Não me aprisione com esta solidão doída,
O mundo gira e amanhã poderá ser diferente,
Preciso sair desta tempestade que sufoca,
Encontrar o farol que está lá,
Sobre a pedra do meu destino,
Lançando raios de luz na escuridão.
Num barco a deriva está o meu sorriso,
Balançando no meio do oceano,
Este teu mundo de rosas negras,
Tão frias quanto sua forma de amar,
Lançando sobre o mar a sua ironia,
Lúgubre ritual de despedida.
Há tanto sobre mim que ajoelho,
Mas não é uma prece que faço,
São suas mãos invisíveis que me ferem,
Acorrentam-me ao seu vício,
Este laço mortal de sua alma,
Beijando as cinzas do meu corpo.
Não me aprisione com esta perfídia,
Chegará o resgate que me libertará,
Morrerá engasgado com o seu veneno,
Terei de volta meu riso farto,
Dançarei com a felicidade sob sua face,
Serei simplesmente amor nesta jornada.
Não aceitarei menos do que mereço,
Sua lembrança apagarei da memória,
Darei meus lábios ao gêmeo amor,
Dançarei ao silêncio sob a chuva,
Sorrindo para a liberdade tão vaidosa,
Seduzindo a alegria que me enamora.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
Comentários
Majestoso poema. Linda obra.
Parabéns pela criação.
APLAUSOS DE PÉ LINDO PALAVRAS MARAVILHOSAS PARABENS SEMPRE
TUDO QUE ESCREVES TEM ENCANTO
ABRAÇO