingos dançam uma modinha
Tal borboleta, em voo razante, o brilho das flores polia
E tu, vendo-os nas vidraças dançar, bailas tal uma rainha.
A chuva sempre trás consigo, certo ar de melancolia
Mas, se vamos sair levando guarda-chuva ou sombinha,
Por que então não compor, com a chuva, uma bela poesia?
(Alberto Valença Lima)
Comentários
Hoje por aqui chovei bastante, a chuva é essencial para vida.
Lindo poema e lindíssima inspiração, Alberto.
Que delícia de leitura!!! Encantada!!! Parabéns!!!